sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Casarão de antigo centro de tortura abrigará memorial em Porto Alegre


Autoridades percorreram o caminho que os presos faziam ao entrarem na casa para a tortura (Foto: Cristine Rochol/PMPA)Autoridades percorreram caminho feito pelos presos na casa (Foto: Cristine Rochol/Divulgação/PMPA)







O antigo casarão onde funcionava um centro clandestino de tortura de presos políticos na década de 1960, no bairro Bom Fim, Região Central de Porto Alegre, será desapropriado para a criação de um memorial em homenagem às vítimas do regime militar. O anúncio foi feito na quarta-feira (18) pelo prefeito José Fortunati e pelo governador Tarso Genro, durante ato promovido pelo Comitê Carlos de Ré – Comitê Gaúcho da Verdade, Memória e Justiça.
O memorial se chamará Ico Lisboa, em homenagem ao primeiro desaparecido político encontrado morto no Brasil. Em 1979, quase sete anos após a sua prisão, os restos mortais foram localizados em uma vala comum do Cemitério de Perus, em São Paulo.
A viúva Suzana Lisboa e o irmão de Ico, o músico Nei Lisboa, estiveram na solenidade. "É fundamental que a gente faça esse resgate. Temos que buscar a verdade, preservar a memória dessas pessoas que deram suas vidas por um país melhor e, dessa forma, garantir que fatos como esse nunca mais aconteçam”, disse Suzana.
Durante o ato que marcou o anúncio da desapropriação do antigo casarão, as autoridades percorreram o caminho que era feito pelos presos levados até a casa para serem torturados e mortos. Em função desta prática clandestina, o casarão ficou conhecido como Dopinha.
As vítimas da ditadura militar mortas ou desaparecidas foram lembradas com uma chamada durante a solenidade.
 Publicado em Rio Grande do Sul
Fonte: CBN

Porto Alegre investe R$ 60 mi em novo Centro de Convenções

Representantes da Prefeitura de Porto Alegre e da Caixa Econômica Federal assinam termo de compromisso nesta tarde (26). Ele autoriza a Capital financiar R$ 60 milhões para a construção de um novo Centro de Eventos. O valor faz parte do montante de R$ 660 milhões que o Ministério do Turismo destinará para dez capitais, com o objetivo de aprimorar a infraestrutura de eventos do país.

A Secretaria de Turismo do Estado pautou a discussão da criação do Centro, com base nos desafios apontados no Plano Estadual de Desenvolvimento do Turismo. O Centro de Eventos é considerado um equipamento importante para cumprir com o desafio de captar e realizar negócios e eventos. Para valorizar e fomentar a utilização deste equipamento, a Setur gaúcha aposta no projeto de criação do Comitê Mice (Meetings, Incentives, Conferencing, Exhibition - Reuniões, Incentivos, Congressos e Exposições), sigla utilizada em referência a um tipo específico de turismo, o turismo de negócios e eventos.

"Estou com uma sensação de dever cumprido. Desde o começo da nossa gestão na Setur/RS estamos mobilizando o setor e focando nossos esforços para tirar este projeto do papel", afirmou Abgail Pereira, Secretária do Turismo. Ela acredita que agora, com o Centro de Eventos sendo uma realidade, a criação do Comitê Mice se faz "fundamental", pois é ele "quem vai dar condições de operação para esse Centro". 

Hoje, o Rio Grande do Sul ocupa o segundo lugar no relatório da Associação Internacional de Congressos e Convenções, a ICCA, na captação de eventos internacionais. Para consolidar esta posição, o Estado busca maior competitividade. Abgail afirma que a meta para o próximo ano é fortalecer e aprimorar a estrutura dos Centros de Eventos que já existem no Estado, casos dos de Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Gramado, Torres, Esteio, Novo Hamburgo e outros, para atingir a meta de maior centro de eventos e negócios do Mercosul.
Fonte: Mercado&Eventos

Filme de Hitchcock abre projeto de clássicos em Porto Alegre

Produções restauradas pela Espaço Filmes ganham exibição em várias cidades do país

´Um Corpo que Cai´, de Alfred Hitchcock, abre projeto da Espaço Filmes na Capital<br /><b>Crédito: </b> CP Memória
´Um Corpo que Cai´, de Alfred Hitchcock, abre projeto da Espaço Filmes na Capital
Crédito: CP Memória
O filme “Um Corpo que Cai”, de Alfred Hitchcock, é o primeiro dos cinco clássicos a serem exibidos em várias cidades do país dentro do projeto da Espaço Filmes. O Espaço Itaú do Shopping Bourbon Country recebe uma cópia restaurada em DCP, dando a oportunidade de ver em tela grande este clássico em sessões diárias.  >

Entre as produções a serem lançadas em várias cidades estão “O Pequeno Fugitivo”, de Ray Ashley e Morris Angel; “Fome de Viver”, de Tony Scott; “Os Pássaros”, de Hitchcock; e “O Sentido da Vida”, de Terry Jones.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Exposição exibe acervo do Museu de Arte Contemporânea

São Paulo – Está em cartaz até julho de 2014 a exposição O Antes, o Agora, síntese do acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (Mac). Há 85 obras de artistas consagrados como Amedeo Modigliani, Anita Malfatti ao lado de outros mais jovens, como Albano Afono e Junior Suci. Está contemplado um período histórico que vem desde meados do século XIX até a atualidade. A mostra está no novo prédio da instituição, no Parque Ibirapuera, zona sul paulistana. 
A intenção da montagem é dar um panorama da diversidade do acervo do Mac, que completou 50 anos neste ano. “Esta opção por colocar lado a lado artistas modernos e contemporâneos visou proporcionar ao público, noção da pluralidade do acervo do museu”, explica o curador da exposição e diretor do Mac, Tadeu Chiarelli. 
Ao colocar obras mais antigas ao lado da produção mais recente, a curadoria tenta levar o público a compreender os caminhos percorridos pela arte no período. “Por outro, procurou criar uma exposição que instigasse o público a pensar sobre as fortes mudanças que ocorreram na arte nesses quase duzentos anos”, destaca o curador.
Chiarelli acredita que a disposição das obras tende a fazer com que os visitantes questionem as próprias opiniões sobre a arte. “Perturbar e ressignificar verdades consagradas são as funções de uma universidade preocupada com o devir do conhecimento”.
Edição: José Romildo 
  • Direitos autorais: Creative Commons - CC BY 3.0

Fonte: EBC

Usina do Gasômetro receberá seis exposições em 2014

Confira as mostras com visitação gratuita em Porto Alegre

Ao todo, seis exposições entrarão em cartaz na Galeria dos Arcos e na Galeria Lunara<br /><b>Crédito: </b> Ricardo Neves / Divulgação / CP
Ao todo, seis exposições entrarão em cartaz na Galeria dos Arcos e na Galeria Lunara 
Crédito: Ricardo Neves / Divulgação / CP
A comissão formada por Ana Flávia Baldisserotto, André Venzon e Clóvis Dariano avaliou os 53 projetos enviados no edital para Ocupação da Galeria dos Arcos e Galeria Lunara, em 2014. O espaço, localizado na Usina do Gasômetro (João Goulart, 551), em Porto Alegre, receberá seis exposições ao longo do próximo ano.

Para ocupar a Galeria Lunara, as exposições selecionadas foram “Somatória dos Meios”, de Karina Zen (Florianópolis - SC); “Corpo Presente”, de Leonardo Remor e Denis Rodriguez (Porto Alegre); e “Dialógico”, de Wayner Tristão (Vitória - ES). Na Galeria dos Arcos poderão ser conferidas “Jardim” (Sapucaia do Sul, RS), “Asfixia”, de Ricardo Neves (Porto Alegre, RS) e “Meio-Fio - Vida de Cadeirante”, de Tadeu Vilani e Jorge Aguiar (Porto Alegre, RS). Cada selecionado receberá premiação de R$ 2mil.

A comissão de seleção, tendo em vista a qualidade dos projetos, resolveu indicar também dois projetos suplentes para cada uma das galerias. Para a Galeria Lunara foram indicados “Para Onde Vão os Heróis”, de Joana B. Burd (Porto Alegre, RS) e “desenho.modo.paisagem”, de Ana Adelaide P. Balthar (Rio de Janeiro, RJ). Já para a Galeria dos Arcos, os trabalhos escolhidos são “Onde Ninguém Habita”, de Cláudia Hamerski (Porto Alegre, RS), e “Outros de Mim”, inscrito por Fernanda Pozza da Costa (Joinville, SC), curadora da mostra que apresenta imagens dos fotógrafos Ana Aguiar, Ana Paula Petronilho, Anna Luiza Koszela, Brunna Vaz, Cássia Mara, Daniel Tonet, Hachilyn Corrêa, Jéssica da Luz, Jonas Porto, Julia Porcher, Karen Martins, Talita Satler, Thaís Biancatti, Ana Markiewicz e Daniela H. dos Santos. Concorreram projetos de todo o país, em fotografia, vídeo e videoinstalação, em uma demonstração da qualidade e diversidade da produção artística contemporânea.
Fonte: Correio do Povo

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Enciclopédia voltada às artes ganhará nova versão

Música, dança e cinema entram na base de dados da Itaú Cultural

Fonte para estudiosos, pesquisadores e trabalhadores da cultura, a enciclopédia digital do Itaú Cultural estará de cara nova a partir de janeiro. Até agora, estavam disponíveis para consulta as áreas de artes visuais, teatro, literatura e arte e tecnologia. Em 2014, começam a ser contemplados os episódios e artistas mais significativos também dos segmentos de música, dança e cinema. Outra diferença em relação à base de dados atual: toda a enciclopédia será acessada de forma unificada, e não separada por segmentos artísticos como acontecia até agora. 

"A experiência com o trabalho de catalogar e organizar acervos acabou deixando evidente que muitos artistas possuem atuação em diversas áreas", pontua Tânia Rodrigues, gerente das enciclopédias. Outro recurso disponível na enciclopédia são os vídeos, que complementam as informações dos verbetes com entrevistas dos artistas em questão, falando sobre seu trabalho e obras mais significativas. As gravações devem ter legendas em inglês, francês e espanhol. 

O que entra no ar em janeiro é uma versão beta do site, ainda passível de ajustes. Mas já será possível consultar 176 verbetes de cinema, 101 de dança e 459 de música. Somam 142 os vídeos disponíveis.Mesmo com as novidades, as áreas que já eram contempladas anteriormente devem continuar crescendo. Existem hoje para consulta na internet 5.556 verbetes de artes visuais, 914 de teatro, 655 de literatura brasileira e 109 de arte e tecnologia. 

O trabalho foi iniciado há cerca de 25 anos. À época, para chegar ao público, o banco de dados era transportado dentro de caminhões, que percorriam a cidade e recebiam visitantes. Em 2013, até novembro, o número de acessos à enciclopédia foi, segundo informações da entidade, de 12,5 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: (Estadão) Correio do Povo

Enciclopédia voltada às artes ganhará nova versão

Música, dança e cinema entram na base de dados da Itaú Cultural

Fonte para estudiosos, pesquisadores e trabalhadores da cultura, a enciclopédia digital do Itaú Cultural estará de cara nova a partir de janeiro. Até agora, estavam disponíveis para consulta as áreas de artes visuais, teatro, literatura e arte e tecnologia. Em 2014, começam a ser contemplados os episódios e artistas mais significativos também dos segmentos de música, dança e cinema. Outra diferença em relação à base de dados atual: toda a enciclopédia será acessada de forma unificada, e não separada por segmentos artísticos como acontecia até agora. 

"A experiência com o trabalho de catalogar e organizar acervos acabou deixando evidente que muitos artistas possuem atuação em diversas áreas", pontua Tânia Rodrigues, gerente das enciclopédias. Outro recurso disponível na enciclopédia são os vídeos, que complementam as informações dos verbetes com entrevistas dos artistas em questão, falando sobre seu trabalho e obras mais significativas. As gravações devem ter legendas em inglês, francês e espanhol. 

O que entra no ar em janeiro é uma versão beta do site, ainda passível de ajustes. Mas já será possível consultar 176 verbetes de cinema, 101 de dança e 459 de música. Somam 142 os vídeos disponíveis.Mesmo com as novidades, as áreas que já eram contempladas anteriormente devem continuar crescendo. Existem hoje para consulta na internet 5.556 verbetes de artes visuais, 914 de teatro, 655 de literatura brasileira e 109 de arte e tecnologia. 

O trabalho foi iniciado há cerca de 25 anos. À época, para chegar ao público, o banco de dados era transportado dentro de caminhões, que percorriam a cidade e recebiam visitantes. Em 2013, até novembro, o número de acessos à enciclopédia foi, segundo informações da entidade, de 12,5 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: (Estadão) Correio do Povo

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Filippin mostra que fotografia tem futuro

Jair Stangler

ANTONIO PAZ/JC
Fillippin considera fundamental investir em equipamentos
Fillippin considera fundamental investir em equipamentos
Na era do smartphone, quando qualquer pessoa munida de um celular se transforma em um fotógrafo e pode armazenar milhares de imagens no computador, pen drive ou CD e publicá-las instantaneamente no Instagram e no Facebook, não surpreende que tantas lojas especializadas tenham fechado nos últimos anos. Tampouco parece exagero acreditar que as fotografias impressas em papel estejam fadadas ao desaparecimento. Certo?

A resposta talvez não seja assim tão óbvia. O empresário Leonel Luiz Filippin, da Filippin Fotografias, mantém a loja há 42 anos e sobreviveu ao vendaval que fechou, segundo seus próprios cálculos, 90% das lojas desde 2007. Nesse período, ele viu o faturamento cair de R$ 300 mil para R$ 40 mil e diminuiu o número de funcionários de 35 para dez. “Se eu não tivesse bala na agulha para segurar, teria quebrado, como aconteceu com os outros”, sentencia.

Filippin diz que, após esse período de retração, os negócios começaram a retomar o crescimento. “Acredito que o movimento não vai voltar à escala que teve nas décadas de 1990 e 2000, mas, uma loja como a nossa, que investe na fotografia profissional, tem futuro. Nos próximos cinco anos, vamos ganhar dinheiro”, prevê.

Além da redução da concorrência, o empresário acredita que grande parte do público quer ter as imagens registradas no papel. “A pessoa começa a imprimir a partir da hora que pega o pendrive ou o CD e não abre mais”, diz. Além disso, não é preciso imprimir todas as imagens. “Antes, o clique custava dinheiro, o filme era R$ 15,00, R$ 20,00. Cada foto tinha que ser direcionada. Agora não, pois o clique no digital é fácil”, reflete. “É uma arte, uma coisa que você vai guardar”, defende.

Filippin diz que, para se manter à frente da concorrência, além de trabalhar com profissionalismo, sempre procurou ter o melhor equipamento, independentemente do valor que precisasse investir. Foi por isso que, em 1970, quando começou como fotógrafo, comprou uma Nikkon importada pelo valor de um fusca 0 km. Mas foi no início dos anos 2000 que a postura lhe rendeu os melhores resultados. “Fui o primeiro a comprar o Frontier 350 (minilab digital da Fuji) em 2002. No início, me chamaram de maluco. Investir R$ 600 mil na fotografia assim de uma tacada? Ninguém tinha laboratório digital em Porto Alegre na época. Eu fui o primeiro no Rio Grande do Sul. Entrou em São Paulo, depois outro em Joinville, e aí o terceiro fui eu”, conta.

A partir daí, a loja viveu seu auge. “Do segundo semestre de 2003 até o segundo semestre de 2007, eram impressas 450 mil fotos por mês, e isso que tinha concorrência forte”, lembra. “Eu trabalhava muito, mas ganhei muito dinheiro”, conta. Atualmente, são impressas cerca de 40 mil fotos mensais em sua loja.

Além da impressão, há também serviços de restauração, reprodução e fotos para documentos. Até 2007, acessórios como pilhas, filmes e fitas cassete ajudavam a completar o faturamento. “Mas hoje é tudo recarregável”, lamenta. As fotos para documentos também caíram de 150 por dia, há dez anos, para cerca de 30 ou 40 atualmente.

Da lavoura para as lentes

Quando saiu da casa de seus pais, em 1969, aos 17 anos, Leonel Luiz Filippin nunca havia visto uma fotografia. “Eu morava na colônia, a uns 15 quilômetros de Jacutinga do Sul”, conta. Na Capital, Filippin trabalhou sete meses em um abastecedor de supermercados. Foi então que adquiriu sua primeira máquina. “Recebi explicações na loja e fui fotografar na praia de Ipanema. No primeiro domingo, as fotos renderam mais do que eu ganhava no mês inteiro. Aí acabou o verão e comecei a fotografar nas praças”, lembra.

O negócio prosperou e, já em 1971, Filippin montou a primeira loja na galeria Bom Fim, onde está até hoje, mas ainda não na entrada do prédio. Nesse período, ficou amigo de militantes que, anos depois, entrariam para o PT, como Raul Pont, Clóvis Ilgenfritz, Olívio Dutra e José Clóvis Azevedo. Segundo ele, os militantes alugavam uma sala, que ficava fechada a maior parte do tempo e era usada para reuniões à noite. “Eu recebia o material de São Paulo e entregava para eles. Jornal ‘Em tempo’, coisas contra a ditadura”, conta.

Nas décadas de 1970 e 1980, os casamentos eram o grande filão, movimento que diminuiu a partir de 2003. “Para ficar, era preciso casar, então tinha casamento aos montes. Hoje o pessoal vai viver junto e muitas vezes nem faz o casamento oficial”, compara, ao lembrar que chegou a fotografar mais de 50 casamentos em um mês.
Fonte:  Jornal do Comércio

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Notas do IPMS

Tributo a Santo Antônio

Muitos têm-nos perguntado o porquê de a iconografia de Santo Antônio estar presente em muitos de nossos trabalhos e referências. Ouvimos questionamentos, inclusive, sobre nossos laços com a Igreja Católica e especulações sobre o IPMS possuir algum vínculo religioso.
Cabe esclarecer que, mesmo nosso instituto sendo composto por pesquisadores oriundos da academia, empregando uma metodologia científica de pesquisa, trabalhamos com memória.
Memória é emoção. É imaginário, é sensibilidade, são lembranças coletivas que cruzam a linha do tempo e interpenetram-se na cultura de uma sociedade. Neste sentido, não existe ícone mais representativo para nós do que Santo Antônio. Hoje aclamado pelo povo, ele nasceu em Lisboa, em data incerta, apontada por alguns como sendo 15 de agosto entre os anos 1191 e 1195. Teria pertencido à aristocracia portuguesa, descendendo de Godofredo de Bulhões. Foi batizado com o nome de Fernando.
Cercado de um rico conjunto de recordações coletivas que se fundam em nossa origem portuguesa, mescla-se a ritos africanos (Santo Antônio é sincretizado na figura de Bará na Umbanda), liga-se às festas populares do mês de junho e é uma marca da forte ligação da opção da Igreja Católica pelos pobres.
Ele também não é uma figura imaginária. Santo Antônio legou-nos documentos (sermões), foi membro da Ordem Franciscana a convite do próprio Francisco de Assis, foi canonizado pela igreja um ano após sua morte e declarado o primeiro Doutor da Igreja Franciscana por seu alto conhecimento. Santo Antônio foi um dos intelectuais mais capacitados e conceituados de Portugal no século XI.
Finalmente, a data consagrada à devoção popular e religiosa a Santo Antônio, o dia 13 de junho, coincide com a fundação do IPMS, um fato que muito nos orgulha como pesquisadores de Memória Social.


Hirã S. Justo
Presidente do Instituto de Pesquisa em Memória Social - IPMS

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Margs recebe exposição com obras de Ana Norogrando

Mostra apresenta uma retrospectiva da artista gaúcha

Margs promove a primeira retrospectiva da artísta plástica<br /><b>Crédito: </b> Margs / Divulgação / CP
Margs promove a primeira retrospectiva da artísta plástica 
Crédito: Margs / Divulgação / CP
Uma leitura original da obra de Ana Norogrando, enfatizando o seu perfil ativista, é a proposta da exposição que abre nesta quinta-feira, às 19h, no Margs (Praça da Alfândega, s/n), em Porto Alegre. A primeira retrospectiva da artista, intitulada “Ana Norogrando: Obras de 1968-2013”, dá ênfase ao caráter feminista da sua trajetória, resgatando seus mais diversos aspectos. Também será lançado um livro com textos e fotos de trabalhos deste período.

A mostra aponta a relevância de Ana para o contexto da escultura no Estado e determina ainda um espaço no âmbito da arte brasileira que se pode considerar indispensável para entender o significado da produção de artistas mulheres. “Foi dada grande ênfase ao caráter feminista da sua obra, resgatando seus mais diversos aspectos. Estabelece ainda um espaço no âmbito da arte brasileira que podemos considerar como sendo indispensável para entendermos o significado da produção de artistas mulheres”, diz o diretor do museu, Gaudêncio Fidelis.

A exposição acentua sua inclinação para a arte têxtil e culmina em obras mais recentes de uma trajetória consolidada em Santa Maria, onde trabalhou na universidade federal. A carreira evoluiu com inquietação social com um viés feminista. Suas obras, inicialmente sobre o plano, emergiram depois para a tridimensionalidade e para uma conquista do espaço expositivo.

Fonte: Correio do Povo

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Comissão da Verdade tenta garantir continuidade como 'Projeto Memória'

Por Wilson Lima - iG Brasília

Oficialmente, prazo para conclusão dos trabalhos termina em maio do ano que vem. Mesmo com possibilidade de prorrogação, órgão tenta se tornar permanente

Após pouco mais de um ano e meio de trabalho, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) já estuda a possibilidade de prolongar suas investigações sobre as violações dos direitos humanos durante o regime militar por um período indeterminado.
Quando a comissão foi criada, em 2012, a presidente Dilma Rousseff (PT) deu dois anos para a realização dos trabalhos. Esse prazo inicial termina em maio do ano que vem. Defensores dos Direitos Humanos e familiares de ex-militantes de esquerda classificaram o período como exíguo diante do número de informações que deveriam ser coletadas pelo colegiado.
Em maio deste ano, por conta desse prazo considerado curto, os membros da CNV pediram à presidente a extensão dos trabalhos por mais seis meses. Até o momento, Dilma ainda não definiu como ocorrerá esse primeiro prolongamento dos trabalhos da CNV se por projeto de lei ou por Medida Provisória (MP).
A primeira fase das investigações deve terminar no segundo trimestre do ano que vem, mas a comissão quer que, entre maio e novembro, sejam realizadas audiências públicas para definir as recomendações no relatório final do colegiado e entregá-lo apenas em novembro. Entre as recomendações, a CNV deve pedir a revisão da Lei da Anistia, mas isso somente ocorrerá se houver anuência popular nos encontros que estão sendo planejados pelo colegiado.
Apesar desse plano inicial, membros da CNV já defendem internamente que os trabalhos do órgão ocorram de forma permanente mesmo após a apresentação desse relatório final. A intenção é fazer da CNV nacional uma espécie de “projeto memória” permanente diante do grande número de demandas e investigações que estão sendo realizadas pelo órgão.
A possibilidade de transformar uma Comissão da Verdade em um “projeto memória” não é inédita. Outras comissões da verdade, como no Uruguai, por exemplo, adotaram providências semelhantes. A ideia ainda é algo embrionário, mas alguns membros já se manifestaram internamente favoravelmente a uma iniciativa do gênero.
Somente durante o ano de 2013, a CNV realizou aproximadamente 40 audiências públicas e tomadas de depoimentos repressores, ex-militantes de esquerda, militares em todo o Brasil. Foram ouvidas 405 pessoas até a segunda semana de dezembro e entre os depoimentos mais importantes estiveram do coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, que comandou o Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), do 2º Exército, em São Paulo, entre 1970 e 1974. Nos depoimentos, ele negou a execução de militantes de esquerda mas admitiu que a perseguição contra ativistas no Regime Militar era uma “luta pela democracia”.
Atualmente, dos 13 grupos de trabalho implementados pela Comissão da Verdade, um dos mais importantes já tem relatório pronto: o que apurou a “Estrutura da Repressão”, coordenado pelo membro e advogado José Paulo Cavalcanti Filho. Esse grupo apurou a estrutura, as formas de atividades e área de atuação do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), do DOI-Codi, do Centro de Informações da Marinha (Cenimar), da Operação Bandeirante (Oban) e buscou identificar apoiadores e financiadores do regime militar. Esse grupo também investigou a atuação de empresas e de entidades que apoiaram o Regime Militar. O relatório tem 92 páginas e foi entregue aos membros da Comissão no final de setembro.
Em 2013, um dos trabalhos mais importantes da CNV foi a exumação do corpo do ex-presidente João Goulart, morto em 1976, na Argentina, supostamente vítima de um ataque cardíaco. A expectativa da Comissão e dos familiares de Goulart é que os resultados sejam entregues no final do primeiro semestre do ano que vem. O estado em que o corpo foi encontrado surpreendeu os legistas da CNV e, na prática, segundo os peritos, isso deve colaborar para um resultado mais preciso dos exames. A exumação de Goulart foi feita porque seus familiares acreditam que ele foi envenenado e não vítima de um ataque cardíaco.
Outra ação da CNV de destaque este ano foi a exumação e divulgação dos laudos técnicos relacionados ao ex-integrante da Aliança Libertária Nacional (ALN) Arnaldo Cardoso Rocha. Até então imaginava-se que ele havia morrido após uma troca de tiros com policiais em 1973. Mas os laudos comprovaram que ele foi espancado e morto pelos militares. As análises são consideradas as primeiras provas materiais dos métodos de repressão aplicado pelos militares durante os anos de chumbo.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Notas do IPMS

Já atingimos mais de 12 MIL  visualizações!

Obrigado a todos que contribuiram para alcançarmos essa visibilidade!

No buscador GOOGLE somos líderes dos vocábulos MEMÓRIA SOCIAL, já há bastante tempo, só disputando com  a UNIRIO, que, convenhamos é um pouco maior que a gente, uma UNIVERSIDADE ESTATAL, com mestrado, doutorado em memória...

O ano de 2014 será ótimo para nós, coisa boas estarão acontecendo. Finalmente, com as bençãos de Santo Antônio, no dia 13 de junho, completaremos 2 anos de existência. Estaremos habilitados a concorrer a projetos governamentais e encaminharemos nosso registro de entidade reconhecida como de Utilidade Pública.

Concluímos o projeto MEMÓRIAS DO SÃO JOSÉ - O ZEQUINHA, com a perspectiva de lançar o livro em março de 2014. Estamos projetando publicações, ganhando espaço no meio acadêmico e empresarial com grandes perspectivas de crescimento.

Boa Semana a todos,

Hirã S Justo
Presidente do IPMS

Arte em Revista: o artista ativista das ruas de Tóquio

No Japão, ele é conhecido como o "Banksy japonês".
Em comum com o colega britânico, o artista, que atende pela alcunha de 281 Nuke, expressa seus ideais políticos por meio dos trabalhos que exibe nas ruas da capital de seu país.
281 Nuke espalha adesivos, pôsteres e grafites por Tóquio nos quais critica, entre outros, o primeiro-ministro do Japão, Shenzo Abe, e políticas adotadas pelo país após o desastre nuclear de Fukushima, em 2011.
O artista é um dos destaques da edição desta semana do boletim de artes da BBC, o Arte em Revista.

O boletim mostra ainda uma exposição dedicada à impressão 3D na China e outra sobre arte islâmica em Londres.
Fonte: BBC Brasil

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Notas do IPMS

O IPMS prestigiou ontem o evento realizado por iniciativa do Instituto Latino Americano de Estudos Avançados. Destaque para a palestra do Dr. Iván Izquierdo, do Instituto do Cérebro da PUC, intitulada "Muitas Formas de Aprendizado, Muitas Formas de Memória". Neurocientista de destaque, Dr. Ivã falou sobre memória individual e os processos bioquímicos envolvidos na consolidação das aquisições menomônicas. Já a parte dedicada à memória social, foi reservada ao Dr. Cesar Barreiro da Universidade Federal do Ceará.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Gloriosa e triste história da nossa fotografia

Por Robinson Damasceno em 10/12/2013 na edição 776
Reproduzido d’O TREM Itabirano nº 100, dezembro/2013
A arte da fotografia encontrou no Brasil o amparo pioneiro de dom Pedro II, que ainda em 1840, um ano depois da histórica descoberta do “fazer” fotográfico em Paris, já importava sua câmera e, em seguida, dava guarida aos pioneiros fotógrafos, tanto os europeus quanto os brasileiros, que produziram muito ao longo daqueles últimos anos do século XIX.
Assim, o Brasil, aquele estranho e distante país tropical, povoado por escravos e miseráveis, dava sequência aos trabalhos pioneiros de Niépce e Daguerre na França, sempre pioneira no avanço científico, antes que os Estados Unidos tomassem conta da situação com seu poder econômico e político.
Na América do Norte, por exemplo, o fotojornalismo cresceu exponencialmente com a Guerra da Secessão, com fotógrafos de ambos os lados registrando as batalhas de forma crua e emocional. O povo, que não fazia ideia de como era uma guerra de verdade, se abalava com a realidade que saltava aos olhos. Até hoje as fotos das batalhas de Gettysburg e outras são de impressionar a qualquer um pelo realismo que as obras de arte napoleônica até então camuflavam.
Como resultado, os americanos transformaram aquele inferno em indústria produtiva, como sempre fizeram. E surgiram potências como a Kodak e suas câmeras populares, de fácil manuseio e que custavam menos de dez dólares.
Ocorre que o incentivo à fotografia aqui vinha diretamente do monarca amado pelo povo. E isso fez toda a diferença. A fotografia proliferou em todo o Brasil, mesmo em seus rincões mais distantes, nos sertões e na selva, compondo de alguma maneira um mosaico muito rico do país e de seu povo.
Essa febre fotográfica, no entanto, não veio acompanhada do desenvolvimento de uma indústria. Como sempre, fomos bons importadores, mas péssimos produtores e industriais. Além do mais, era muito mais simples e barato importar os equipamentos americanos, muito em conta, em vez de produzir máquinas em solo nacional, com suas dificuldades burocráticas, taxas e impostos. Essa realidade em nada mudou, infelizmente.
Uma exceção notável foi a do francês, naturalizado brasileiro, Hércules Florence, considerado unanimemente um dos inventores da fotografia, entre outras notáveis invenções e descobertas. Florence era um híbrido: fez a transição entre a ilustração e a pintura para a fotografia, tendo deixado trabalhos formidáveis em todos esses campos.
Florence cumpria todas as etapas da fotografia, desde a manufatura de câmeras e laboratórios até a revelação do material e sua venda ao grande público – demanda que, aliás, não era tão grande assim.
Pode-se dizer que havia poucos, pouquíssimos, fotógrafos profissionais engajados na imprensa que, refratária, persistiu no uso do bico de pena e no croquis. Os jornais eram muitos, mas não possuíam expertise para assimilar a nova técnica. Nada de mais e nem tão ruim assim. Tivemos ilustradores brilhantes em nossa imprensa, como Ângelo Agostini, gênio do traço.
De qualquer maneira, nossos principais acontecimentos do final do século XIX, como a Guerra do Paraguai, a Abolição da Escravidão e o próprio fim do Império, ficaram sem maiores registros fotográficos.
Mas com o advento da República houve como que uma espécie de explosão da fotografia jornalística. A Guerra de Canudos, por exemplo, registrada por Flávio de Barros, foi um marco na história do desenvolvimento da fotografia – e do fotojornalismo, por extensão.
A história do desenvolvimento urbano do Rio de Janeiro e de São Paulo já teve uma ampla cobertura fotográfica. No Rio, fotógrafos como Marc Ferrez e Augusto Malta mostraram ao país e ao mundo as belezas e misérias de uma capital que crescia para todos os lados, mas que enfrentava doenças terríveis e uma miséria africana.
Já em São Paulo, prenunciando a vocação cosmopolita da cidade e sua ânsia de crescimento e progresso, a fotografia mostra uma cidade em expansão, culta e refinada, com elegância e aprumo.
São duas visões complementares e que se somam na história brasileira de forma insubstituível. Interessante é notar que, à época, a fotografia era considerada uma arte menor, já que apenas retratava o que era visível. A fotografia não é expressionista nem impressionista: ela é o que é. E por isso é tão importante para nós.
Os lambe-lambes
De forma completamente precária e com muito improviso, o Brasil veio sendo registrado por meio de seus fotógrafos ambulantes. E a sua chegada às pequenas cidades era uma ocasião de festa. Moças e senhoras se preparavam para “tirar retratos”, os homens tiravam a poeira dos paletós e passavam gomalina nos cabelos e até as crianças se aprontavam com aprumo para a ocasião.
Esses fotógrafos, com suas câmeras imensas, seus panos pretos sobre a cabeça, traziam também novidades da cidade. Eram, como se dizia, “novidadeiros”. Muitos causaram confusão com as moçoilas casadoiras que se engraçavam para o lado daqueles moços sem o menor futuro.
Mas à parte do folclore amoroso, esses profissionais tiveram papel relevante na cobertura da história. Registraram, por exemplo, além de Canudos, o Cangaço e seus anti-heróis, como Lampião e Maria Bonita, e seus implacáveis perseguidores, “as volantes”.
Porém, pelo Brasil afora, tivemos outro tipo de fotógrafo, que podemos chamar de fotógrafos do matto-dentro. Eram diletantes, pessoas da sociedade e que exerciam outras ocupações em suas cidades, mas que em ocasiões especiais assumiam a personalidade de fotógrafos e registravam o dia a dia de concidadãos, do nascimento até a morte.
Dentre tantos, para nós, itabiranos, podemos pinçar, com orgulho, a figura de Brás Martins da Costa, que ao longo de mais de 40 anos se dedicou a registrar em pormenores a vida de sua (nossa) cidade.
Sempre munido de sua fiel Premo 3, máquina popular da Kodak, e emulsões com que banhava os filmes em vidro produzidos pelos Irmãos Lumière, Brás subia e descia ladeiras, registrando sempre o que de fato importava em sua pequena Itabira.
Esse acervo, herança única que ele legou aos itabiranos, é hoje um dos mais valiosos, no sentido sentimental e histórico, existentes no Brasil. São cerca de 300 negativos em vidro, em bom estado de conservação e que passeiam por mais de quarenta anos de história no matto-dentro ou no mato-fundo, como queria Carlos Drummond de Andrade, ele próprio fascinado com o trabalho de Brás.
Entretanto, é evidente que Brás não está sozinho no panorama dos historiadores do momento, que é como podemos definir aqueles abnegados profissionais dos primórdios da fotografia. Junto a ele, há dezenas espalhados pelo Brasil.
Ocorre que uns 90% do acervo que produziram foram perdidos irremediavelmente. Muitos daqueles frágeis negativos em vidro foram simplesmente descartados como lixo ou se quebraram e desapareceram para sempre. Pesquisar a memória é conviver com a perda.
Dessa maneira, cidades mineiras como Diamantina e Ouro Preto podem se considerar privilegiadas por terem ainda acervos fotográficos importantes e preservados.
De fato, Itabira possui um dos maiores e mais bem-cuidados acervos do Brasil, talvez do mundo. Um trabalho exaustivo e prenhe de dificuldades, mas que resultou em um ganho memorialístico extraordinário.
Resta descobrir o melhor caminho para que esse acervo monumental percorra sua trajetória. Esses caminhos se delineiam, mas é como se fossem daguerreótipos em banho de prata. Com calma e sem solavancos.
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Robinson Damasceno é jornalista, publicitário e escritor
Fonte: Observatório da Imprensa 

Ministério Público vai investigar seis museus de SP por falta de alvará

Artur Rodrigues - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - O Ministério Público Estadual divulgou nota na segunda-feira, 9, afirmando que abriu inquérito civil para investigar centros culturais que não possuem alvará. A investigação começou após o Estado informar no dia 4 que Masp, Pinacoteca, Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), Museu da Imagem e do Som (MIS), Museu de Arte Moderna (MAM) e Museu da Língua Portuguesa não têm a documentação em dia.
O promotor Mauricio Antônio Ribeiro Lopes enviou ofícios aos museus solicitando esclarecimentos. Ele também chamou o Corpo de Bombeiros para dar informações sobre a situação de segurança dos locais. O inquérito também vai apurar a pretensão de instalação de grades no vão livre do Masp.
Os espaços culturais, onde há frequentes excursões de escolas, afirmam que cumprem as medidas de segurança e aguardam a documentação da Prefeitura ser emitida. A Pinacoteca afirma ter o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) e pediu o alvará há um ano e meio. Depois disso, a Prefeitura fez duas visitas ao local, a última há 30 dias.
O Masp também afirma ter o AVCB. Além de possuir o documento dos bombeiros, o MIS afirma que "segue todos os requisitos de segurança necessários para a garantia da integridade de seu público". O CCBB afirma que tem AVCB válido até 10 de julho de 2014, mas que também aguarda o alvará.
Justificativas. Dois dos locais informam que, além do alvará, também estão em processo para obtenção do AVCB. O MAM afirma que já tem "projeto aprovado no Corpo de Bombeiros e atualmente está dando prosseguimento no Conpresp, Condephaat e Prefeitura". Já o Museu da Língua Portuguesa afirma que o "projeto técnico de segurança para revalidação do AVCB está concluído e em processo de entrega para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), com quem compartilhamos um condomínio na Estação da Luz". Outros três locais consultados pelo Estado apresentam a documentação exigida: o Museu do Futebol, a Bienal de São Paulo e o Catavento Cultural.
O Auditório Simón Bolívar, do Memoria da América Latina, atingido por incêndio no dia 29 de novembro, estava com o alvará vencido desde 1993. A fundação afirma ter atendido  exigências feitas pela Prefeitura e diz que o documento não havia sido emitido.
Questionada na segunda-feira, 9, sobre a falta de alvará dos espaços culturais, a Prefeitura afirmou que "podem ser emitidos em até dois meses, caso a documentação exigida seja apresentada".
Desde janeiro, quando houve o incêndio da boate Kiss, em Santa Maria (RS), a administração municipal vem adotando uma postura de focar a fiscalização nos aspectos de segurança, aceitando que os locais permaneçam abertos desde que tenham o AVCB ou o Atestado de Equipamento feito por um técnico. Eles certificam que o local apresenta os dispositivos de segurança exigidos por lei.
Fonte: O Estadão

"Doutor House" vai fazer show em Porto Alegre

Consagrado na TV, Hugh Laurie mostrará faceta musical no mês de março

Consagrado na TV, Hugh Laurie mostrará faceta musical no mês de março<br /><b>Crédito: </b> T4F/Divulgação CP
Consagrado na TV, Hugh Laurie mostrará faceta musical no mês de março
Crédito: T4F/Divulgação CP
O premiado ator Hugh Laurie, consagrado pela série de TV "House", vai se apresentar em Porto Alegre no próximo dia 27 de março. Famoso pelo humor negro ao interpretar o médico genial que usa curas pouco ortodoxas no paciente, a passagem de Laurie pelo Brasil não será um show de humor e, sim, musical.

Acompanhado pela Copper Bottom Band, o astro britânico canta, toca piano e guitarra, em apresentação aclamada por diversos críticos no exterior. A turnê será apresentada em cinco cidades: dia 20 no Rio de Janeiro (Citibank Hall), 21 em Belo Horizonte (Chevrolet Hall), 25 em Curitiba (Teatro Positivo), 27 em Porto Alegre (Teatro do Sesi) e 29 em São Paulo (Citibank Hall – antigo Credicard Hall).

Em todas as cidades, a venda de entradas para o público em geral terá início em 18 de dezembro. Como músico, Laurie lançou o primeiro álbum, “Let Them Talk”, em 2011 e vendeu quase um milhão de cópias no mundo, revivendo clássicos do Blues de New Orleans.

Neste ano, lançou o segundo álbum intitulado “Didn’t It Rain”. No novo trabalho, Hugh Laurie se despede dos clássicos sons de New Orleans rumo a uma nova trajetória, a do Blues Upstream, no coração da América. O álbum inclui canções de artistas pioneiros do blues, como WC Handy (‘St. Louis Blues’) e Jelly Roll Morton (‘I Hate A Man Like You’), até artistas mais recentes, como Dr. John (‘Wild Honey’) e Alan Price, do The Animals (‘Changes’).

Fonte: Correio do Povo

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Site Google Cultural Institute publica coleções de cinco museus brasileiros

Obras podem ser visualizadas em alta resolução

por Ludmilla Balduino
Google Cultural Institute, site do Google de arte, cultura e história, acrescentou nesta terça-feira (3) quatro coleções de museus brasileiros em seu "acervo": do Instituto Inhotim, da Fundação Iberê Camargo, do Instituto Moreira Salles e do Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo. Além disso, o Museu do Futebol, que já tem uma exposição virtual no site, lançou a exibição online “Futebol de Papel - A Paixão pelo Futebol em Relíquias de Papel”.
No site, é possível realizar passeios virtuais e conhecer de perto as obras dos museus. Pela primeira vez, o Google Cultural Institute expõe uma galeria ao ar livre - as obras instigantes de Inhotim foram as pioneiras. Também há as esculturas que ficam dentro de ambientes do Instituto. Ao todo, são 90 obras do centro de arte contemporânea, localizado em Minas Gerais.
O gaúcho Iberê Camargo está bem representado no site. Do museu que leva o nome dele, em Porto Alegre/RS, foram publicadas 90 obras que contemplam diferentes momentos da trajetória do artista. Já o Instituto Moreira Salles, que fica no Rio de Janeiro/RJ, oferece 160 fotografias, muitas delas históricas, distribuídas em oito exibições.
E o MIS, de São Paulo, lançou a exposição “Cinema Paulista nos anos 70": fotos, vídeos e equipamentos contam a história da produção cinematográfica na cidade entre os anos de 1968 e 1980.
Fonte: Viaje Aqui

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Notas do IPMF

Nesta manhã,  reunião da Diretoria do IPMS com a Presidência do Esporte Clube São José, para tratar de assuntos relacionados ao livro comemorativo do centenário da instituição e ainda conversar sobre novas atividades culturais. 

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Unilasalle


Nenhum de Nós toca em Porto Alegre

Banda apresenta show acústico no Theatro São Pedro

Nenhum de Nós toca em Porto Alegre<br /><b>Crédito: </b> Moises Bettim / Divulgação / CP
Nenhum de Nós toca em Porto Alegre 
Crédito: Moises Bettim / Divulgação / CP
Nesta quinta, sexta e sábado, às 21h, e no domingo, às 18h, o Nenhum de Nós apresenta o show "Contos Acústicos de Água e Fogo", no Theatro São Pedro em Porto Alegre.

Uma das mais sólidas formações do pop rock brasileiro, a banda regravou, em versões acústicas, grande parte das canções do CD "Contos de Água e Fogo", reconhecido pela crítica como um dos melhores trabalhos de sua discografia. O show de lançamento do DVD "Contos Acústicos" já passou por Florianópolis, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e mais de 30 cidades.

Além das canções em versões acústicas do "Contos de Água e Fogo", também estão sucessos como "Vou Deixar que Você Se Vá", "Paz e Amor" e "Julho de 83", entre outras. O primeiro single do novo trabalho foi com a canção inédita "Aquela Estação", com a pegada country-folk característica dos acústicos da banda. A atual música de trabalho do novo álbum, lançado também em CD, é a balada 'Primavera no Coração'.

Com 27 anos de carreira e mais de 1.770 shows na bagagem, o Nenhum de Nós é formado por Thedy Corrêa (vocal), Veco Marques (violão e guitarra), Carlos Stein (violão e guitarra), João Vicenti (acordeão e teclados) e Sady Homrich (bateria) e conta com Estevão Camargo (baixo) como músico convidado.
Fonte: Correio do Povo

Notas do IPMS

Ao centro, o Presidente do IPMS Hirã Soares Justo, à esquerda, a Vice-Presidente Arlete Maria Tapia Teixeira, e à direita, a historiadora Lilian Kerber, membro de nossa equipe técnica.
Nesta terça-feira dia 4, pela manhã, o Presidente do IPMS Hirã Soares Justo, a Vice-Presidente Arlete Maria Tapia Teixeira, a historiadora Lilian Kerber e Maristela Bleggi Tomasini, secretária, estiveram reunidos nas dependências do Esporte Clube São José, tratando de aspectos relacionados à memória do clube. A reunião transcorreu no "Conta do Ouvido", carinhoso nome dado pela família São José ao seu espaçoso salão de festas, todo decorado nas cores do clube, ideal para a realização de ventos.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Google inclui serviço de museus on-line

O Instituto Moreira Salles e Fundação Iberê Camargo também foram incluídos. Os 4 museus brasileiros adicionaram cerca de 700 novas obras ao serviço

O Google incluiu nesta terça-feira (3) as obras do Instituto Inhotim, que fica em Brumadinho, em Minas Gerais, e as de outros três museus brasileiros em seu serviço de tour digital de instalações artísticas, o Google Cultural Institute . Tiveram obras incluídas também Fundação Iberê Camargo, Instituto Moreira Salles e Museu da Imagem e do Som (MIS).

No serviço do Google já era possível “visitar” outros museus do Brasil como o Museu de Arte Moderna (MAM), a Pinacoteca de São Paulo, o Museu da Língua Portuguesa e o Museu do Futebol. Este último incluiu nesta terça uma nova exibição on-line, a “Futebol de Papel – A Paixão pelo Futebol em Relíquias de Papel” .
Com a inclusão dos novos museus, aproximadamente 700 itens foram incluídos ao serviço. Além de ver as imagens na internet, é possível explorar as dependências das galerias por meio do Street View.
De Inhotin foram incluídas 90 obras. O maior museu de arte contemporâneo ao ar livre inaugurou levou para o serviço uma novidade: pela primeira vez, o Cultural Institute inclui obras ao ar livre. São peças de artistas como Adriana Varejão, Miguel Rio Branco, Tunga e Carlos Garaicoa .
Já a Fundação Iberê Camargo cedeu 95 obras, entre gravuras, desenhos e pinturas, que traçam a trajetória do artista gaúcho desde os anos 1940 até 1994, ano da última obra assinada por ele .
O Instituto Moreira Salles vai exibir 160 imagens, organizadas em oito exposições. As fotografias são assinadas por ícones do clique Chico Albuquerque, José Medeiros, Marcel Gautherot, Marc Ferrez e Otto Stupakoff.
A exposição levada à internet pelo Museu da Imagem e do Som é a “Cinema Paulista nos anos 70”, que reúne desde imagens de bastidores de produções da época a entrevistas com símbolos como o diretor Rogério Sganzerla (“Bandido da Luz Vermelha”) e João Batista de Andrade (“Boias Frias”, “Wilsinho Galileia”, “O homem que virou suco”).
Fonte: G1