segunda-feira, 29 de abril de 2013

Pôr-do-Sol do Rio Guaíba - Galeria do Rosário

Créditos: Felipe Biasus

Mais da metade dos bens tombados precisam de restauros em Campinas

Pelo menos 60% dos patrimônios tombados de Campinas permanecem com sinais de abandono e precisam de restaurações para serem considerados bem conservados. A constatação é do próprio Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc), órgão responsável por identificar os bens culturais, analisar propostas de restauros e reformas, assim como vistoriar as obras. 
Segundo Daisy Ribeiro, historiadora e gestora do Condepacc, a situação precária dos monumentos e imóveis históricos na cidade decorre, além da falta de recursos financeiros na esfera pública, da ausência de uma cultura compartilhada pela comunidade para a preservação histórica. "Apesar de estar mudando agora, das pessoas estarem aprendendo a conservar essa valoração da história, a cultura de guardar os imóveis não é a mais habitual no Brasil", explica.
A cidade possui pelo menos 230 patrimônios tombados pelo conselho municipal, entre imóveis, conjuntos arquitetônicos, igrejas, prédios institucionais e áreas de preservação ambiental. Desses imóveis tombados, cerca de cem pertecem à iniciativa privada, segundo Daisy.
Prédios tombados pelo Condepacc podem ser vendidos, alugados e explorados comercialmente.  (Foto: Virgginia Laborão / G1 Campinas)Prédios tombados tornam-se lojas no Centro de
Campinas (Foto: Virgginia Laborão / G1 Campinas)
Exploração comercial
Um dos motivos pelos quais os prédios tombados que pertencem à iniciativa privada não estarem tão bem conservados quanto deveriam é a má gestão da isenção do Imposto sobre a Propriedade  Territorial e  Urbana (IPTU). Segundo Daisy, o benefício deveria ser utilizado para a manutenção dos imóveis. "Esse benefício faz parte da legislação municipal de prédios tombados. Mas isso é feito para que, com o dinheiro do imposto, o dono conserve o prédio", afirma.
A gestora do Condepacc explica que o fato do prédio ser tombado não impede que ele seja vendido, alugado ou utilizado comercialmente. Para Daisy, existem exemplos bem sucedidos da exploração comercial dos bens culturais, como o complexo de imóveis próximo à Estação Cultura, onde funcionam diversas lojas. "Quanto mais se usa corretamente, menos precisa de grandes intervenções", diz.

"O tombamento não é desapropriação. O governo só pode intervir no caso de uma extrema não conservação do local". Nesse caso, o Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas realiza vistorias para averiguar se o proprietário preserva o prédio. Se for avaliado que, por exemplo, uma reforma tenha descarecterizado a arquitetura do imóvel, a multa pode chegar a 50% do valor do bem cultural.
Critérios de seleção
Além do critério arquitetônico, o valor histórico e de utilidade social também são levados em conta. Segundo a coordenadora do Condepacc, um exemplo de seleção através desses critérios são os prédios da Vila Industrial, como o Curtume Cantúsio e os imóveis adjacentes. "Os conjuntos não tem uma arquitetura muito diferenciada, mas conta para a História como é que as pessoas viviam, como elas moravam. Eles revelam como era o cotidiano de uma época", afirma Daisy.
O teatro interno do Centro de Convivência, em Campinas (Foto: Carlos Bassan / PMC)Centro de Convivência foi fechado em 2010 por falta
de estrutura (Foto: Carlos Bassan / PMC)
O próprio Centro de Convivência, que permanece fechado e sem previsão para reabertura por conta da falta de verbas para reforma, foi tombado pelo conselho municipal pelo critério de utilidade social. "É um tombamento pelo uso. Está na resolução que seja lá como ele for restautado, ele tem que ter um trabalho cultural e um teatro", explica.
Sem Convivência
Em março deste ano, o prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB) afirmou que deseja transformar o teatro do Centro de Convivência em um espaço compartilhado com a Secretaria de Educação. Com isso, parte do orçamento da pasta seria utilizado para viabilizar a reforma do local. A gestão anterior chegou a calcular o custo da intervenção necessária para a reabertura em torno de R$ 50 milhões.
O teatro foi fechado em dezembro de 2011 por conta da precariedade estrutural. O espaço tinha goteiras, fiação elétrica exposta e a conclusão de técnicos da administração da época foi de que o local oferecia riscos aos frequentadores. No ano passado, a prefeitura chegou a gastar R$ 100 mil para reabrir o espaço por 40 dias para a Campanha de Popularização do Teatro.Músicos com teto
Com o fechamento do teatro do Centro do Convivência, os músicos da Orquestra Sinfônica de Campinas permaneceram um ano e quatro meses sem uma sede fixa. No dia 15 de abril, a Prefeitura anunciou a reforma de um galpão que faz parte do conjunto de patrimônios tombados do Complexo Ferroviário de Campinas, para abrigar os músicos.
Até então o local, chamado Barracão de Lemos, era utilizado como depósito dos equipamentos das alegorias das escolas de samba e permanece com sinais de abandono. A reforma no valor de R$ 1 milhão será custeada por um grupo do setor financeiro e imobilário. 
Segundo a coordenadora do Condepacc, é sempre pior para o patrimônio histórico permanecer fechado e sem uso. "É a pior situação. Ele vai se deteriorando com tempo e, nesse sentido, perde sua caracterização própria e também o valor histórico", afirma. Daisy diz que a melhor opção é sempre manter atividades nos patrimônios tombados. No entanto, também não é garantia que haja conservação completa do local.
Memória abandonada
Um exemplo da má conservação dos prédios tombados que estão na ativa na cidade é o prédio onde funciona a Escola Estadual Carlos Gomes. Os alunos denunciaram a situação no começo do mês de abril em redes sociais e realizaram um abraço coletivo para reinvindicar melhoras.
Alunos denunciam abandono do prédio tombado Carlos Gomes no Centro de Campinas (Foto: Reprodução EPTV)Alunos denunciaram abandono do prédio Carlos
Gomes no Centro (Foto: Reprodução EPTV)
O prédio de 110 anos, tombado pelos conselhos estadual e municipal de Degesa do Patrimônio Cultural e Histório, permanece com janelas quebradas e tem problema com alagamentos. Para tentar contornar a situação, a Fundação para o Desenvolvimento da Educação anunciou no dia 4 de abril a abertura de um processo de licitação com verba de R$ 4,5 milhões pararestauração do prédio.
Segundo Daisy Ribeiro, outro prédio com atividades, mas que precisa de intervenções, é o Palácio dos Azulejos, onde fica o Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas. A primeira fase do restauro já foi concluída, mas ela se limitou a limpeza e conservação básica da estrutura do prédio, segundo Daisy. "Todas as pinturas das paredes ainda não foram tratadas porque os recursos não eram possíveis", explica a coordenadora.
Além da recuperação da pintura original, o projeto prevê agregar uma sala de cinema no prédio e a realização de modificações para a acessibilidade do local. Segundo Daisy, o valor de aproximadamente R$ 2,5 milhões ainda não foi captado para que a segunda fase do restauro comece.
Na lista de prédios tombados que necessitam de intervenção de urgência está o Museu da Cidade, segundo Daisy. Ela afirma que o projeto para revitalizar o prédio inclui a revisão completa do telhado, bem como das estruturas elétrica e hidráulica. "A intervenção é urgente porque não pode fazer quase nenhuma atividade lá porque está muito precário e perigoso", afirma.
A última intervenção no imóvel ocorreu na metade do século XX. Após tanto tempo fechado, a deteriorização do local aumentou e o restauro deve contemplar também a preparação de uma área para acomodação de acervos históricos. Outro problema no prédio do Museu da Cidade é a depredação. Segundo Daisy, muitos tijolos do imóvel são quebrados pela população. "É uma questão de tempo mas também são as pessoas que ficam ali no redor e depredam", afirma.
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Segundo coordenadora do Condepacc, Museu da Cidade precisa de intervenção com "urgência" (Foto: Virgginia Laborão / G1 Campinas)Museu da Cidade precisa de intervenção com "urgência", diz gestora (Foto: Virgginia Laborão / G1 Campinas)
 Fonte: G1

sábado, 27 de abril de 2013

Fotografia

Créditos: Felipe Biasus

Acessibilidade nos museus de SP se restringe à estrutura

Por Breno Pires e Danielle Villela | Estadão Conteúdo
Sete dos dez museus mantidos pelo governo de São Paulo mais visitados na capital não desenvolvem ações de acessibilidade além das adaptações na estrutura física. Apenas a Pinacoteca, o Museu do Futebol e o Museu da Casa Brasileira possuem um conjunto de materiais complementares para auxiliar pessoas com deficiências mentais, visuais, auditivas e físicas na compreensão das obras de arte exibidas. Além desses três, a reportagem visitou o Catavento Cultural, o Museu da Língua Portuguesa, o Museu de Arte Sacra, o Museu Afro Brasil, o Museu da Imagem e do Som, o Memorial da Resistência e a Casa das Rosas.
Deficientes auditivos, por exemplo, só encontram videoguia explicativo na Pinacoteca. É possível ter visitas guiadas por um educador habilitado na língua brasileira de sinais (LIBRAS) em sete dos dez museus, mas a recomendação é que o portador de deficiência auditiva faça o agendamento prévio da visita. O acompanhamento só não é oferecido no Catavento Cultural, na Casa das Rosas e no Museu da Casa Brasileira.
Piso tátil e audioguias para auxiliar pessoas com deficiência visual só são encontrados na Pinacoteca e no Museu do Futebol. Nesses dois espaços culturais e no Museu da Casa Brasileira são oferecidos também conteúdos em Braille.
De forma geral, o recurso mais utilizado pelos museus é a interação por meio do tato com obras originais, maquetes arquitetônicas, miniaturas e réplicas dos objetos em exposição. Esses materiais são utilizados em visitas guiadas com portadores de deficiências intelectuais, visuais e auditivas. Apenas três dos museus visitados não apresentam o recurso - a Casa das Rosas, o Museu da Língua Portuguesa e o Museu da Imagem e do Som.
No Museu Afro Brasil, por exemplo, os visitantes podem manipular esculturas e máscaras africanas, instrumentos musicais, maquetes tridimensionais com legendas em tinta e Braille, reproduções de obras de arte e jogos educativos. Já no Museu da Casa Brasileira, os portadores de deficiência visual recebem luvas plásticas para tocar nos móveis originais em exposição. "É fundamental desenvolver metodologias de acesso ao conteúdo em exposição e não apenas ao espaço", disse Thelma Lobel, coordenadora do Núcleo Educativo do MCB.
Apesar da carência de recursos para pessoas com necessidades especiais interagirem com as obras de arte, todos os museus visitados pela reportagem possuem rampas e elevadores de acesso, além de banheiros adaptados para cadeirantes. Algumas seções do Catavento Cultural só podem ser acessadas por meio de escadas. Na entrada da Casa das Rosas, há um lance de cinco degraus, sem rampa contígua. O Museu Afro Brasil não dispõe de elevador em suas instalações, mas é possível locomover-se apenas pelas rampas.
Melhorias
O secretário de Estado da Cultura, Marcelo Araújo, admite que muitos museus estaduais ainda não realizam ações que garantam um acesso amplo à pessoa com deficiência. "Muitas vitórias já foram conseguidas, mas tem uma imensidão de melhorias a serem feitas", disse Araújo quarta-feira, 24, durante o I Seminário sobre Cultura e Acessibilidade, na Oficina Oswald de Andrade, no Bom Retiro.
No evento foi anunciada a criação de um fundo de R$ 2 milhões a fim de viabilizar a implantação de recursos de acessibilidade em produtos culturais diversos, em um plano conjunto da Secretaria de Estado da Cultura e da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Apesar de não ter sido definida uma cota para os museus, o secretário afirmou que será criado um edital específico para projetos que desenvolvam estratégias que tornem os conteúdos dessas instituições mais acessíveis a pessoas com diferentes tipos de deficiência.
"Nossa expectativa é que os recursos possam atingir aqueles museus que ainda não desenvolvam as atividades e que ainda, infelizmente, não têm esses programas, para que eles possam tomar consciência da necessidade de implantação e criar esses processos de acessibilidade comunicacional plena", afirmou Araújo.
Fonte: Yahoo Notícias

Programa cultural da Petrobras divulga projetos selecionados

Paulo Virgilio - Agência Brasil25.04.2013 - 18h26 | Atualizado em 25.04.2013 - 19h24

Serão mais de R$ 67 milhões, divididos em duas linhas básicas: Preservação e Memória e Produção e Difusão (Marcello Casal Jr/ABr)
Rio de Janeiro - A Petrobras anunciou hoje (25) a lista final dos projetos contemplados na seleção pública do Programa Petrobras Cultural 2012. Foram escolhidos 102 projetos em nove áreas de atuação.
Ao todo, a Petrobras vai investir este ano R$ 67 milhões em 134 projetos de 11 áreas, abrangendo todas as regiões do país. Dividido em duas linhas básicas: Preservação e Memória e Produção e Difusão. O investimento é o maior de todas as edições do programa.
Dos 134 contemplados, 34 são do Rio de Janeiro, 28 de São Paulo e 72 dos demais estados. Pelo critério regional, o Sudeste teve o maior número de projetos selecionados (69), seguido do Nordeste (33), do Sul (15), Centro-Oeste (dez) e Norte, com sete projetos.
No entanto, como os projetos podem ter ciculação local, regional ou nacional, alguns estados das regiões com número pequeno de contemplados receberão uma grande quantidade de iniciativas culturais. É o caso de Mato Grosso do Sul, com 46 projetos, e Roraima e Maranhão, com 42 cada um.
“Um exemplo disto é a exposição de imagens do fotógrafo Pierre Verger, que foi selecionada dentro da nova área de Circulação de Exposições e poderá ser vista na Paraíba, em Goiás, no Piauí e em Mato Grosso do Sul”, disse o gerente de Patrocínios da Petrobras, Sérgio Bandeira de Mello. Segundo ele, um dos objetivos do Petrobras Cultural é que todos os estados tenham projetos inscritos, e se possível, selecionados. “A Caravana Petrobras Cultural percorreu 27 cidades para divulgar o programa, buscando assim ampliar a circulação de bens culturais e fortalecer as cadeias produtivas do setor”, completou.
Ao todo, o Petrobras Cultural recebeu 4.309 projetos nesta edição. O processo de seleção é feito, segundo a empresa, por comissões de análise técnica formada por profissionais que atuam diretamente nos 11 setores abrangidos pelo programa, que em suas nove edições já destinou R$ 380 milhões a 1.435 projetos culturais.
Edição: Aécio Amado
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quinta-feira, 25 de abril de 2013

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Créditos: Felipe Biasus

Angry Bird mata Dom Quixote em campanha que defende livros

Criados pela Grey da Espanha, as peças exibem os clássicos sendo "exterminados" pelos hábitos dos usuários


São Paulo - A Associação de Editores de Madrid, na Espanha, resolveu inovar para falar sobre a importância dos livros. Em anúncios que abordam o valor da leitura de clássicos da literatura, a entidade exibe como jogar videogame em demasia, usar smartphone e assistir seriados exageradamente podem atrapalhar o consumo de livros.
Criados pela Grey da Espanha, as peças exibem os clássicos sendo "exterminados" pelos hábitos dos usuários. No anúncio que alerta para uso exagerado do videogame, o "Pequeno Príncipe" aparece inconsciente em meio a um cenário de guerra digno de jogos como Call Of Duty ou Medal of Honor.

Na peça que alerta sobre a utilização em demasia dos smartphones, um pássaro do jogo mobile Angry Birds é exibido depois de atingir Dom Quixote de La Mancha, um dos protagonistas da obra de Miguel De Cervantes Saavedra.

Já Moby Dick, a baleia da obra de Herman Melville, aparece encalhada na ilha de Lost. Ou seja, quanto mais ocupado assistindo séries, menos você lê, diz a campanha.
Via Ads of The World.
 Fonte: Exame

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Exposição acessível a todos os públicos inicia sábado

Mostra "Cinco Sentidos" exibe maquetes táteis de Porto Alegre e esculturas de atletas

Mostra Cinco Sentidos exibe maquetes táteis de Porto Alegre e esculturas de atletas gaúchos<br /><b>Crédito: </b> Divulgação/CP
Mostra Cinco Sentidos exibe maquetes táteis de Porto Alegre e esculturas de atletas gaúchos 
Crédito: Divulgação/CP
Diferentemente de um museu ou de uma mostra de artes, onde as obras não podem ser tocadas, a exposição “Cinco Sentidos” tem como regra a interação. Especialmente para o público com necessidades especiais. Paisagens conhecidas de Porto Alegre estarão acessíveis, em tamanho reduzido, a partir deste sábado, quando inicia o evento promovido pelo Instituto Ame. Seis maquetes táteis e quatro painéis retratando atletas gaúchos estarão em exibição no Palácio da Justiça, no Centro da Capital. 

“A exposição é toda acessível, inclusive com audiodescrição, para um público que dificilmente tem essa oportunidade”, explica a diretora-presidente do Instituto Ame, entidade que visa promover a acessibilidade e o meio ambiente, Noara Tubino. “Em um museu ou em uma exposição, dificilmente você pode tocar (nas obras). Nossa exposição é o inverso, o público tem de interagir com tudo.”

A proposta da exposição é apresentar diferentes aspectos da formação da cidade de Porto Alegre. As maquetes a serem apresentadas mostram, entre outros pontos, o Cais do Porto e o relevo do Centro da Capital. Um dos enfoques é a apresentação da cidade como uma das subsedes da Copa do Mundo de 2014. Entre os atletas que fazem parte da mostra, exibida por meio da técnica de matrizes em relevo estão a ginasta Daiane dos Santos e o judoca João Derly. “A pessoa que tem a deficiência consegue tocar e sentir toda a fotografia através das dimensões do relevo”, explica Noara.

Essa é a segunda exposição totalmente acessível realizada pelo instituto. A primeira, em 2011, registrou mais de 30 mil visitantes. Após passar pelo Palácio da Justiça, as obras irão para a Faculdade de Arquitetura da Ufrgs, no dia 6 de maio, e para o Tribunal de Justiça, no dia 14 de maio. Segundo a diretora-presidente do Instituto Ame, a exposição antecipa a criação do Memorial de Acessibilidade e Inclusão Social, cujo projeto já foi aprovado pelo Ministério da Cultura. A entidade estará localizada na zona Sul da Capital. O espaço, que ainda necessita de adaptações, deve ser concluído até o final do ano. “Nossa meta é transformá-lo em um local onde tudo possa ser tocado”, projeta Noara.


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Fonte: Danton Júnior/Correio do Povo

terça-feira, 23 de abril de 2013

Fotografia

Créditos: Felipe Biasus

No dia mundial do livro, evento homenageia incentivadores da leitura

Cerimônia ocorre às 20h30min no Teatro Bruno Kiefer, em Porto Alegre

Troféu criado por Carlos Tenius irá para personalidades e instituições<br /><b>Crédito: </b> Luis Ventura / Divulgação / CP
Troféu criado por Carlos Tenius irá para personalidades e instituições 
Crédito: Luis Ventura / Divulgação / CP
Nesta terça, quando se comemora mundialmente o Dia do Livro e do Direito do Autor, a Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL) homenageia pessoas e instituições que se destacaram por ações de incentivo aos livros, à leitura e à literatura. A cerimônia de entrega de troféus (criados por Carlos Tenius) aos Amigos do Livro, Biblioteca e Personalidade do Ano de 2012 ocorre às 20h30min, no Teatro Bruno Kiefer (Casa de Cultura Mario Quintana), em Porto Alegre. Também recebem a distinção os jubilados, profissionais com 25 ou 35 anos de trabalho no setor livreiro. A Personalidade do Ano é o prefeito José Fortunati pelo apoio à Feira do Livro e pelas iniciativas do Plano Municipal do Livro e da Leitura.

Mais cedo, às 11h, no Salão Alberto Pasqualini do Palácio Piratini, a Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) lança a consulta pública para o Plano Estadual do Livro, Leitura e Literatura (PELLL) e editais para a Modernização de Bibliotecas e aos Agentes de Leitura. O evento terá a presença do secretário executivo do Plano Nacional do Livro, José Castilho Marques Neto.

São cinco os laureados como Amigos do Livro pela CRL. A FestiPoa Literária, com debates, leituras, lançamentos, oficinas, exposições, shows, saraus, performances, pela importância e pelos desdobramentos. O Jornal do Comércio, pelo espaço à área e Troféu Cultura Gaúcha, entregue na Feira. O Piquenique da Leitura, aos domingos, no Parcão de Cachoeirinha, que disponibiliza centenas de livros para leitura ou troca. O diretor do Instituto Goethe, Reinhard Sauer, pelo projeto Osmose, de intercâmbio entre artistas de quadrinhos brasileiros e alemães. O jornalista do Correio do Povo, Luiz Gonzaga Lopes, pela atuação em prol do livro e pelo comprometimento com a Feira do Livro. E a Biblioteca Municipal Professora Elsa Hofstätter da Silva, de Nova Petrópolis, pelo acervo e pelos projetos de promoção da leitura.

Fonte: Correio do Povo

Falta de investimento em segurança ajuda em roubos de museus no Brasil

Um patrimônio que é de todos nós está ameaçado: mais de 100 peças valiosas já foram roubadas de museus brasileiros, onde falta de investimento em segurança.
Os envelopes chegaram pelo correio. Dentro, vinha um tesouro: fotos e documentos preciosos que mostram o Rio de Janeiro bombardeado em 1893 e a extraordinária transformação da capital do país na época. “Desde a abertura da Presidente Vargas à construção de vários túneis pela cidade nesse período”, afirma a diretora do Arquivo da Cidade, Beatriz Kushnir.
Um bilhete dizia que tudo fora comprado em leilões, mas, segundo a diretora, é material roubado do Arquivo da Cidade. Os objetos devolvidos estavam sumidos desde 2006. “Isso que chegou é uma parcela muito pequena do que desapareceu”, diz Beatriz.
O fato curioso chamou atenção para o problema que atinge muitos museus e instituições culturais do Brasil: o roubo e o furto de documentos e objetos históricos. Quadros, fotografias e imagens de santos, desapareceram em Minas Gerais, Pernambuco, São Paulo, Paraná.
Um dos roubos mais espantosos foi de quadros de Picasso, Monet e Salvador Dali, no Museu Chácara do Céu, no Rio de Janeiro, há sete anos.
O caso mais recente também aconteceu no Rio, no Museu da República: o furto da caneta de ouro cravejada de brilhantes que pertenceu ao presidente Afonso Pena. “Devia já ter estudado, devia ter visto que não existem câmeras de segurança”, afirma a museóloga Magaly Cabral.
Magaly mandou fechar o andar onde o ladrão agiu e diz que só o reabrirá se conseguir mais guardas. “Eu já fui avisada que vou poder aumentar o contrato em 25%. Vou ganhar mais 7 guardetes, e isso ajuda”, afirma.
Mais guardas apenas não resolvem. Museus como o da República também precisam de câmeras de segurança, mas enfrentam o mesmo problema: a falta de verbas.
Somente 16% dos museus brasileiros possuem circuito interno de vigilância, informa o Ibram, que reconhece a necessidade de mais investimentos para proteger o patrimônio.
“O Ibram estabeleceu um programa interno, que vai ser lançado em maio, para alertar os gestores sobre as questões mais importantes no campo dos riscos e na questão da segurança”, afirma Cícero de Almeida.
O Ministério da Cultura informou que investiu em seus principais museus, mais de R$ 20 milhões em 2012, valor 15% maior que no ano anterior.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

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Créditos: Felipe Biasus

Brasília vai ter museu da cultura negra, diz ministra da Cultura

Lourenço Canuto - Agência Brasil17.04.2013 - 17h38 | Atualizado em 17.04.2013 - 19h37

A ministra da Cultura, Marta Suplicy (Elza Fiúza/ABr)
Brasília – O Ministério da Cultura vai se empenhar para a instalação de um museu, na capital federal, destinado a registrar a história e o legado deixado pelos negros na formação da população brasileira. "A capital da República tem o dever de registrar a influência da cultura negra em um país que tem 53% de sua população composta de afrodescendentes", disse hoje (17) a ministra da Cultura, Marta Suplicy. Ela ressaltou que vai "trabalhar pessoalmente" para que o projeto seja efetivado.
De acordo com a ministra, já existe um terreno para a construção do museu. Ele foi doado pelo então governador do Distrito Federal, Cristovão Buarque, mas "ficou esquecido durante muitos anos, tendo o governador Agnelo Queiroz firmado a redestinação". O terreno, segundo ela, está localizado em uma área nobre de Brasília, no Lago Sul.
Marta lembrou que foi durante a sua gestão na prefeitura de São Paulo que foi instalado na cidade um museu com o mesmo objetivo. Ele fica em uma área nobre da capital paulista, o bairro do Ibirapuera. "Foi escolhido o prédio mais bonito do lugar, a sede antiga da prefeitura", disse.
Segundo a ministra, grande parte do acervo do Museu Afro de São Paulo foi doada pelo colegionador Emanuel Araújo que fez um pedido especial à então prefeita Marta Suplicy: "Prefeita, não vá instalar o museu em um porão". Segundo ela, a resposta foi construir o museu em um lugar bonito. “É o que vai ocorrer também em Brasília", ressaltou a ministra da Cultura.
A ministra lembrou que dos 10 milhões de negros que foram retirados da África para trabalhar como escravos, 5 milhões vieram para o Brasil, e só entre 1700 e 1800 desembarcaram por aqui 2,5 milhões de negros. De acordo com Marta Suplicy, a ideia de montar o Museu Afro de Brasilia começou com a visita que fez à à Fundação Palmares, onde existe uma maquete do prédio.
"Toda a história tem que ser mostrada no museu da capital federal. Não deve ser somente o museu da dor, mas que conte a história da vinda dos negros, do que ocorreu nas lavouras, o processo da abolição, o resgate da autoestima desse povo que construiu o Brasil, pois a identidade brasileira é negra, na gastronomia, na música, nas danças e também na religião", disse.
Para a ministra da Cultura, o mais difícil para a instalação não é colocar peças à mostra, mas prover o museu de recursos tecnológicos para recuperar a história dos negros no Brasil. Segundo ela, nos Estados Unidos a população negra é composta por 13% dos americanos. No entanto, o país está construindo "um museu gigantesco, em frente ao Pentágono, em Washington, com investimento de US$ 500 milhões", destinado a registrar a história dos negros nos EUA.
Marta Suplicy esteve hoje na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal, onde fez uma exposição das atividades desenvolvidas pelo Ministério da Cultura.

Edição: Aécio Amado
 
  • Direitos autorais: Creative Commons - CC BY 3.0
  • Fonte: EBC

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Encontro discute acesso de pessoas com deficiência à cultura

Vinícius Lisboa - Agência Brasil16.04.2013 - 19h03 | Atualizado em 16.04.2013 - 19h10

O 1º Encontro Nacional de Acessibilidade Cultural começou hoje (16) na Fundação Biblioteca Nacional (Galeria de Lindomar Cruz / Creative Commons)
Rio de Janeiro- O 1º Encontro Nacional de Acessibilidade Cultural começou hoje (16) na Fundação Biblioteca Nacional. O evento vai discutir alternativas para aumentar a participação de pessoas com deficiência física em eventos culturais. O encontro integra o 3º Seminário Nacional de Acessibilidade em Ambientes Culturais, iniciado há três anos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e abre o curso de especialização em acessibilidade cultural da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o primeiro do tipo no país.
Coordenadora do curso e organizadora do evento, a professora Patrícia Dorneles disse que o encontro é uma forma de sensibilizar, capacitar e mobilizar a plateia, formada principalmente pelos 60 alunos do curso da UFRJ, que recebeu inscrições de professores de outras universidades, gestores públicos e integrantes de organizações da sociedade civil. "Se a sociedade necessita dessa qualificação, a universidade pública tem a missão de oferecer essa capacitação para a politica pública estar mais qualificada no sentido do acesso", disse.
A abrangência da acessibilidade cultural, de acordo com Patrícia, está entre as questões que serão abordadas no evento. "As pessoas ficam com a ideia de que você coloca uma rampa e um banheiro acessível, e isso é acessibilidade cultural. Na verdade, não para aí. Passa pela necessidade, por exemplo, de uma pessoa cega poder admirar uma obra de arte, uma peça de teatro ou um espetáculo de dança e participar de todo o conhecimento das linguagens artísticas, cultural e estética, e usufruir de todas as manifestações da cultura brasileira e outros intercâmbios", ressaltou.
Para a professora, o curso é uma forma de preparar as próprias universidades, que ainda contam com poucas iniciativas nessa área. "A questão é recente e as universidades ainda não estão preparadas para incluir essa temática na sua formação acadêmica. Por isso, o edital convocava professores universitários para estarem conosco, para que isso se torne um conteúdo de formação universitária".
A secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Márcia Rollemberg, participou da abertura do encontro e defendeu o engajamento da iniciativa privada na acessibilidade cultural. "É fundamental a participação da iniciativa privada. A gente vai buscar ter uma influência maior nos investimentos da Lei Rouanet, na forma como esses critérios são cumpridos, para que a gente possa garantir que o padrão de acessibilidade comunicacional seja garantido nesses repasses", disse.
Para Márcia Rollemberg, a acessibilidade cultural avançou bastante no que se refere ao ambiente, mas precisa trabalhar na área de conteúdos. "Os novos ambientes culturais já nascem com a prerrogativa da acessibilidade física. Hoje, a pauta tem que ser a acessibilidade comunicacional, o acesso a conteúdos, aos bens e serviços culturais, aos espetáculos, ao cinema”, ressaltou.
Edição: Aécio Amad
  • Direitos autorais: Creative Commons - CC BY 3.0
  • Fonte: EBC

terça-feira, 16 de abril de 2013

Festa Literária de Porto Alegre lança programação hoje

Cerimônia com apresentação da Orquestra Villa-Lobos ocorre às 19h no Teatro do Sesc

Lançamento com apresentação da Orquestra Villa-Lobos ocorre no Teatro do Sesc, às 19h <br /><b>Crédito: </b> Reprodução / CP
Lançamento com apresentação da Orquestra Villa-Lobos ocorre no Teatro do Sesc, às 19h 
Crédito: Reprodução / CP
A programação da 6º edição da Festa Literária de Porto Alegre ganha lançamento nesta terça-feira, às 19h, no Teatro do Sesc (avenida Alberto Bins, 665), com apresentação da Orquestra Villa-Lobos, acompanhada de coral de 20 crianças e dos solistas Dudu Sperb, Leandro Maia e Pedrinho Figueiredo. No repertório, composições de Vinicius de Moraes, em tributo ao centenário do nascimento do poetinha, como “A Casa”, “O Caderno”, “A Arca de Noé” e “O Pato”. Também será promovido painel sobre a obra do homenageado, Cristovão Tezza, conduzido pelo escritor Altair Martins.

Realizada de 10 a 19 de maio, a FestiPoa Literária confirma a presença de Cristovão Tezza, Antonio Cicero, Lirinha, Marcelo Yuka, Liniers, Daniel Galera, JR Duran, Carpinejar, Charles Kiefer, José Castello, Vicente Franz Cecim, Luiz Ruffato, Altair Martins, Angélica Freitas, João Gilberto Noll e Sérgio Sant'Anna.

O homenageado Cristovão Tezza abrirá a FestiPoa, no dia 10 de maio; lançará o seu mais recente livro “O Espírito da Prosa” e terá sua obra discutida. O escritor-anfitrião será Altair Martins, premiado e parceiro desde a primeira hora da festa e escolhido para desempenhar esse papel.

O evento lança nesta edição um programa dedicado à formação de mediadores de leitura. Invenção de leitores constitui-se de projetos e ações voltados para o fomento à difusão da leitura de literatura, com oferta de cursos, oficinas e workshops a educadores e mediadores de leitura. Para estimular ainda mais a arte da escrita, um concurso literário, para autor estreante, na categoria conto, cuja premiação será a publicação do livro do vencedor, é outro novo projeto em parceria com a editora Modelo de Nuvem. Serão ainda oferecidos cursos e oficinas com foco em diferentes práticas e questões acerca do livro e da leitura.

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Créditos: Felipe Biasus

Campinas sedia Curso de Capacitação para Museus do SISEM-SP.

partir do dia 22 de abril (segunda-feira), o Sistema Estadual de Museus (SISEM-SP), instância ligada à Secretaria de Estado da Cultura, em parceria com a Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari (ACAM Portinari), inicia a primeira etapa do “Curso de Capacitação para Museus”, das 9 horas às 17 horas, no auditório do Museu Da Imagem e do Som, em Campinas.
Nesta fase, que ocorre até 24/4, a atividade abordará o panorama das políticas públicas de cultura no Brasil e a elaboração de projetos para museus, leis de incentivo à cultura e conservação preventiva de acervos museológicos. O primeiro módulo será ministrado pelos professores Roseli Biage e Leonardo Cássio, já o segundo é coordenado pela museóloga Andrea Zabrieszach Afonso Santos.
O curso tem como público alvo os profissionais e dirigentes da área museológica e cultural do Estado de São Paulo. O Museu Da Imagem e do Som está localizado na rua Regente Feijó, nº 859. Outras informações pelo por telefone (19) 3733-8800 ou site: www.sisemsp.org.br

Sistema Estadual de Museus
O SISEM-SP reúne e articula todos os museus do Estado em busca de promover o desenvolvimento e fortalecimento institucional. É coordenado pela Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico (UPPM) da Secretaria de Estado da Cultura e atualmente reúne cerca de 415 instituições, públicas e privadas, de 190 municípios. Entre as principais ações do SISEM, está a realização de exposições itinerantes e de estudos detalhados sobre cada museu e cidades onde estão localizados. O SISEM promove, ainda, programas de formação, capacitação e aperfeiçoamento técnico de profissionais, além de convênios entre os museus do Estado e instituições nacionais e internacionais, com o objetivo de aprimorar e valorizar as próprias instituições e seus acervos. Para saber mais acesse: www.sisemsp.org.br

ACAM Portinari
Fundada em 27 de novembro de 1996, a ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari) administra, em convênio com a Secretaria de Estado da Cultura, três instituições museológicas no interior de São Paulo pertencentes ao Governo do Estado: Museu Casa de Portinari (Brodowski), Museu Histórico e Pedagógico Índia Vanuíre (Tupã)  e Museu de Esculturas Felícia Leirner (Campos do Jordão). A ACAM, que tem sua sede em Brodowski, tem como principal objetivo o desenvolvimento da área cultural, particularmente a museológica, por meio das colaborações técnico-operacional e financeira. A instituição também apoia as ações do SISEM-SP (Sistema Estadual de Museus), com quem realiza importantes iniciativas como oficinas de capacitação para museus, oficina de ensino à distância e, ainda, o Encontro Paulista de Museus, entre outras.

Serviço:
Módulo I - Formatação de Projetos e Leis de Incentivo e
Módulo II – Conservação Preventiva de Acervos Museológicos

Data: de 22 a 24/4/2013
Local: Museu da Imagem e do Som (Rua Regente Feijó, nº 859, Campinas/SP)
Horário: das 9h às 17h
Informação: por telefone (19) 3733-8800 ou site: www.sisemsp.org.br
Fonte: O Serrano