sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Memória e História

Foto: Lucíola Correa
A memória costuma ser entendida como um elemento de fundamentação da identidade cultural, tanto de instituições quanto dos próprios indivíduos. Por isso, a necessidade da preservação da história. Isso não significa se prender ao passado, mas guardar um vínculo com suas raízes. No caso do CIEE, instituição filantrópica de assistência social que insere jovens no mercado de trabalho, comemorar 50 anos significa relembrar de uma história que beneficia 13 milhões de jovens encaminhados à atividade laboral. Muitos deles são hoje profissionais renomados em seus ramos de atividade e fazem a diferença, contribuindo para o desenvolvimento do país.

O CIEE nasceu com a vontade do empresariado e educadores paulistas de criar um mecanismo que propiciasse capacitar e inserir o jovem no mercado de trabalho, atendendo aos desafios que os novos tempos exigiam. Eles entendiam que, para mudar os rumos de um país, era necessário começar pela educação da juventude. O empresário Mario Amato, ex-presidente da Fiesp e um dos fundadores do CIEE, dizia que seria a juventude que poderia alteraria hábitos e costumes, e por meio da educação, edificaria uma nova nação.

O crescimento do CIEE em meio século de vida – está presente em todas as principais cidades de todos os estados, com mais de 350 unidades – comprova o sucesso da empreitada, que começou a funcionar em uma casa na Rua 13 de Maio, no tradicional bairro do Bixiga. Hoje, com o aumento da demanda do Programa Aprendiz Legal, que já conta com 65 mil jovens em capacitação em empresas por todo o país, e com o crescimento gradual de oportunidades de estágio para estudantes dos ensinos médio, técnico, tecnológico e da graduação, o CIEE se expande para atender às necessidade do mercado e dos jovens mais carentes. Programas gratuitos como o de Educação à Distância – que contempla mais de 2,3 milhões de matrículas, desde 2005; desenvolvimento estudantil e profissional; orientação e informação profissional; cursinhos pré-vestibulares; cursos de informática e TI; de alfabetização e suplência para adultos; e capacitação para pessoas com deficiência mostram a preocupação do CIEE como entidade de assistência social, que ampliou seu foco de atuação pensando sempre em melhorar a empregabilidade dos jovens frente à complexidade das exigências da vida moderna.  

Fonte: SURGIU  Foto: Lucíola CorreaFonte: Lucíola CorreaPostador: Samuel Charles

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Fotografia




Mariana. MG
mtomasini

Os Mais Estranhos Museus

Há para todos os gostos... do mais assustador até ao mais apetecível. Alguns destes museus, nada tradicionais, recebem milhares de visitas por ano
Museu de Tampas de Sanita (Toilet Seat Art Museum)
Começou como uma colecção de Barney Smith e hoje já conta com mais de mil peças. Nas tampas, estão desenhos, colagens e criações animadas, todas feitas pelo próprio Smith ao longo de mais de 30 anos. Para ver estas tampas invulgares é só ir até San Antonio, no Texas, onde estão expostas.
Museu da Arte Ruim (Museum of Bad Art - MOBA)
Aberto desde 1994, este museu apresenta obras que, de outra forma, não seriam valorizadas. Para ver em Dedham, em Massachussets, ou em Somerville, EUA.
Museu da Batata Frita (Frietmuseum)
Abriu portas em 2008, na cidade de Bruges, na Bélgica. Quem o visitar ficará a par da origem da batata frita e conhecerá os principais descascadores da história. O museu promete ainda ensinar a preparar "a batata frita perfeita".
Museu da Mostarda (National Mustard Museum)
Está no coração de Middleton, no estado americano de Wisconsin, e é paragem obrigatória para os apaixonados por mostarda. Para além de ficarem a saber tudo sobre o molho, a entrada é gratuita e são realizadas degustações de mostardas de todo o mundo.
Museu do Spam (Spam Museum)
Pensou no spam da sua caixa de e-mail? Pois, mas não é disso que se trata. A origem da palavra "spam" está ligada a um tradicional presunto enlatado e este é verdadeira estrela do museu situado na cidade de Austin.
Museu das Relações Terminadas (Museum of Broken Relationships)
Tem um objeto dado pelo seu ex-amor e quer livrar-se dele mas não sabe como? Envie-o para Zagreb, na Croácia, e faça parte da coleção deste museu que, desde 2006, reúne vestígios de relações amorosas que não foram felizes para sempre.
Museu da Banana (Banana Museum)
Fascinado por este fruto, Ken Bannister só se veste de amarelo vivo e guarda mais de 17 mil objetos relacionados com bananas. O museu onde a cor amarela é rainha abriu em 1976, na localidade de Palm Springs, Califórnia. 
Museu dos Esgotos (Musée Des Egouts)
A entrada é junto ao Rio Sena em Paris, França, mas esqueça as paisagens bonitas. Lá dentro a luz natural não existe e o cheiro intenso não é nada agradável, mas o museu garante uma boa viagem numa das maiores redes de esgotos, vista por muitos como uma verdadeira cidade subterrânea.
Museu das Coleiras (The Dog Collar Museum)
A coleção de coleiras ao longo da história mostra como os cães tinham uma vida de luxo na Idade Média. Coleiras requintadas e acessórios sofisticados, com mais de cinco séculos, estão expostos no Castelo de Leeds, no sudeste de Inglaterra.
Museu do Cabelo (Hair Museum)
Este é sem dúvida um museu cabeludo. Pertence a Galip Körükçü que recolheu mais de 16 mil amostras de cabelo de mulheres de todo o mundo. Hoje tem uma caverna em Avanos, na Turquia, onde expõe as mechas de cabelo e, de vez em quando, resolve aparecer de avental e tesoura na mão.
Hall da Fama da Roupa Interior
Já imaginou ir às compras e ver as cuecas do seu ídolo? É isso que acontece com os clientes da loja Frederick's of Hollywood, nos EUA. Enquanto o piso térreo é para os artigos de venda, o piso superior expõe peças íntimas como as cuecas usadas por Tom Hanks, no filme Forrest Gump, e outras celebridades.
Museu da Criptozoologia (International Cryptozoology Museum)
Se não acredita em animais lendários deve visitar este museu situado em Portland, nos EUA. Fundado por Loren Coleman, perito em criaturas do mundo do fantástico, o museu garante que os registos e os vestígios de algumas pegadas expostas pertencem a essas criaturas míticas.
Museu dos Funerais (National Museum of Funeral History)
Situado em Houston, no Estado do Texas, este museu é indicado para os mais curiosos sobre os serviços fúnebres. Expostos estão todo o tipo de registos como fotografias, objetos e peças de funerais de diferentes presidentes americanos.
Museu das Almas do Purgatório
Localizado em Roma, na Igreja do Sagrado Coração do Sufrágio, este museu diz guardar factos incontestáveis que provam a comunicação dos espíritos. O museu diz ainda ter objetos "tocados" pelas almas e impressões digitais de fantasmas.
Museu dos murmúrios (Mütter Museum)
Localizado na Faculdade de Medicina de Filadélfia, nos EUA, este museu apresenta as mais estranhas patologias médicas e expõe partes do corpo humano que conserva durante anos. Outra particularidade é que qualquer pessoa pode candidatar-se a ser exposta neste museu depois de morrer (desde que a família pague a eterna estadia)

Fonte: Visão 20 anos

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Arte contemporânea é farsa

A mexicana e crítica de arte Avelina Lésper causa furor por onde passa por falar o que muita gente pensa mas não tem coragem de dizer 


Avelina Lésper, em conferência sobre artes na Cidade do México, não poupou nem os grandes consagrados como Gabriel Orozco e Damien Hirst
Da Redação

Com a finalidade de dar a conhecer seus argumentos sobre os porquês da arte contemporânea ser uma “arte falsa“, a crítica de arte Avelina Lésper apresentou a conferência “El Arte Contemporâneo –– El dogma incuestionable” na Escuela Nacional de Artes Plásticas (ENAP), na Cidade do México, sendo ovacionada pelos estudantes na ocasião. 

A arte falsa e o vazio criativo 

“A carência de rigor (nas obras) permitiu que o vazio de criação, o acaso e a falta de inteligência passassem a ser os valores desta arte falsa, entrando qualquer coisa para ser exposta nos museus”. 

A crítica explica que os objetos e valores estéticos que se apresentam como arte são aceitos em completa submissão aos princípios de uma autoridade impositiva. Isto faz com que, a cada dia, formem-se sociedades menos inteligentes e aproximando-nos da barbárie. 

O ready made 


Lésper aborda também o tema do ready made, expressando perante esta corrente “artística” uma regressão ao mais elementar e irracional do pensamento humano, um retorno ao pensamento mágico que nega a realidade. A arte foi reduzida a uma crença fantasiosa e sua presença em um mero significado. “Necessitamos de arte e não de crenças”.

Gênio artístico 

Da mesma maneira, a crítica afirma que a figura do “gênio”, artista com obras insubstituíveis, já não tem possibilidade de manifestar-se na atualidade. “Hoje em dia, com a superpopulação de artistas, estes deixam de ser imprescindíveis e qualquer obra substitui-se por outra qualquer, uma vez que cada uma delas carece de singularidade”.

O status de artista 

A substituição constante de artistas dá-se pela fraca qualidade de seus trabalhos, “tudo aquilo que o artista realiza está predestinado a ser arte, excremento, objetos e fotografias pessoais, imitações, mensagens de internet, brinquedos etc. Atualmente, fazer arte é um exercício ególatra. As performances, os vídeos, as instalações estão feitas de maneira tão óbvia que subjuga a simplicidade criativa, além de serem peças que, em sua grande maioria, apelam ao mínimo esforço e cuja acessibilidade criativa revela tratar-se de uma realidade que poderia ter sido alcançada por qualquer um”.

Neste sentido, Lésper afirma que, ao conceder o status de artista a qualquer um, todo o mérito é-lhe dissolvido e ocorre uma banalização. “Cada vez que alguém sem qualquer mérito e sem trabalho realmente excepcional expõe, a arte deprecia-se em sua presença e concepção. Quanto mais artistas existirem, piores são as obras. A quantidade não reflete a qualidade”.

Que cada trabalho fale pelo artista 

“O artista do ready made atinge a todas as dimensões, mas as atinge com pouco profissionalismo. Se faz vídeo, não alcança os padrões requeridos pelo cinema ou pela publicidade. Se faz obras eletrônicas, manda-as fazer, sem ser capaz de alcançar os padrões de um técnico mediano. Se envolve-se com sons, não chega à experiência proporcionada por um DJ. Assume que, por tratar-se de uma obra de arte contemporânea, não tem porquê alcançar um mínimo rigor de qualidade em sua realização”.

Lésper define o ready made como uma regressão ao mais elementar e irracional do pensamento humano. “Os artistas fazem coisas extraordinárias e demonstram em cada trabalho sua condição de criadores. Nem Damien Hirst, nem Gabriel Orozco, nem Teresa Margolles, nem a já imensa e crescente lista de artistas o são de fato. E isto não o digo eu, dizem suas obras por eles”.

Para os estudantes 

Como conselho aos estudantes, Avelina diz que deixem que suas obras falem por eles, não um curador, um sistema ou um dogma. “Sua obra dirá se são ou não artistas e, se produzem esta falsa arte, repito, não são artistas”.

O público ignorante 

Lésper assegura que, nos dias que correm, a arte deixou de ser inclusiva, pelo que voltou-se contra seus próprios princípios dogmáticos e, caso não agrade ao espectador, acusa-o de “ignorante, estúpido e diz-lhe com grande arrogância que, se não agrada é por que não a percebe”.

“O espectador, para evitar ser chamado ignorante, não pode dizer aquilo que pensa, uma vez que, para esta arte, todo público que não submete-se a ela é imbecil, ignorante e nunca estará à altura da peça exposta ou do artista por trás dela. Desta maneira, o espectador deixa de presenciar obras que demonstrem inteligência”.

Finalizando 

Finalmente, Lésper sinaliza que a arte contemporânea é endogâmica, elitista, com vocação segregacionista, e é realizada para sua própria estrutura burocrática, favorecendo apenas às instituições e seus patrocinadores.

“A obsessão pedagógica, a necessidade de explicar cada obra, cada exposição gera a sobreprodução de textos que nada mais é do que uma encenação implícita de critérios, uma negação à experiência estética livre, uma sobreintelectualização da obra para sobrevalorizá-la e impedir que a sua percepção seja exercida com naturalidade”.

A criação é livre, no entanto a contemplação não é. “Estamos diante da ditadura do mais medíocre”. (Dica de Tyrannusmelancholicus.com.br)


Texto reproduzido dos sites Vanguardia (bit.ly/1fkC6HB) e Incubadora de artistas (bit.ly/1k2wi6H). 


Fonte: Diário de Cuiabá

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Fotografia



mtomasini
Congonhas do Campo

Projeto mineiro permite visitas virtuais em 360° a museus

A Era Virtual Museus, projeto mineiro de visitas virtuais a acervos e exposições museais em todo o país, ganha mais um museu para visitação. No site http://eravirtual.org, a partir desta segunda, será possível conhecer o Planetário do Rio de Janeiro. Em uma visita imersiva, o usuário se sente de fato no museu, em 3D.
Esta é a 21ª instituição a fazer parte do site, que, entre outros, mostra virtualmente os acervos do Museu de Artes e Ofícios, em Belo Horizonte, e Museu da Inconfidência, em Ouro Preto. O projeto está no ar desde 2008.
A visita pode ser controlada pelo mouse, como em um videogame, de modo que o usuário pode navegar por todos os espaços do planetário, caminhar entre os experimentos e interagir com as peças.
“No planetário, estamos inaugurando uma nova forma de interação, com mais recursos, nova interface e outra maneira de apresentar as informações”, afirma um dos coordenadores da empresa, Thiago Coelho.
Na experiência do usuário há recursos como viajar pelo universo e fazer trajetos “sob o comando” do Capitão Kirk (personagem da franquia “Star Trek”), que “narra” caminhos pelo espaço. “O grande diferencial está no fato de que o visitante tem acesso à informação de forma lúdica. Acredito que o acesso deve ser facilitado, e quanto mais nós desmitificarmos a ciência, melhor para a sociedade”, afirma o presidente da Fundação Planetário, Celso Cunha.
Segundo Coelho, o principal objetivo da Era Virtual é democratizar o acesso aos museus brasileiros – inclusive ao público estrangeiro, já que todos os recursos operam em três línguas além do português (inglês, espanhol e francês).
Para ele, a visita não substitui a experiência de conhecer ao vivo os locais, mas pode servir como um incentivo. “Alguns museus já nos relataram um aumento nas visitas físicas depois de serem incorporados ao projeto”, conta.
Hoje, a Era Virtual funciona como uma rede de museus voltada à educação, já que é usada também como material didático nas escolas.
Para 2014
Mais quatro museus deverão entrar no ar em breve:
Pinacoteca (SP)
Casa da Ciência (RJ)
Museu da Vida (RJ)

Museu da Memória Republicana (MA)
Fonte: O Tempo

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Memórias de Família

Curitiba, 1901. Acervo particular.

No início do século passado já havia estúdios fotográficos voltados, principalmente, a produzir retratos de família. Profissionais habilidosos lidavam com equipamento importado e dedicavam ao ambiente especial atenção, que não dispensava os mais variados tipos de cenários para dar profundidade e realismo às cenas. Tais cenários incluíam objetos (bancos, cadeiras, cortinas, plantas, etc.) e ainda, não raro, pinturas, como a que aparece ao fundo desta imagem, uma paisagem tropical. Também os personagens eram agrupados de maneira a sugerir a ideia de união familiar, proteção patriarcal e valores hierárquicos. Nada era deixado ao acaso: roupas, cabelos, gestos, colocação das mãos e mesmo a proximidade entre os personagens que traduzia sutis relações de ordem afetiva. 

Yamandu Costa se apresenta no StudioClio

Músico apresentará composições novas e antigas nesta quinta e sexta

Show Yamandu Íntimo é atração hoje e amanhã, às 21h<br /><b>Crédito: </b> Ricardo Giusti
Show Yamandu Íntimo é atração hoje e amanhã, às 21h 

Crédito: Ricardo Giusti
Considerado um dos maiores violonistas da atualidade, Yamandu Costa volta a se apresentar no StudioClio (José do Patrocínio, 698), hoje e amanhã, às 21h. Explorando a qualidade acústica e a intimidade entre palco e plateia próprias do auditório Clio, ele apresentará composições novas e antigas, entre as improvisações e os diálogos com a plateia.

Nascido em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, em 24 de janeiro de 1980, Yamandu começou a estudar violão aos 7 anos, com o pai, Algacir Costa, líder do grupo Os Fronteiriços, e aprimorou-se com Lúcio Yanel, virtuoso argentino radicado no Brasil. Até os 15 anos, sua única escola musical era a música folclórica do Sul do Brasil, Argentina e Uruguai. Depois de ouvir Radamés Gnatalli, começou a procurar por outros brasileiros como Baden Powell, Tom Jobim e Raphael Rabello.

Aos 17 anos, apresentou-se pela primeira vez em São Paulo, no Circuito Cultural Banco do Brasil, e a partir daí passou a ser reconhecido como músico revelação do violão brasileiro. Percorreu os mais importantes palcos do Brasil e do mundo, participando de grandes festivais e vencendo os mais relevantes prêmios da música brasileira. Em 2010, o CD “Luz da Aurora” foi indicado ao Grammy Latino.
Fonte: Correio do Povo

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Theo Felizzola apresenta acervo de arte na Capital

Exposição será na galeria Urban Arts Poa, de segunda a sábado

Pintura de Theo Felizzola na Urban Arts POA<br /><b>Crédito: </b> Reprodução / CP
Pintura de Theo Felizzola na Urban Arts POA 

Crédito: Reprodução / CP
O acervo do artista plástico gaúcho (residente em São Francisco, nos EUA) Theo Felizzola ganha exposição na galeria Urban Arts PoA (Quintino Bocaiúva, 715), a partir de hoje. “Beleza em Foco” apresenta trabalhos recentes do artista produzidos em óleo sobre tela e carvão. Seus temas focam na representação do belo por meio da interpretação de retratos e nus femininos.

O trabalho demonstra experimentações com traços expressivos e formas por vezes abstratas que interagem com a figura humana, tratando-a de uma forma mais tradicional, inspirada no impressionismo. A figura humana em especial a beleza dos traços femininos são suas preferências. Theo se mudou para a Califórnia há alguns anos. Em San Francisco, entrou para a Academy of Art University, onde foi possível ter contato e aprender a respeito da criatividade visual e da ilustração.

Dentro do curso de ilustração, teve aulas também de desenho com carvão e pintura a óleo. Em seguida, optou por continuar seus estudos com um Mestrado em Artes Plásticas, praticando as técnicas de carvão e óleo. Em Porto Alegre, já expôs na galeria Arte & Fato. A visitação pode ser feita, até dia 17 de fevereiro, de segundas a sextas, das 10h às 19h, e sábados, das 11h às 17h.
Fonte: Correio do Povo

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Fotografia




mtomasini

No susto

Ola Billmont mostra a polêmica street photography ao retratar estranhos na rua sem permissão

Christian Carvalho Cruz
Digamos que o fotógrafo sueco Ola Billmont, de 52 anos, tem um jeito controverso de abordar estranhos na rua: jogando-lhes um flash na cara. De supetão. Billmont pratica a chamada street photography, fotografia de rua. Consiste em perambular por aglomerados urbanos retratando desconhecidos sem pedir licença. Os movimentos são rápidos. O fotógrafo, às vezes, nem olha através do visor da câmera. Dispara como dá, capturando cenas insólitas e, vá lá, até que divertidas. É diferente do que fazia Cartier-Bresson, porque aqui há certo dar de ombros à composição equilibrada, à intimidade, ao lirismo. É mais a vida como ela é acontecendo aqui e agora. Só não agrada a todo mundo. Grosseria para alguns, para Billmont é o melhor jeito de registrar as diferenças que torna homens e mulheres indivíduos.
Por que fotografar estranhos na rua?
É simplesmente o que me interessa: pessoas. Gosto de perceber nossas diferenças como seres humanos. E posso ver e sentir essa imensa variedade numa única tira de negativos, pois fotografo com filme. E também tem o lance de olhar para mim mesmo diante dessas diferenças. Eu estou no rosto daquelas pessoas. Ou pelo menos meu olhar está.
Bruce Gilden é o papa desse estilo de fotografia. Foi uma inspiração para você?
Não exatamente, embora eu goste do trabalho dele. Sou extrovertido e não tenho medo de estar perto dos outros. Fazer esse tipo de fotografia, pra mim, soou como uma evolução natural. Era pra onde eu deveria seguir. O ponto em comum com o Gilden é o uso do flash. Comecei a usá-lo porque fotografando com filme você não tem tantas possibilidades, como nas câmeras digitais, para disparar com pouca luz. E na Suécia é escuro uma looooonga parte do ano.
Há quem considere esse tipo de abordagem invasiva, desrespeitosa.
Garanto que a maior parte dos fotografados não reage mal ou nem sequer percebe que foi fotografada. Alguns riem, outros me perguntam: "Ei, o que você vai fazer com minha foto?". Por isso eu sempre carrego um álbum com fotografias impressas para mostrar o resultado do meu trabalho. Quando eu explico, fica tudo bem.
Mas faria diferença se pedisse ‘com licença, madame, posso fazer um retrato seu?
Oh, claro que sim! Retratos posados e retratos sinceros (que é como eu os chamo) são coisas diferentes dentro do gênero retrato. Dois lados da mesma moeda. Sabe aquelas diferenças entre seres humanos de que te falei? Eu espero conseguir capturá-las retratando as pessoas da maneira como as encontro, não pedindo para posarem. A pose pode aniquilar as diferenças.
Você acha que deve haver um limite nesse jeito de fotografar ou vale tudo?
Eu não fotografo sem-teto, por exemplo. Cabe a cada um fazer suas escolhas. Minha escolha é pela boa fotografia de rua.
O que é boa fotografia de rua? E ruim?
Independentemente do estilo, uma boa fotografia é uma fotografia bem composta. Mas quem se dedica à fotografia de rua precisa de intuição e capacidade de planejar e executar a foto em frações de segundos, antes que seja tarde demais. Fotografia de rua ruim é quando não há nada nela que gere sentimento ou reflexão.
Fonte: Estadão

Arte e Feminismo no MARGS

Natural de Cachoeira do Sul, Ana Norogrando viveu 30 anos em Santa Maria, onde desenvolveu sua trajetória artística e acadêmica. Seu currículo impressiona pela solidez e aplicação dos conhecimentos adquiridos em várias áreas: desenho, pintura, tecelagem, litografia, xilogravura, escultura, fotografia, vídeo, design, pesquisas com luz e movimento.
E embora seu trabalho não deixe de denotar engajamento político e social, o feminismo de Ana não vem propriamente de uma militância que, se há, está nas suas obras. Estas a designam como uma artista contemporânea sem, contudo, perder o vínculo com a tradição, sobretudo aquela ligada ao trabalho e a cultura italiana que herdou de seus pais, agricultores.
Nesta exposição retrospectiva – que como tal impõe uma cronologia do seu percurso enquanto artista – consta inclusive o quadro “Modelo negra”, óleo sobre tela, feito em 1968, quando, ainda em Cachoeira do Sul, frequentava o curso intensivo de Pintura II, ministrado por Ado Malagoli. Ela aproveitaria a década de 1970 para aprimorar seus estudos e viajar pela Europa para conhecer museus e coleções de arte.
Sua grande guinada profissional foi nos anos 1980, quando começou a trabalhar com fibra metálica. Há nisso uma alusão a persona, ao temperamento feminino: “esse material, aparentemente, quando submetido, de longe, ao olhar, é suave. No entanto, é forte, rígido, resistente, adjetivos que também definem as qualidades da mulher”, salientou Ana Norogrando.
É desse período varias obras desta exposição, como, por exemplo: “Tramas e tensões”, de 1986, e “Peneiras”, de 1987. Esses trabalhos, cuja inspiração é o artesanato milenar com fins utilitários, ganham através de sua intervenção e do material empregado (tela metálica galvanizada, fios de cobre, barra de ferro), um diálogo com o mundo industrial.
Mas foi através de “Vul-crário”, de 1993 – uma escultura cuja forma lembra uma vagina – que Ana Norogrando produziu o seu trabalho mais polêmico, cuja visualização provoca no público um voyeurismo sensual. Contudo, esta obra – constituída de fibra metálica galvanizada, barra de ferro, massa plástica e tinta acrílica, e que faz parte do acervo do MARGS – é puro onirismo, flerte com o surrealismo. E mesmo nestes rincões passa longe do conceito baudelairiano de “épater le bourgeois” (chocar, escandalizar o burguês). Há outras peças cujas formas lembram a genitália feminina e pelos pubianos e que, dependendo da imaginação, assumem ares de portal rumo ao prazer ou nascimento. Ou seja, convidativas e sem dentes que ameacem o falo imaginário de algum machista imprudente. Ana, uma mulher alta e elegante, não é uma feminista “enragée”.
Gaudêncio Fidélis, num dos textos que escreveu no livro homônimo ao da exposição, faz uma analogia entre “Vul-crário” e alguns trabalhos da americana Georgia O’Keeffe (1887-1986): “uma das precursoras de uma abordagem feminista nas artes visuais no contexto americano, tendo realizado pinturas biomórficas abstratas em que a forma do órgão sexual feminino ‘aflora’ literalmente através de imagens de flores voluptuosamente pintadas em grandes formatos”.
As referências não param por aí. Se “Vul-crário” remete as flores de O’Keeffe, e suas vulvas, a instalação “Terra” lembra o trabalho de outro artista norte-americano, Robert Smithson (1938-1973), um dos expoentes da Land Art, famoso por seu “Broken circle”, espiral de terra localizada em Emmen, Holanda, realizada em 1971. Ana, em sua instalação, coletou 33 tipos de terra entre Porto Alegre e Santa Maria, inserindo discos de arados danificados encontrados no interior do estado. Trata-se de uma clara homenagem ao árduo e sofrido (33, idade de Cristo) labor dos camponeses gaúchos e sua religiosa fé na redenção pelo trabalho.
Também é interessante a escultura “Klein, Desomenagem”, de 2013, construída a partir de um manequim, água, anilina e tecido artesanal de seda e algodão. Nela há uma forte alusão ao monocromatismo do artista plástico francês Yves Klein (1928-1962), e sua obsessão pelo azul, levando-o a criar o YKB (Yves Klein Blue). Esse trabalho não deixa de ser um convite ao público a checar, na Fundação Iberê Camargo, algumas obras de Klein que integram a Exposição Zero.
Já a videoinstalação “Interlúdio”, gravada em 2012, mostra imagens dos pores do sol a partir da Ilha dos Marinheiros, Porto Alegre, casa-atelier de Ana Norogrando. Essa incursão de Ana no audiovisual não se circunscreve somente a vídeo-arte. Ela realizou trabalhos que se inserem no gênero documentário, mostrando a natureza e a pobreza das populações ribeirinhas, assim como a necessidade de preservação ambiental do Delta do Jacuí. Isso a levou fazer um trabalho socioeducativo, incluindo oficinas, junto a estas pessoas que são, também, seus vizinhos.
Em seu conjunto, percebe-se que a obra de Ana Norogrando está bem sintonizada com a arte contemporânea. Suas influências têm um toque brasileiro, antropofágico, tão bem representado pela sua escultura “O canibal”, de 2000, que simboliza nossa forma de apreensão e recriação das coisas. Tudo isso torna a visita ao MARGS um ótimo programa para quem estiver ou passar pela capital gaúcha durante este verão.
Francisco Ribeiro
Ana Norogrando: obras 1968-2013
MARGS (Praça da Alfândega)
De terça a domingo, das 10h às 19h.
Até 23 de março
FONTE: JORNAL JÁ

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Fotografia


 mtomasini


Cultura egípcia poderá ser conferida em exposição em Porto Alegre

"Segredos do Egito" desembarca no dia 17 de julho no Barra Shopping Sul

´Segredos do Egito´ desembarca no dia 17 de julho no Barra Shopping Sul<br /><b>Crédito: </b> Cristiano Sergio / Divulgação / CP
´Segredos do Egito´ desembarca no dia 17 de julho no Barra Shopping Sul 
Crédito: Cristiano Sergio / Divulgação / CP
A exposição “Segredos do Egito” desembarca em Porto Alegre, no dia 17 de julho, no BarraShoppingSul, depois de ter passado por Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Ribeirão Preto. O legado milenar da cultura egípcia poderá ser apreciado a partir de 140 peças, sendo 42 originais, entre esculturas, joias, amuletos, pinturas sobre papiros, tumbas, cerâmicas e ferramentas.

O acervo exposto, oriundo do Museu do Cairo, Museu Nacional de História Natural do Chile e de coleções privadas, estará organizado em setores - Vida Cotidiana, Construções, Navegação, Dinastias, Deuses, além de uma sala dedicada a Tutankhamon. Em destaque, na entrada, quatro totens, com 2,5 metros de altura, dos deuses Anúbis, Hórus, Amon e Thot e a réplica de uma esfinge.

A vida cotidiana é representada por diversos utensílios, como espelho, pulseiras, amuletos e ferramentas de trabalho. “Em sarcófagos foram encontrados esses tipos de utensílios, revelando que os egípcios faziam questão de ser enterrados com seus pertences, pois acreditavam na vida após a morte”, diz a curadora Isabel Salas. No setor de navegação, a conquista de terras pelos faraós será mostrada por meio de réplicas de embarcações e de armas de guerras usadas na ampliação do império. Os famosos templos e as pirâmides são contemplados com maquetes no setor voltado às construções.

Por meio de duas tumbas e de uma múmia, o público poderá conferir o quanto os atos fúnebres eram importantes. “A partir das pinturas das tumbas, pode-se saber a classe social do morto, sua trajetória, trabalho e preferências. Por acreditar em outra vidas, os egípcios achavam que essas informações seriam usadas na próxima”, destaca a curadora.

O espaço dedicado a Tutankhamon é composto por máscara mortuária, tumba e trono. A curadora pontua que o faraó Tutankhamon se tornou conhecido, não tanto por seus feitos, mas sim por sua câmara mortuária ter sido uma das poucas encontradas intactas. Outro destaque são as pinturas em papiro, material utilizado pelos egípcios para o registro de textos. Além desse registro na escrita, foi usado na fabricação de embarcações e cestos. Divindades como Isis, Horajti, Hathor, Ankh, Horus e Harpócrates são representadas em esculturas de diversos tamanhos e materiais distribuídas ao longo do percurso.

A exposição ficará em cartaz, em Porto Alegre, até 17 de agosto, com entrada franca. As instituições educacionais interessadas poderão agendar visitação.
Fonte: Correio do Povo

"Food+Photo" mescla sabores e imagens do mundo em Porto Alegre

Sessão de estreia traz fotos e pratos inspirados em San Francisco, na Califórnia

Sessão de estreia traz fotos e pratos inspirados em San Francisco, na Califórnia<br /><b>Crédito: </b> Alberto Meneghetti / Divulgação / CP
Sessão de estreia traz fotos e pratos inspirados em San Francisco, na Califórnia 
Crédito: Alberto Meneghetti / Divulgação / CP
O Food + Photo Sessions tem lançamento nesta quinta-feira na Padarie (Fabrício Pillar, 822), em Porto Alegre, padaria gourmet de Priscila Fighera, e segue até 16 de fevereiro, das 8h às 22h. O projeto do fotógrafo e publicitário Alberto Meneghetti une delícias gastronômicas de cidades do mundo com imagens da mostra.

A sessão de estreia traz San Francisco, na Califórnia, EUA. As fotos de Meneghetti são harmonizadas com pratos de Priscila e equipe, inspirados na culinária da cidade. Pitadas de São Francisco ficam no cardápio temporário da Padarie em pratos, confeitaria e padaria.
Fonte: Correio do Povo

"Frida Kahlo, à Revolução!" entra em cartaz no Porto Verão Alegre

Juçara Gaspar protagoniza a pintora mexicana no Teatro de Arena até o próximo domingo

Juçara Gaspar protagoniza a pintora mexicana no Teatro de Arena até o próximo domingo<br /><b>Crédito: </b> Carlos Sillero / Divulgação / CP
Juçara Gaspar protagoniza a pintora mexicana no Teatro de Arena até o próximo domingo 
Crédito: Carlos Sillero / Divulgação / CP
A programação do Porto Verão Alegre nesta quinta vai dos tipos hilários de Cris Pereira ao drama conduzido por Juçara Gaspar, “Frida Kahlo, à Revolução!”, passando pela sensibilidade de “Larvárias” e pelo musical “PoA Paris PoA”. As apresentações são às 21h, e os ingressos podem ser adquiridos nos locais, ou antecipadamente e com desconto, na bilheteria do Teatro Bourbon Country, Casarão Verde (DC Shopping) e Praça das Artes, do Praia de Belas Shopping.

“Frida Kahlo, à Revolução!” foca a genialidade, o posicionamento político e o temperamento explosivo que caracterizou a pintora mexicana, assim como as tragédias que marcaram sua vida. Juçara Gaspar é protagonista e autora do texto, com Daniel Colin, que também assina a direção da peça, em cartaz até o próximo domingo, no Teatro de Arena (Borges de Medeiros, 835).

A poliomielite que sofreu na infância e o acidente automobilístico, na adolescência, deixaram marcas profundas na artista, que pintou com cores intensas suas raízes. Por passar muito tempo acamada, entre uma cirurgia e outra, com a coluna comprometida e por tomar muitos remédios, devido às fortes dores que a acometia, voltou-se, com talento e dedicação, à arte. A vida boêmia, a bissexualidade, seu casamento com o muralista Diego Rivera, as infidelidades do marido, inclusive com sua irmã, e sua postura antiamericana estão na montagem, com trilha original de Luciano Alves.

Também até domingo, mas no Teatro da Amrigs (Ipiranga, 5311), “Cris Pereira Ponto Show” é o maior projeto do comediante gaúcho, consagrado com o personagem “Jorge da Borracharia”. Este e mais cinco tipos cômicos serão interpretados: o chefe dos flanelinhas, um gaudério, um travesti sem noção, um bêbado e um radialista. Em apresentação única, nesta quinta-feira, no Teatro Bruno Kiefer da Casa de Cultura Mario Quintana, “PoA Paris PoA” narra a viagem que Marlene Pastro, Izabel L'Aryan e Charles Arce fizeram a Paris, em setembro passado, com linguagem musical, teatral, de vídeo e fotografia. Participam como convidados Janete Cecin, que ministrou cursos de francês por meio da canção e fez shows de clássicos franceses, e a cantora Graça Garcia.

Em última sessão no Renascença (Erico Verissimo, 307), “Larvárias”, da Cia do Giro, retrata os aspectos delicados e graciosos do cotidiano de seres intermediários entre o homem e o bicho, seu humor e poesia. O cenário totalmente branco remete o público a um passeio por um universo de sensações e imagens. O espetáculo estreou em 2005, tendo percorrido festivais pelo Brasil e no exterior.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Fotografia

mtomasini

Museu Nacional de Belas Artes recebe doação de 205 obras de Portinari

Paulo Virgilio - Agência Brasil


Rio de Janeiro - O Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), criado em 1937, comemora nesta segunda-feira (13) seus 77 anos com o recebimento de uma importante contribuição para seu acervo. Em solenidade às 11h, no salão nobre do museu, com a presença da ministra da Cultura, Marta Suplicy, a Finep (Agência Brasileira de Inovação, antiga Financiadora de Estudos e Projetos) assina a doação para o MNBA de 205 obras de sua coleção do pintor Candido Portinari.
A doação abrange pinturas, desenhos e gravuras e vai tornar o MNBA a instituição com o maior acervo público de obras de Portinari, em um total de 243 trabalhos. O museu carioca, que possui em seu acervo a tela Café (1935), entre outras obras de Portinari, já havia recebido, no ano passado, as doações de A primeira missa (1948), adquirida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) por R$ 5 milhões, e as quatro telas do artista que decoravam a Capela Mayrink, na Floresta da Tijuca.
De acordo com João Candido Portinari, filho do artista e responsável pela catalogação da obra do pai, a partir de agora figuram entre os acervos públicos mais importantes do pintor, depois do MNBA, o Museu de Arte de São Paulo (Masp), que detém a importante série Retirantes, e os Museus Castro Maya (Chácara do Céu e Museu do Açude), do Rio de Janeiro, que juntos, são donos de mais de 100 obras de Portinari.
As 205 obras que a Finep, empresa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, está entregando ao museu, deverão ser expostas ao público a partir do final de maio. Segundo o MNBA, a mostra ficará em cartaz até setembro deste ano.
O pintor nasceu em 30 de dezembro de 1903, em uma fazenda de café em Brodowski, no interior de São Paulo, onde teve uma infância pobre. Entre as obras mais importantes estão O Plantador de Café e os painéis Guerra e Paz, instalados na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York. Morreu em 6 de fevereiro de 1962, vítima de intoxicação provocada pelas tintas que usava.
Edição: Davi Oliveira
 Fonte: EBC
  • Direitos autorais: Creative Commons - CC BY 3.0

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Fotografia, um simples ponto de vista!


Por Lauane de Melo

Em homenagem ao dia do fotógrafo, 
Clickfoz conversou com profissionais da região iguaçuense; 
confira o que eles pensam sobre a profissão
A frase dita pelo cineasta Andy Warhol, resume bem esta arte. 
A melhor coisa sobre uma fotografia, é que ela não muda mesmo quando as pessoas mudam”.

Sim, os anos passam, as pessoas envelhecem, mas, elas continuam ali, do mesmo jeito. Às vezes mostram fatos que queremos esquecer, outras vezes são carregadas de nostalgia, mas cada uma, em sua essência, sempre revelam boas histórias. 
Hoje, dia 08 de Janeiro, comemora-se o dia deste profissional tão importante: os fotógrafos. E claro que o Clickfoz, não poderia deixar passar a data em branco e resolveu falar com estes profissionais para saber o que eles pensam sobre a própria profissão.
A jornalista aqui do portal, Letícia Lichacovski, acredita que a fotografia seja “uma forma de segurar o passado num pedaço de papel. Basta segurar a imagem e, na hora, vem toda a história daquele dia. É uma porta para infância, para aquelas férias com a família”, diz.
Foto: Letícia Lichacovski
Ainda na faculdade, a jornalista do Clickfoz já mostrava sensibilidade com uma câmera na mão

Letícia ainda é modesta na hora de definir o que faz. “Não me considero fotógrafa. Uma em formação, talvez, mas ainda tenho muito para aprender. Ainda bem que Foz tem profissionais de altíssimo nível para eu me espelhar. A todos vocês, o meu parabéns!”, completa.

Para o fotógrafo, Rafael Guimarães, também da casa, tirar um retrato é bem mais do que um simples clique no botão. “Fotografia pra mim é mais do que capturar um momento, é uma forma de guardar um sentimento em forma de imagem”, afirma.


Foto: Rafael Guimarães
Em meio aos protestos da metade do ano, Rafael conseguiu clicar esta imagem muito representativa
A jornalista Adriana Cardoso, está na profissão há 17 anos. E mesmo após milhares e milhares de cliques durante a carreira, uma foto de 2011 ainda permanece entre as preferidas da fotógrafa. “Estava levando minha filha por volta das 7h40 da manhã, na Vila A, passei e vi aquele tapete. Havia chovido um dia antes, por isso, tinham muitas flores no asfalto, porque os carros não haviam passado por lá. Então, levei minha filha e voltei em casa para pegar a máquina, sempre estava com ela no carro, mas, justo naquele dia não estava. Assim, pelas 8 horas, era aquele cenário, um cartão postal, né?”, explica Adriana. 

O retrato da Avenida Pedro Basso que ela eternizou, fez com que o lugar ganhasse o título de uma das ruas mais bonitas do Brasil.

Foto: Adriana Cardoso
Esta imagem fez com que a Avenida Pedro Basso fosse considerada uma das mais belas ruas do país

A categoria aqui em Foz do Iguaçu, ainda tem muito há comemorar. É que o fotógrafo Andress Ribeiro, ganhou um prêmio internacional de fotografia. O profissional é especializado em retratos matrimoniais e acabou se tornando um dos 50 melhores do mundo, segundo o renomado siteJunebug Weddings. A fotografia de Andress disputou com mais de 10 mil imagens de 43 países. 
 
Foto: Andress Ribeiro
Esta foto foi premiada internacionalmente como uma das 50 melhores da categoria 

O fotógrafo Daniel Carvalho, não é de Foz do Iguaçu, mas ganhou espaço no site da National Geographic com um clique da Terra das Cataratas. No dia 19 de Dezembro de 2013, a imagem intitulada como “A vibração ao longo do Iguaçu”, foi eleita a Fotografia do Dia, por um dos melhores meios de comunicação do planeta.
 
Foto: Daniel Carvalho
Foto do Rio Iguaçu foi destaque no site da National Geographic
 
Muitas imagens, realmente, valem mais que mil palavras! Compartilhe com a gente, nos comentários, a foto que você mais gosta aqui da Terra das Cataratas.

Fonte: ClickFoz

Portugal: Turismo religioso é «prioridade» para o Governo


Secretário de Estado marcou presença na abertura das primeiras jornadas nacionais do setor promovidas pela Igreja Católica

PR/Agência ECCLESIA | Adolfo Mesquita Nunes, padre Carlos Godinho, D. Jorge Ortiga
Fátima, Santarém, 10 jan 2014 (Ecclesia) – O secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, disse hoje em Fátima que o Governo considera uma “prioridade” a atenção ao turismo religioso em Portugal, destacando o "potencial" deste setor.
“O turismo religioso é, sobretudo num país com tanto património, uma prioridade”, declarou o responsável, na sessão de abertura das primeiras jornadas nacionais da Pastoral do Turismo, promovidas pela Igreja Católica, que decorrem até sábado.
Adolfo Mesquita Nunes recordou que mais de 300 milhões de pessoas se deslocam, anualmente, por “motivações religiosas”, lamentando um “certo preconceito” que persiste na análise a este fenómeno.
Para o secretário de Estado, é necessário encontrar uma “linguagem comum” entre agentes e atores do turismo, envolvendo os “proprietários” do património.
“O turismo pode, de facto, contribuir para um reforço do sentimento de espiritualidade, para o renascer de tradições que estavam esquecidas”, sublinhou.
O governante disse que o turismo religioso passou a ser um dos “produtos prioritários” no escalonamento de projetos e apresentou um conjunto de atividades ligadas ao setor que vão decorrer este ano.
“Vamos publicar os roteiros dos caminhos marianos, dos caminhos de Santiago e dos caminhos judaicos, porque é importante que haja uma identificação do património e dos roteiros”, adiantou, para criar “recursos turísticos”.
Fruto da colaboração entre o Turismo de Portugal e a Conferência Episcopal Portuguesa, vai ser publicado um “guia de boas práticas de interpretação do turismo religioso”, acrescentou.
Ainda em 2014 vai decorrer o III Workshop Internacional de Turismo Religioso e está disponível, pela primeira vez, um “plano de promoção e comercialização” dirigido a “destinos prioritários”, como a Europa, Brasil, Estados Unidos da América ou Filipinas, entre outros, que incluem iniciativas de temática “católica”.
"Estamos claramente empenhados em tornar consequente esta ação", concluiu.
O padre Carlos Godinho, diretor da Obra Nacional Pastoral do Turismo, entidade organizadora da iniciativa, recordou por sua vez o crescimento do número de turistas em Portugal e chamou a atenção para as múltiplas “perspetivas” com que o fenómeno deve ser analisado, incluindo a “dimensão espiritual”.
A Igreja, observou, propõe um “conjunto de valores que o turismo deve necessariamente compreender”.
Segundo o responsável, estas primeiras jornadas querem “refletir sobre a Pastoral do Turismo como oportunidade singular de evangelização” e “aprofundar algumas das áreas privilegiadas” de intervenção no setor.
D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga e presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, destacou que a Igreja Católica não pode “alhear-se” da realidade atual do turismo em massa”.
“A Igreja deve empenhar-se, naquilo que ela é, nas suas próprias comunidades, para educar particularmente para o turismo religioso e deve também ser capaz de proporcionar todas as condições para que a palavra 'religioso' não seja um simples e mero adjetivo”, declarou.
Segundo este responsável, é preciso compreender, no entanto, a “verdadeira realidade” do chamado turismo religioso, existindo “muita confusão” a esse respeito, inclusive no seio da Igreja Católica.
A iniciativa, que decorre na Casa de Nossa Senhora do Carmo, aborda temas como a relação entre a Igreja, o Património Religioso e o Turismo, para além do trabalho que as dioceses estão a desenvolver nesta área.
PR/JCP/OC - Nacional | Agência Ecclesia | 2014-01-10 | 11:46:50 | 3519 Caracteres | Turismo
Fonte: Agência Ecclesia

Fotografia

mtomasini

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Especialistas recuperam pintura que quase se perdeu com inundação nos anos 60

Randy Kennedy - The New York Times
Mais que a maioria dos artistas da Renascença, Giorgio Vasari conhecia os perigos que cercavam a existência das criações humanas. Em As Vidas dos Artistas, a crônica dos grandes pintores e escultores do século 15 pela qual é mais conhecido, ele descreve como um banco de pedra, atirado de um parapeito por uma turba anti-Médici em Florença, em 1527, “caiu, por obra da Fortuna” sobre o Davi de Michelangelo, quebrando um de seus braços em três pedaços.
A obra de Giorgio Vasari - The New York Times
The New York Times
A obra de Giorgio Vasari
Em 1966, também por obra da Fortuna, uma das obras mais majestosas de Vasari teve um destino ainda pior. O Arno transbordou, inundou e quase destruiu Florença e sua A Última Ceia, então exposta no museu da Igreja de Santa Cruz, a alguns quarteirões do rio. Esta cena panorâmica, com quase 6 metros de comprimento e 2,40 metros de altura, permaneceu submersa na água lamacenta e oleosa por ao menos 12 horas, e quando foi finalmente resgatada, seus painéis de choupo-branco estavam encharcados como esponjas, e a tinta que os cobria, descascando.
Durante mais de quatro décadas, a pintura ficou fora de circulação e quase impossível de ser vista, coberta pelo que parecia uma crosta de torta de papel para proteger sua superfície frágil. Alguns consideraram a pintura, concluída em 1546, impossível de ser salva. Mas num laboratório de conservação a poucos quarteirões de distância de onde foi danificada, a obra está lentamente voltando à vida. Como parte de uma iniciativa do Opificio delle Pietre Dure, um dos mais famosos laboratórios de restauração da Itália, e do Museu J. Paul Getty em Los Angeles, cuja fundação investiu mais de US$ 2 milhões para ajudar a treinar substitutos para uma geração de conservadores de pintura em painéis que está envelhecendo, os cinco painéis do quadro foram recentemente rejuntados pela primeira vez desde a cheia.
Os danos na obra foram graves. “Um de meus colegas os chamou de desesperadores, e acho que estava certo”, diz Deborah Marrow, a diretora da Getty Foundation. “Era assustador só de olhar.” Mas o quadro revelou, após quatro anos de trabalho duro, que está notavelmente intato em muitos lugares. Cecilia Frosinini, uma restauradora envolvida no projeto, disse numa entrevista recente que a perda de tinta é estimada em 20% a 30%.
Ao mostrar a um repórter fotos de perto da superfície do quadro usando o Face Time de seu iPhone, Cecilia Frosinini sinaliza muitas das passagens mais dramáticas da obra – as faces de Jesus e de São João, e a figura de Judas assomando grande e dramática no fundo numa espécie de gibão cor de rosa, que sobreviveram muito bem ao desastre e aos anos posteriores. “Ficamos realmente admirados porque esperávamos algo muito pior”, diz a restauradora.
Milagre. A parte de trás dos painéis, apesar de perfurada por minúsculos buracos de vermes e modernos remendos de madeira em alguns lugares, continua em grande parte original, com um dos mais inovadores suportes cruzados que Vasari projetou ainda no lugar.
Se o esforço para restaurar este quadro tivesse sido feito anos atrás, afirmou Cecilia Frosinini, a tinta teria se separado da madeira, que provavelmente não teria sobrevivido. Com os avanços tecnológicos para reparar a madeira, porém, “agora podemos fazer uma espécie de milagre”, acrescentou.
Do século 12 até a tela se tornar o suporte mais comum em fins do século 15, o painel de madeira foi usado por muitos artistas para pinturas portáteis. A Mona Lisa é sobre painéis, por exemplo, mas a madeira pode ser um pesadelo dos conservadores, altamente suscetível que é à umidade e a mudanças de temperatura.
No Vasari, os restauradores usaram cola animal, como artistas da Renascença faziam em reparos, e suportes de madeira para permitir que a pintura continuasse se movendo com a umidade e a temperatura. “A madeira nunca morre de fato”, define a restauradora. “Ela continua a se mover.” Vasari pintou a peça em seu estúdio em painéis rejuntáveis e transportáveis porque suas clientes, as freiras do convento florentino de Le Murate, não queriam um artista homem e seus assistentes trabalhando em seu claustro por até dois anos.
Nas últimas semanas, quando os restauradores se preparavam para enfrentar a superfície de A Última Ceia, eles receberam uma pintura em painel ainda mais conhecida para trabalhar, A Adoração dos Reis Magos, de Leonardo, da galeria Uffizi – ele será submetido a tratamento no próximo ano por problemas menores em comparação com os do Vasari. Levando seu telefone rapidamente para trás do Leonardo, Cecilia Frosinini mostra outra pintura que estava no local para limpeza, Alquimia, de Jackson Pollock, de 1947, da Peggy Guggenheim Collection em Veneza.
Por enquanto, porém, a questão é terminar o Vasari. Dois antigos especialistas italianos em pintura em painéis, Ciro Castelli e Mauro Parri, saíram da aposentadoria para ajudar no projeto e treinar restauradores mais jovens. A carreira de Castelli como restaurador começou em Florença meses após a enchente de 1966, e ele ajudou no trabalho em muitas peças danificadas pela água na época.
“Poucas estavam tão ruins como o Vasari”, afirmou Castelli. Uma descoberta que os conservadores fizeram na superfície da pintura é uma inscrição previamente desconhecida perto da base dizendo que a peça foi restaurada muito antes, em 1549, 20 anos apenas após a morte de Vasari. Também há evidências na pintura de danos de duas enchentes anteriores, o que torna sua sobrevivência ainda mais notável.
Uma verba de mais de US$ 400 mil da Getty Foundation em 2010 para restaurar a pintura está terminando, e os conservadores estão à procura de outro patrocinador para terminar o trabalho. Frosinini disse que o objetivo era completar o renascimento do quadro em 2016. “Será o 50º aniversário da enchente. O rio tentou ganhar este quadro, e seria ótimo dizer, 50 anos depois, que ele não conseguiu.”
TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK
Fonte: Estadão