terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Museu Olho Latino expõe Xilogravura Popular


O Museu Olho Latino apresenta a mostra Xilogravura Popular com obras do artista Enéias Tavares Santos, de 24 de fevereiro a 21 de março, no 1º andar do Fórum Cidadania, dando continuidade em sua agenda de exposições em Atibaia.
A mostra reúne 12 xilogravuras do álbum editado pela Funarte – Fundação Nacional – de Arte com a colaboração da Secretaria de Educação e Cultura do Estado de Sergipe em 1976. O álbum foi realizado como parte da Campanha da Defesa do Folclore Nacional. São gravuras que registram folguedos e fatos do folclore, como “Bumba – meu – boi” e Zabumba, este último é um conjunto musical formado por pífanos, bumbo e tambor. O Zabumba toca também para pedir chuva, nas procissões do interior, fazendo evoluções na frente do povo. 
No texto de apresentação do álbum, o jornalista e historiador Luiz Antonio Barreto observa que os fatos folclóricos reunidos nesta coleção dão a ideia exata do poder criador do artista, “tanto pela sensibilidade de quem lida com o povo, como pela técnica de gravação, uma das mais perfeitas que se conhece hoje no nordeste brasileiro”.
Enéias Tavares dos Santos nasceu em Marechal Deodoro, Alagoas, no ano de 1931. Em 1947, na Bahia, tornou-se vendedor de folhetos. Seu primeiro poema foi escrito em 1953. Realizou também inúmeros trabalhos em xilogravura, entre os quais uma Via Sacra para a Galeria de Arte de Aracaju. Seus poemas versam, em geral, sobre moralidades, animais, casos extraordinários e aberrações, como “A discussão de dois matutos por causa de um jumento” e “A recompensa do diabo ou o castigo da falsidade”. Um de seus cordéis de maior vendagem foi “Carta de Satanás a Roberto Carlos”, tendo vendido cerca de cem mil folhetos na ocasião do sucesso da música “Quero que vá tudo para o inferno”, composta por Roberto Carlos e Erasmo Carlos em 1965.
Para o curador Paulo Cheida Sans “o Museu Olho Latino prima pela autenticidade da Arte Brasileira e expor a xilogravura popular é um modo de apresentar uma importante contribuição do Nordeste para a Arte Nacional”.
O Museu Olho Latino está realizando as exposições no espaço do 1º andar do Fórum Cidadania, enquanto aguarda o término da reforma do Centro de Convenções “Victor Brecheret”, onde tem o seu espaço expositivo. A mostra conta com o apoio da Secretaria de Cultura e Eventos.
A exposição poderá ser visitada até 21 de março, de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h no Fórum Cidadania na Av. Nove de Julho, 185, Centro, em Atibaia, SP.
Serviço:
Exposição: “Xilogravura Popular” – Álbum de xilogravuras do artista Enéias Tavares Santos, editado pela Funarte – Fundação Nacional de Arte com a colaboração da Secretaria de Educação e Cultura do Estado de Sergipe em 1976.
Curadoria: Paulo Cheida Sans.
Período da mostra: 24 de fevereiro a 21 de março de 2014.
Local: 1º andar do Fórum Cidadania.
Horário de visitação: de segunda à sexta - feira, das 10h às 16h. Entrada gratuita.
Endereço: Av. Nove de Julho, 185, Centro, Atibaia, SP.
Realização: Museu Olho Latino.
Apoio: Secretaria de Cultura e Eventos da Prefeitura de Atibaia

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Onze museus de Lima que merecem a sua visita

Naira Amorelli

São mais de cinco mil anos de história em território peruano, contada por meio de acervos que reúnem tesouros pré-colombianos e contemporâneos.
Como toda grande capital no mundo, Lima, no Perú, oferece uma variedade riquíssima de museus até mesmo para o turista mais experiente e exigente. São locais que guardam tesouros de um país de história e cultura milenares, muito além do Império Inca, que em si já data de 1200 até a invasão dos conquistadores espanhóis e morte do imperador Atahualpa, em 1533. Museus como o MALI e o Larco, por exemplo, remontam a até três mil anos e cinco mil anos em território peruano, respectivamente.
Então, para facilitar, fizemos uma seleção de 11 museus imperdíveis durante a sua visita a Lima - cuja história também é anterior à presença colonial, sendo o seu centro histórico Patrimônio Cultural da Humanidade, pela UNESCO.
Prepare-se, porque estes acervos limenhos vão lhe transportar para culturas pré-colombianas, mas também para o que há de mais atual em arte no país, a exemplo do que é possível encontrar no Museu de Arte Contemporânea, o MAC. Aproveite!
Mali. Foto Divulgação Promperú
1. Museo de Arte de Lima - MALI É o lar de uma coleção de mais de 12 mil obras, que vão desde o período pré-colombiano até o presente. Suas galerias permanentes ocupam cerca de cinco mil m² e oferecem uma pesquisa de três mil anos de arte no Perú. As galerias temporárias destacam exposições nacionais e internacionais. Já o prédio que abriga o MALI, conhecido como Palácio de Exposições, merece atenção à parte: é exemplo da arquitetura em ferro do século 19 na América Latina, tendo sido o primeiro da região construído expressamente para abrigar exposições de grande escala. 
Larco. Foto Divulgação Promperú2. Museo Larco Fundado em 1926 pelo arqueólogo peruano Rafael Larco Hoyle, o Larco oferece em suas galerias um verdadeiro panorama de cinco mil anos de história do Perú pré-colombiano. Rodeado por jardins, está instalado em um casarão que data o século 18, único em seu gênero. A construção, por sua vez, foi erguida sobre uma pirâmide pré-colombiana do século sete. Privado, o Larco apresenta uma coleção de ouro e prata do Perú antigo, assim como uma famosa coleção de arte erótica, que todo ano atrai centenas de turistas. É um dos poucos museus no mundo em que os visitantes podem conhecer seu depósito e apreciar os 45 mil objetos arqueológicos. E uma novidade: o Larco está aberto todas as noites, até às 22h. Ótima oportunidade para desfrutar da cozinha peruana e internacional no restaurante do local. 
3. Museo Oro del Perú Assim como o Larco, é fruto de uma coleção privada, de Miguel Mujica Gallo, e da paixão desse homem pela ourivesaria pré-inca do Perú. O acervo reúne mais de sete mil peças, em sua maioria, de ouro, como peitorais, colares, coroas e narigueiras. Mas é possível encontrar também itens em prata, além de cerâmicas e artigos têxteis. As culturas que predominam na coleção são a mochica, chimú e nasca. Os objetos terminam por dar uma ideia de como deveria ser a vida nessas civilizações - a exemplo de facas utilizadas em sacrifícios de animais e cirurgias no crânio, chamada tumis.
4. MATE - Associación Mario Testino Reúne a maior coleção das obras de Mario Testino, fotógrafo peruano reverenciado no mundo da moda. Depois de 35 anos morando fora do Perú, Testino teve a vontade de trazer seu trabalho de volta a sua cidade natal e, assim, contribuir para enriquecer o patrimônio cultural do país. Na coleção permanente é possível encontrar imagens de sessões de foto com artistas de Hollywood, como Brad Pitt e Gwyneth Paltrow, assim como de personalidades mundiais, como a Princesa Diana. O MATE também organiza exposições temporárias e está instalado em um casarão histórico, construído em 1898, do bairro de Barranco. 
5. Museo Nacional de Antropología, Arqueología e Historia del Perú Traça a história do país desde o período da pré-cerâmica até o início da República. O acervo inclui a Raimondi Stela, famosa peça sagrada da cultura chavín, uma das primeiras civilizações andinas a ter um estilo artístico reconhecível e que se espalhou. Em granito polido, a Raimondi Stela tem 2,1 m e por sua extensão, inscrições desenhadas. Destaque também para pinturas do período colonial. A construção em que o museu está instalado serviu de casa para os revolucionários da independência sul-americana San Martín, de 1821 a 1822, e Bolívar, de 1823 a 1826.
6. Museo de Arte Italiano de Lima Único museu de arte europeia no país apresenta esculturas, pinturas, desenhos e cerâmicas de artistas de diferentes regiões da Itália. A maior parte da coleção data do início do século 20. Foi dado ao Perú pela comunidade italiana residente no país, por ocasião das comemorações do centenário da independência, em 1921. Sua inauguração, porém, ocorreu em 1923.
Catedral. Foto Divulgação Promperú7. Museo Cementerio Presbítero Matías Maestro Tido como um dos cemitérios mais interessantes do mundo - como o da Recoleta, em Buenos Aires; o Centennial Park, de Adelaide; o Pere Lachaise, de Paris; e o Highgate, de Londres -, Presbítero Maestro é considerado um local de visita obrigatória. Suas vielas e ruas abrigam mausoléus e tumbas de presidentes, literatos, poetas, médicos, militares, heróis de guerra e mulheres ilustres que marcaram a história do Perú nos séculos 19 e 20. Monumentos e esculturas tumulares de refinada arte destacam-se ao longo da visita.
8. Museo Religioso de La Catedral de Lima Distribuído em espaços da própria catedral, expõe esculturas, pinturas e ornamentos de grande beleza. A entrada inclui a visita por todo templo, onde se pode conhecer a tumba do conquistador espanhol Francisco Pizzarro, as capelas laterais, o conjunto de assentos do coro, um dos mais famosos da América Latina, entre outros itens de interesse.
9. Museo del Banco Central de Reserva del Perú Instalado no prédio da instituição, apresenta um panorama da arte no território peruano, do período pré-colombiano do ouro e da cerâmica a uma seleção de telas dos séculos 19 e 20. As aquarelas de Pancho Fierro, no andar superior, são imperdíveis: oferecem uma visão sem paralelo de como as pessoas se vestiam e de suas relações sociais na Lima do século 19.
10. Museo Metropolitano de Lima Não se trata de um museu convencional: conta a história da capital peruana por meio de sistemas audiovisuais, incluindo 3D e 4D. Ali, o visitante quase se converte em um "viajante do tempo", ao ser transportado por aparatos tecnológicos para a Lima do passado - até 10 mil anos. O local também conta com salas para exposições temporárias e uma pinacoteca.
11. Museo de Arte Contemporáneo Apresenta uma coleção de arte moderna e contemporânea, nacional e internacional, que data de 1950 até os dias atuais. Fundado em 2013, é o único museu da cidade especializado na difusão da arte desse período, cujas modernas instalações - em vidro e ferro - foram concebidas e acondicionadas para esse fim. Até 14 de abril, é possível visitar uma exposição do artista brasileiro Vik Muniz
Fonte: SRZD
Imagens ilustrativas da reportagem.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Casa de Cultura Mario Quintana tem exposição fotográfica

Mostras podem ser conferidas até dia 9 de março

Mostras podem ser conferidas até dia 9 de março<br /><b>Crédito: </b> Marcelo Bertani / Divulgação / CP
Mostras podem ser conferidas até dia 9 de março 
Crédito: Marcelo Bertani / Divulgação / CP
Diferentes ensaios fotográficos podem ser conferidos em mostras em andamento. Beatriz Firpo apresenta a individual “Fading Away”, no Espaço Maurício Rosenblatt, no 3 andar da Casa de Cultura Mario Quintana (Andradas, 736). Seu conjunto de fotografias revela paisagens fugidias, obtidas a partir de automóveis em movimento, permitindo mostrar a paisagem que estava e que não estava lá. São paisagens inventadas, com mescla de poesia, ilusão e abstração.

Marcelo Bertani apresenta a série “Impressionista”, na Argentum Foto Arte Galeria (rua 11 de Maio, n 18, loja 7), em Atlântida, até o dia 18. Por meio da aproximação da estética dos pintores impressionistas, ele propõe mostrar que o registro fotográfico da realidade pode ser transformado em uma arte pictórica. Visitação de segundas a quintas, das 16h às 22h, e de sextas a domingos, das 17h às 23h.

Na mostra “Em Minha Fome Mando Eu”, em cartaz na Fotogaleria Virgílio Calegari (7 andar da CCMQ), Letícia Lopes propõe um pensamento diferente a partir de fragmentos do cotidiano. Em busca de novas maneiras de propor significados, a artista rearranja objetos e descontextualiza materiais, apresentando composições estéticas que contestam a percepção que se tem das coisas.

Rodrigo Bragaglia exibe 32 imagens de animais resgatados e tratados pela ONG Chicote Nunca Mais, no hall da Biblioteca Lucília Minssen (5 andar da CCMQ). Ativista da causa animal, Bragaglia busca divulgar mais a causa da instituição que recolhe e trata cavalos abandonados ou que sofrem maus-tratos. Também foi lançada uma agenda, para arrecadação de verba, para ajudar a dar continuidade ao projeto beneficente, com 16 fotografias dos animais. Interessados podem conferir o site chicotenuncamais.org. As mostras da Casa podem ser conferidas até 9 de março, nas segundas, das 14h às 21h, de terça a sexta, das 9h às 21h, e sábados e domingos, das 12h às 19h.
Fonte: Correio do Povo

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Projeto homenageia centenário da ferrovia

Em homenagem ao centenário da Ferrovia Noroeste Brasil, a esplanada ferroviária de Campo Grande deve ser contagiada por música, dança, teatro e artes plásticas.

Os projetos contemplados em 2013 e 2014 pelos Fundos de Incentivo à Cultura e ao Teatro vão dar corpo ao Festival “Sob Trilhos”, uma junção das produções municipais com a data dos 100 anos de ferrovia.
O projeto ainda em planejamento por parte da Fundac (Fundação Municipal de Cultura) deve ser apresentado ao público em setembro, quando a inauguração da Estação Central de Campo Grande completa 100 anos.
Só pelos editais do FMIC (Fundo Municipal de Incentivo à Cultura) e Fomteatro (Programa Municipal de Fomento ao Teatro), foram 59 projetos contemplados em 2013.
Contando com os de 2014, serão atrações para três dias de evento. O presidente do Conselho Municipal de Cultura, Ângelo Arruda, frisa que as apresentações serão todas por conta dos editais publicados e de graça.
O dirigente da Fundac, Julio Cabral, classifica o evento como uma homenagem tanto ao centenário como a vitória do 1% do orçamento municipal para a Cultura. “Vamos preparar uma homenagem, é um marco na história e por conta do 1%, 2014 é um ano muito importante que vai culminar em um grande festival”, comenta. 
Os planos são para que o Festival entre de vez no calendário cultural de Campo Grande. “Queremos que todos os setores, artes, cultura, teatro, dança, folclore, sejam contemplados”, diz Cabral.
Fonte: Campo Grande

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Fotografia

Parati
mtomasini

Exposição esboça nova política de museus em São Paulo

Camila Molina - O Estado de S.Paulo
A mostra Flávio de Carvalho: A Experiência como Obra, que será aberta nesta quinta na Oca, no Parque do Ibirapuera, é mais que uma exposição dedicada ao artista múltiplo morto em 1973. É um experimento de política museológica para os acervos públicos do município de São Paulo, nas palavras do diretor do Museu da Cidade de São Paulo, Afonso Luz.
'Momumento a Federico Garcia Lorca', um dos destaques da exposição - Romulo Fialdini/Divulgação
Romulo Fialdini/Divulgação
'Momumento a Federico Garcia Lorca', um dos destaques da exposição
A Oca - ou Pavilhão Governador Lucas Nogueira -, pertencente à Secretaria Municipal de Cultura, vai abrigar mostras realizadas pelo Museu da Cidade de São Paulo, rede formada por 13 edifícios e espaços históricos que detém, por assim dizer, uma coleção tão ampla que apenas no segmento de fotografia possui mais de 80 mil itens.
O plano de Afonso Luz é promover uma integração maior dos acervos, projeto oposto ao realizado na gestão anterior da Secretaria Municipal de Cultura. "A cidade perde com a fragmentação não só na gestão das instituições, mas também do ponto de vista da história da arte", diz Luz, no cargo desde abril. "Estamos trabalhando pela ideia de um patrimônio comum".
No caso de Flávio de Carvalho: A Experiência como Obra, a exposição foi criada com mais de 120 obras da Prefeitura de São Paulo presentes nos acervos da Biblioteca Mário de Andrade, Theatro Municipal, Centro Cultural São Paulo, Departamento de Patrimônio Histórico e Arquivo Histórico de São Paulo. "As instituições podem tomar decisões junto", define o diretor do Museu da Cidade e curador-geral da mostra.
A exibição estabelece relações entre as criações do pintor, desenhista, arquiteto, cenógrafo, decorador, escritor, teatrólogo e engenheiro. Entre suas performances, a Experiência n.º 2, de 1931 (a de andar no sentido contrário ao de uma procissão de Corpus Christi, com chapéu à cabeça), é "o coração" da mostra, reconstituída em "imagens sonoras" projetadas em uma arena, trabalho dirigido por Camila Mota, do Teatro Oficina. A mostra apresenta também plantas arquitetônicas, máscaras e 25 figurinos criados por Flávio de Carvalho - entre eles, o New Look (1956) e peças para o bailado A Cangaceira, de Camargo Guarnieri. Algumas peças são aquisições recentes da Prefeitura.
Sobre projetos futuros do Museu da Cidade de São Paulo, Afonso Luz conta que fez um pedido anual de R$ 47 milhões de orçamento. Há planos de levar à Oca exposições de arte chinesa, arqueologia mexicana e arquitetura internacional feitas em parcerias com instituições. Para tanto, ele fez um pedido anual de R$ 47 milhões de orçamento. Ele conta que o prédio também poderá ter parte de seu espaço a ser alugado para outras exposições, "mas não queremos mais eventos e festas". Já sobre o problema de fragmentação de acervos, o diretor do Museu da Cidade cita como mais problemático o da Coleção de Arte da Cidade.
Segundo Afonso Luz, já estão sendo providenciados os marcos jurídicos para que a coleção seja incorporada ao Museu da Cidade de São Paulo. Então Pinacoteca Municipal, criada originalmente com peças do crítico Sergio Milliet -, a Coleção de Arte da Cidade, com cerca de 2,8 mil obras e abrigada no Centro Cultural São Paulo, teria seu segmento gráfico a ser instalado no Gabinete de Desenho.
Essa instituição cultural, que foi inaugurada em dezembro de 2012 na Chácara Lane (órgão do Museu da Cidade), na Rua da Consolação, chegou ao fim. É uma política do século 19, declara o diretor do Museu da Cidade, a de dividir acervos pela técnica das obras. "O gabinete nunca existiu, nunca teve orçamento, além de ser um espaço com problema de segurança para abrigar as obras", diz Luz.
Outros casos preocupantes no espectro do Museu da Cidade de São Paulo são os da Casa Modernista (projetada em 1927 pelo arquiteto Gregori Warchavchik) e do Pavilhão das Culturas Brasileiras no Parque do Ibirapuera, segundo o diretor do órgão. Esta última instituição, anunciada em 2010 com uma exposição inaugural no local, ainda é considerada um espaço em obras. "Está sendo restaurado, havia risco de incêndio no prédio, e por isso tive de fechar suas portas por orientação técnica", afirma Afonso Luz.
Será preservado o foco antropológico original do Pavilhão das Culturas Brasileiras, dedicado à exibição de peças de design popular e de criação indígena, por exemplo, e a ser abrigo para peças dos acervos do extinto Museu de Folclore Rossini Tavares de Lima e o da Missão de Pesquisas Folclóricas. Cogitou-se de o espaço ser oferecido para o governo português, mas a ideia foi descartada. Já foram gastos R$ 8 milhões no Pavilhão das Culturas Brasileiras na gestão anterior da Secretaria Municipal de Cultura. Há previsão de que sejam necessários mais outros R$ 30 milhões para o término da reforma.
Fonte: O Estadão

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

MEMÓRIAS DA FERROVIA

O Trem. Créditos: MTomasini
O IPMS ― INSTITUTO DE PESQUISA EM MEMÓRIA SOCIAL, em parceria com o SINFERP ― SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS FERROVIÁRIAS EM TRANSPORTE DE PASSAGEIROS DA ZONA SOROCABANA , deu início a um projeto cultural que tem por objetivo a pesquisa, o registro e a divulgação de memórias ligadas à ferrovia, aí compreendidos os modais que se deslocam sobre trilhos. O primeiro produto que surge desta parceria é MEMÓRIAS DA FERROVIA, uma publicação seriada, disponível online, da qual o usuário pode dispor através do download de um arquivo extensão .pdf que permite, inclusive, sua impressão.

Nossa linha editorial trabalha na identificação de conteúdos de ordem ideológica, conteúdos estes que se deixam perceber e descobrir nas mais diversas formas que existem para fixação de memórias, sempre dinâmicas, sempre pensando o passado a partir do presente e do futuro e reforçando, assim, identidades coletivas e individuais em falas, discursos, silêncios; em fotografias, em arquivos, em jornais, em revistas, em toda parte onde se desvenda o cotidiano de ontem e o de muito antes de ontem. Com prioridade a imagens e discursos na ordem da subjetividade, falamos mais à imaginação que à razão talvez, e isto muito simplesmente porque não há memória sem sentimentos.

Nossas edições terão artigos assinados pelos organizadores e por escritores convidados, com destaque a personalidades, cujas histórias de vida tenham ou tiveram estreita ligação com os trilhos. Em nossa Edição Especial nº 1, Raphael Martinelli, verdadeiro ícone do sindicalismo ferroviário, nos recebeu e, com exclusividade, falou-nos de sua vida, uma vida de luta, vivida nos trilhos. Paulo Roberto Filomeno, engenheiro, profundo conhecedor de ferrovias, além de nos prestar consultoria em aspectos técnicos, participa com artigo sobre profissões ferroviárias. Contamos com sua visita em nosso site.


OS ORGANIZADORES

Hirã Soares Justo
Maristela Bleggi Tomasini
Rogério Centofanti

http://www.memoriasdaferrovia.org/

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Exposição fotográfica sobre o amor abre calendário de 2014 do CCBB-Rio

Paulo Virgilio - Repórter da Agência Brasil Edição: Lílian Beraldo

As mais distintas formas de amor, sob o olhar de 22 nomes consagrados da fotografia contemporânea mundial, são o tema da mostra que inaugura amanhã (4) o calendário de exposições de 2014 do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio de Janeiro. Amor, Amor, Amor reúne 58 fotografias do acervo da Maison Européenne de la Photographie (MEP), sediada em Paris, na França e detentora de uma das mais importantes coleções da fotografia contemporânea.
São imagens de nomes como os franceses Henri Cartier-Bresson, Robert Doisneau, Pierre Verger e Raymond Depardon, os norte-americanos Larry Clark e Duane Michaels e o japonês Nobuyoshi Araki. Completa a mostra um vídeo do fotógrafo francês Claude Nori sobre a relação entre a foto fixa e o olhar do fotógrafo sobre o movimento.
A curadoria é de Jean-Luc Monterosso, da MEP, e do brasileiro Milton Guran, diretor do Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro (FotoRio). “Envolta em uma enganadora aura de verdade, a fotografia representa uma dimensão mágica da vida que faz dela um bem único, tal como é para nós a ideia do amor, de todos os amores, tanto os possíveis quanto os impossíveis”, afirmam os curadores, no texto de apresentação da mostra.
Amor, Amor, Amor abre para o público na quarta-feira (5) e, no mesmo dia, às 18h30, haverá uma mesa-redonda sobre o tema “Documentação e transcedência na fotografia contemporânea”, com a participação dos curadores e dos fotógrafos Claude Nori e Pedro Vasquez. A exposição fica em cartaz até 31 de março, com entrada franca e visitação de quarta a segunda, das 9h às 21h. O CCBB fica na Rua Primeiro de Março, 66, no centro do Rio.


sábado, 1 de fevereiro de 2014

Fotografia



 Mariana, MG
mtomasini



Palácio de Cristal em Petrópolis, RJ, comemora 130 anos com exposições

Do G1 Região Serrana

Palácio de Cristal (Foto: Bruno Wanderley)Comemorações pelos 130 anos começam às 10h. (Foto: Bruno Wanderley)
O Palácio de Cristal, um dos maiores símbolos da cidade imperial, completará 130 anos neste domingo (2). O palácio é um dos principais pontos turísticos de Petrópolis, Região Serrana do Rio. As comemorações começam às 10h com a inauguração de exposições de orquídeas e bromélias, e de fotografias. Idealizada pelo Conde D’Eu, marido da Princesa Isabel, a estrutura foi a primeira construção pré-fabricada do Brasil, representando um marco da modernidade na arquitetura.
A 14ª Exposição de Orquídeas & Bromélias será aberta neste domingo (2) e permanecerá até o dia 23 de março. O evento é organizado pela prefeitura através da Fundação de Cultura e Turismo em parceria com o Orquidário Serrano. A intenção é dar continuidade a exposição que é tradição no local. Sete produtores participarão da mostra, além do próprio orquidário. Eles vão expor espécies raras e comercializar quase mil plantas.
Orquideas (Foto: Divulgação/Prefeitura de Petrópolis)
Orquídeas eram cultivadas nos jardins do palácio.
(Foto: Divulgação/Prefeitura de Petrópolis)
A Exposição de Fotografias Históricas do Palácio de Cristal terá 20 fotos antigas e duas atuais. Nas legendas serão contadas as histórias e os momentos curiosos do palácio. As fotografias estarão flutuando no centro do espaço. A visitação das exposições é aberta de terça à domingo, das 9h às 18h.
O Palácio de Cristal se tornou um marco na história da cidade e do país. No local, a Princesa Isabel cultivou orquídeas, promoveu festas e solenidades. A construção ainda abrigou grandes exposições agrícolas na época do império. Após a Proclamação da República, o palácio passou pelos mais diferentes tipos de utilização até ser tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1957. O Palácio de Cristal fica na Rua Alfredo Pachá, s/nº, no Centro Histórico. Mais informações pelo Disque Turismo, 0800 024 1516, ou pelo (24) 2247-3721.