quarta-feira, 25 de junho de 2014

Centro de Museus será construído perto do Kremlin

moscou, rússia, arquitetura, centro histórico de moscou

Na foto: prédio central do Museu de Belas Artes (foto de arquivo)

No âmbito do projecto Muzeiny Gorodok (Vila de Museus) se iniciaram obras de reabilitação de três edifícios integrados no complexo do Museu Nacional de Belas Artes Pushkin, informam fontes municipais.

Segundo a directora do museu Pushkin, Marina Loshak, o primeiro na lista é o Instituto de Filosofia, em que será exibida colecção de pinturas de impressionistas, seguido da quinta Viazemsky-Dolgorukov, a acolher a Galeria de Mestres Antigos, e a Casa Stulov.
O concurso arquitectónico visando a construção de um novo complexo em pleno centro da capital russa, ao lado do Kremlin e do Templo de Cristo Salvador, foi ganho pelo bureau Meganom. De acordo com Loshak, deste modo, será criado um “espaço exposicional único com contornos artísticos espectaculares”.
As obras de reconstrução deverão ser concluídas até 2018.
Fonte: Voz da Rússia

domingo, 22 de junho de 2014

Porto Alegre vai receber exposição que retrata o antigo Egito


Ricardo Gruner, de Brasília
CRISTIANO SÉRGIO/DIVULGAÇÃO/JC
Exposição que retrata o antigo Egito chegará a Porto Alegre em julho, no BarraShoppingSul
Exposição que retrata o antigo Egito chegará a Porto Alegre em julho, no BarraShoppingSul
Quatro esculturas de até 2,5 metros, o trono do faraó Tutankhamón e a réplica de uma esfinge: essas são algumas das 140 peças que a exposição Segredos do Egito trará a Porto Alegre em julho. A mostra, que hoje está em Brasília, poderá ser vista entre 17 de julho e 17 de agosto, no BarraShoppingSul, com entrada franca.

As obras estão divididas em seis subtemas - Vida Cotidiana; Construção, guerra e navegação; Dinastias; Deuses e religião; Tutankhamón; e Morte e mumificação. Nestes recortes, o espectador encontra desde amuletos, colares e ferramentas de trabalho até múmias e sarcófagos. Elaborada em 2011, a coleção foi montada pela agência chilena Agosin Eventos - que adquiriu o material no mesmo ano, quando inauguraram a exposição em Santiago. 

Na época, 100 mil pessoas pagaram para conferir os objetos em um período de quatro meses. “Todas as obras foram produzidas no Egito”, conta o empresário Gabriel Agosin. Segundo ele, as peças são réplicas autorizadas, e não cópias. “Foram feitas com os mesmos materiais e possuem os mesmos detalhes”.

Um exemplo é a reprodução da cabeça de Tutankhamón emergindo de uma flor de lótus, que representa o deus Nefertum. A original foi encontrada no corredor do túmulo do faraó e hoje se encontra no Museu do Cairo. “Tutankhamón não se tornou conhecido por seus feitos, mas porque sua câmara mortuária foi uma das poucas encontradas intactas”, avalia a curadora da mostra, Isabel Salas.

Desta mesma forma, uma múmia do faraó Ramsés também não é verdadeira - até porque é proibido, por lei, que múmias reais sejam utilizadas em exibições. Mesmo assim, a exposição dá grande espaço para a questão da morte: para os egípcios, o sobrenatural e o divino não existiam como conceitos separados da vida terrena, e a eternidade era ratificada por meio da mumificação. 

O processo durava pelo menos 70 dias, período em que o falecido era preparado para o renascimento no submundo. Os órgãos eram retirados do corpo, que era desidratado e preenchido com serragem, conservantes e até textos sagrados. Só então o defunto terminava envolto por faixas de linho branco.

Segredos do Egito também apresenta a relação do povo com a morte através dos sarcófagos. Os símbolos, que decoravam as tumbas, apontavam como era a vida do egípcio na Terra e, em alguns casos, até indicavam instruções para o submundo, em uma espécie de receita do Livro dos Mortos. Na base do sarcófago de Nespamai, sacerdote contemporâneo à dinastia XXVI (664-525 a.C.), por exemplo, consta uma figura do deus Anúbis. Ele estaria à espera do defunto para guiá-lo a Osíris, deus associado à vida no além.

A devoção às divindades também tem destaque na exposição. São homenagens a Anúbis, Hórus, Amon e Thot as quatro esculturas que mais chamam atenção, pelo menos em tamanho. “Os egípcios pegavam as características dos animais e colocavam nos deuses”, lembra a curadora. Hórus, deus dos céus, por exemplo, é visto como um homem com cabeça de falcão.

Ainda integram a mostra maquetes de templos, pirâmides, escaravelhos, miniaturas de ferramentas agrícolas (base da economia da civilização egípcia) e uma reprodução do busto de Nefertiti, encontrado em Tell el-Amarna. Todos esses exemplares virão a Porto Alegre em contêineres gigantes carregados por três caminhões, com esponjas e refrigeração adequada. A mostra faz parte da estratégia da Multiplan de apresentar atrações culturais internacionais inéditas e gratuitas. A empresa investiu R$ 1,8 milhão no projeto.

Fonte: Jornal do Comércio

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Inspirado no futebol, Leandro Serpa abre exposições em Rio do Sul e Florianópolis nesta terça-feira



Camila Iara
camila.iara@santa.com.br

Três exposições inspiradas na arte da gravura chegam nesta terça-feira a Santa Catarina: uma em Rio do Sul, no Vale do Itajaí, e duas em Florianópolis. Com trabalhos de 17 artistas catarinenses e curadoria de Sandra Correia Favero, a mostra Gravura Contemporânea - Vestígios Singulares abre às 20h na Fundação Cultural de Rio do Sul propondo novas experimentações na linguagem através de diferentes técnicas.

Já na Fundação Hassis, na Capital, o talento de Leandro Serpa promete encantar os amantes do futebol a partir das 19h com o projeto Fanáticos. Na noite de abertura haverá ainda a mostra Futebol em Pintura, Escultura e Desenhos por Hassis, com curadoria de Denilson Antônio. Todas são gratuitas e seguem até julho nas duas cidades.

Em Rio do Sul o público poderá conferir trabalhos de Antonio Carlos da Silva, Bebeto, Elaine Maritza Franzon, Elenice Berbigier, Eliane Veiga, Helena Werner, Joana Amarante, José Carlos da Rocha, Julia Iguti, Juliana Crispe, Kelly Kreis, Paulo Roberto, Rita Eger, Sonia Brida, Terezinha Dias, Zulma Borges e Leandro Serpa. Serão oferecidas oficinas de gravura com o professor Luis Carlos Vigarani, de 25 de junho a 11 de julho. As inscrições podem ser feitas no Sesc Rio do Sul pelo telefone 3521- 2798.

Além do Brasil, mostra circula por Portugal e Japão

Circulando por várias cidades do Brasil, Portugal e Japão e contemplado pelo edital Elisabete Anderle, o projeto Fanáticos, de Leandro Serpa – que também marca presença na mostra do Vale –, desembarca em Florianópolis com inversões provocativas entre os uniformes das seleções, escala artistas em vez de jogadores e brinca com a trajetória da bola e as táticas do futebol.

Nascido em Tijucas, Serpa é o único catarinense da exposição Show de Bola, que também faz parte do projeto Fanáticos e está em circulação por Piracicaba, São Paulo e Rio de Janeiro, reunindo 95 artistas de 22 países e retratando as diferentes culturas do planeta numa tela em formato hexagonal, em alusão à bola de futebol.

— Tanto em Rio do Sul quanto em Florianópolis eu integro meu trabalho relacionando o apelo popular do futebol e a arte. O projeto foi idealizado com foco nisso e agora temos a Copa do Mundo aí, então existe essa conversa entre a lógica do jogo e a ótica artística sobre ele — comenta Serpa.

Gravura Contemporânea - Vestígios Singulares - Na Fundação Cultural de Rio do Sul, rua Ruy Barbosa, 204, Bugad, em Rio do Sul. Grátis. De segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30min às 17h30min. Até 15 de julho.

Exposições Fanáticos e Futebol em Pintura, Escultura e Desenhos por Hassis - Na Fundação Hassis, rua Luiz da Costa Freysleben, 87, Itaguaçu, em Florianópolis. Grátis. De segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 17h. Até 18 de julho.


sexta-feira, 13 de junho de 2014

Projeto para mapear arte contemporânea portuguesa reuniu mais de 200 artistas

Um projeto que está a mapear a arte contemporânea em Portugal, cujo arquivo ultrapassa já os 200 artistas, tem por objetivo apostar no crescimento e na internacionalização nos próximos anos, indicou hoje à agência Lusa uma das fundadoras.

O projeto MAP - Mapa de Artistas de Portugal foi lançado em 2011 por quatro curadores - Moritz Elbert, Alda Galsterer, Felipa Almeida e Veronica de Mello -, com o objetivo de promover a investigação, reflexão e divulgação da arte contemporânea em Portugal.
Uma das principais iniciativas do projeto foi a criação de uma rede e um arquivo que possa ser consultado e atualizado em permanência, com informação sobre artistas portugueses contemporâneos de várias gerações.
Contactada pela Lusa, Veronica Mello, uma das fundadoras, indicou que, nos últimos anos, "a expansão do MAP passou pela total reformulação do site, que continua em atualização permanente, na realização de exposições e de visitas de ateliê".
O Coletivo de Curadores, uma equipa multidisciplinar criada em 2008 que escolheu Lisboa como plataforma para a sua atividade na sequência de várias experiências internacionais, começou por desafiar quatro artistas contemporâneos, activos em Portugal.
Ana Pérez-Quiroga, João Paulo Serafim, Pedro Barateiro e Sara & André foram os primeiros, e cada um sugeriu depois dois nomes de artistas centrais no seu universo artístico e pessoal.
Os sucessivos convites conduziram a artistas que, por seu turno, convidaram outros e a rede foi crescendo até atingir 200 artistas, metade deles já com informação no sítio online www.projectomap.net.
Nesse arquivo foram incluídas entrevistas, informação biográfica e imagens das obras e do atelier.
Para o corrente ano e para 2015, os principais objetivos dos responsáveis pelo MAP "são continuar a expandir o arquivo de artistas, fazer mais exposições em Portugal e promover a internacionalização da arte contemporânea portuguesa", sublinhou Verónica Mello.
O projeto é aberto sobretudo a artistas portugueses, mas também a artistas estrangeiros que residam em Portugal e a artistas portugueses no estrangeiro.
Alberto Carneiro, Lurdes Castro, Helena Almeida, Ana Jotta, João Penalva, Pedro Costa, Hugo Canoilas, Pedro Barateiro, Susanne Themlitz, João Onofre, Pedro Paiva e João Maria Gusmão, José Luís Neto, Rita Sobral Campos, Tiago Baptista e Nadia Duval são alguns dos artistas que constam do arquivo.
AG // MAG
FONTE:  RTP Notícias

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Exposição rotativa no Banco Central mostra Coleção de Arte do Museu de Valores



Da Agência Brasil 
Edição: Denise Griesinger

A exposição A Persistência da Memória na Galeria de Arte do Museu de Valores do Banco Central está aberta para o público. A mostra fará uma alternância a cada quatro meses da Coleção de Arte do Museu de Valores para que a totalidade das obras seja exposta ao público ao longo de dois anos.

A galeria fica aberta para o público de terça a sexta-feira, das 10h às 18h. A galeria também abrirá dois sábados do mês de junho, nos dias 14 e 21, das 14h às 18h. A partir de agosto, a galeria abrirá no primeiro sábado do mês, das 14h às 18h.

Além das salas Cenas Brasileiras e Bandeira do Brasil, simbolizando os dois principais períodos de aquisição do acervo, grande parte das obras será exibida em um ambiente de reserva técnica, o espaço físico destinado ao armazenamento seguro do acervo quando as peças não estão em exibição.

A mostra será dividida em seis módulos curatoriais – O Brasil Brasileiro, Entre a Figuração e a Abstração, O Poder da Arte, Anos Rebeldes, Da Multiplicidade de Formas e Conceitos e A Persistência da Memória. Os módulos abordarão diferentes pontos da coleção, narrando as influências do cenário político, econômico e cultural do século 20 nas obras de arte.

O Brasil Brasileiro - módulo que abre a exposição, apresenta um panorama das artes no Brasil entre a Semana de Arte Moderna de 1922 e a crise econômica de 1929 e trata da missão dos artistas da época de criar uma arte essencialmente brasileira e estabelecer uma identidade nacional. Entre as principais obras do módulo estão Composição, Bandeira do Brasil, de Alfredo Volpi; Samba, de Candido Portinari; Cena de rua com mulher, de Emiliano Di Cavalcanti; Galo, de Aldemir Martins; Nordeste, de Antônio Bandeira; Festa Caipira, de Fulvio Pennacchi; Trabalhadores, de Tarsila do Amaral, a escultura Cavalo Ferido, de Vasco Prado, e O Macaco, de Vicente do Rêgo Monteiro.

Entre a Figuração e a Abstração, o segundo módulo da mostra, apresentará as variantes da abstração no Brasil e sua tensa relação com o figurativismo, acirrada a partir dos anos 1950. Para ilustrar essa etapa estarão obras dos artistas Vicente do Rêgo Monteiro, Milton Dacosta, Aldo Bonadei, Alfredo Volpi, Babinski, entre outros.

O terceiro módulo, O Poder da Arte, tratará do panorama das artes no Brasil entre os anos 1950 e o período do milagre econômico, apresentado sob a ótica das instituições de arte que se estabeleceram nesse período. O foco será na história da Galeria Collectio, cuja coleção viria a compor a maioria do acervo de arte do Banco Central. Os artistas que participam desse módulo são Tarsila do Amaral, Guilherme de Faria, Babinski, Tuneu, Alfredo Volpi, Candido Portinari, entre outros.

O quarto módulo, Anos Rebeldes, apresentará o panorama politico, econômico e cultural dos anos 1970, englobando a crise do petróleo, os movimentos de contracultura, a guerra do Vietnã, o final do milagre econômico, o tropicalismo, a crise bancária e a relação com a recepção de obras de arte pelo Banco Central. Entre os artistas, estarão Aldemir Martins, Guilherme de Faria, Ivan Freitas, Babinski e Grassmann.

Da Multiplicidade de Formas e Conceitos apresentará a nova configuração global a partir dos anos 1980, com a queda do muro de Berlim, a redemocratização nos países da América Latina, o Fundo Monetário Internacional e o neoliberalismo. O foco das obras estará nas 25 serigrafias da coleção Ecoarte, lançada por ocasião da Rio 92, em diálogo com obras modernistas do acervo.

O módulo A Persistência da Memória fecha a exposição trazendo os fundamentos do movimento surrealista, identificando o surreal e o onírico na coleção e fazendo uma comparação entre o surrealismo no mundo e no Brasil. Obras dos artistas Salvador Dalí, Ismael Nery, Emiliano Di Cavalcanti, Cicero Dias e Vasco Prado farão parte do módulo.

Fonte: EBC

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Documentário alemão fatura Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental

"Metamorphosen" conta história de um dos lugares de maior contaminação radioativa no planeta

Documentário é ambientado na região Sul dos Urais, na Rússia<br /><b>Crédito: </b> FICA / Divulgação / CP
Documentário é ambientado na região Sul dos Urais, na Rússia 
Crédito: FICA / Divulgação / CP
Depois de seis dias de intensos debates, discussões, encontros, oficinas e projeções cinematográficas, o documentário alemão "Metamorphosen", de Sebastian Mez, foi o principal vencedor, nesse domingo, do Troféu Cora Coralina como Melhor Obra e R$ 50 mil em prêmio do 16º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA), na cidade de Goiás. 

A produção é ambientada no meio do nada, na região Sul dos Urais, na Rússia. As imagens contam a história dos habitantes de um dos lugares de maior contaminação radioativa no planeta. A cerimônia reuniu cineastas de diversos países, convidados, imprensa e população. Mescla de discussão temática com festival de cinema, o FICA tem se consolidado como importante momento de dar visibilidade e conteúdo às discussões sobre meio ambiente pelo mundo, Segundo a organização, em 2014, foram inscritas 454 obras: 28 goianas, 258 internacionais, sendo 297 documentários, 71 animações, 81 ficções e seis séries de TV. Entre longas, médias e curtas (76, 108 e 271, respectivamente) foram representadas as preocupações ambientais e humanas de 11 países.

Diretores como Beto Brant, Hilton Lacerda e Eryc Rocha compartilharam conhecimentos, visões e propostas, ao lado de nomes como as atrizes Ingrid Guimarães e Cristiane Torloni, o navegador Amyr Klink, o cantor Zé Geraldo e o pesquisador Robert Stan. Ontem, o encerramento do evento teve a noite coroada com show da Nação Zumbi, Pergunta recorrente é "o que fica do Fica?". Para os participantes, o que fica é a certeza de que o debate sobre o meio ambiente é urgente. Para o cinema fica a gama de produções mundiais, voltadas à conscientização temática. Para Goiás ficam os retornos materiais e o orgulho de ser sede de evento tão fundamental às discussões contemporâneas.

Vencedores:


Grande prêmio Cora Coralina: 
"Metamorfose"
Diretor: Sebastian Mez
País: Alemanha

Menção Honrosa:

"Expedição ao Fim do Mundo"

Diretores: Daniel Dencik
País: Dinamarca

"Central Nuclear"
Diretora: Helena Hufnagel
País: Alemanha

Melhor longa-metragem: 

"O Menino e o Mundo"

Diretor: Alê Abreu
País: Brasil

"Matéria Obscura"
Diretores: Massimo D'Anolfi e Martina Parenti
País: Itália

Melhor média-metragem:
"Carbom crooks"
Diretor: Tom Heinemann
País: Dinamarca

Melhor curta-metragem:
"Wind"
Diretor: Robert Löbel
País: Alemanha

Melhor produção goiana:
"Viagem na chuva"
Diretor: Wesley Rodruigues

"Ainda que se movam os trens"
Diretores: Marcela Borela, Henrique Borela e Vinicius Berger

Prêmio de melhor filme pela imprensa:
"O Menino e o Mundo"
Diretor: Alê Abreu
País: Brasil