quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Reportagem sobre achado histórico missioneiro

Reportagem sobre achado histórico missioneiro




Edison Hüttner


ZERO HORA - Tomografia revela Nossa Senhora missioneira em São Jerônimo http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/noticia/2015/11/tomografia-revela-nossa-senhora-missioneira-em-sao-jeronimo-4902150.html

http://videos.clicrbs.com.br/rs/zerohora/video/vida-e-estilo/2015/11/sao-jeronimo-descobre-santa-missioneira/142015/

http://www.portaldasmissoes.com.br/noticias/view/id/510/sao-jeronimo,-rs,-trata-com-carinho-e-valoriza-ori.html

http://defender.org.br/noticias/rio-grande-do-sul/tomografia-revela-nossa-senhora-missioneira-em-sao-jeronimo-rs/



http://www.portaldenoticias.com.br/noticia.php?id=4553&tipo=E&editoria=1&include=NOTICIAS



https://www.facebook.com/ConservacaoERestauracaoUfmg/

domingo, 24 de maio de 2015


Memória Social

Trecho do livro: O que faz o brasil, Brasil?


Todas as sociedades alternam suas vidas entre rotinas e ritos, trabalho e festa, corpo e alma, coisas dos homens e assunto dos deuses, períodos ordinários — onde a vida transcorre sem problemas — e as festas, os rituais, as comemorações, os milagres e as ocasiões extraordinárias, onde tudo pode ser iluminado e visto por novo prisma, posição, perspectiva, ângulo...
Vivemos sempre entre esses momentos, como passageiros que estão saindo de um evento rotineiro para a ocorrência fora do comum que, por sua vez, logo pode tornar-se novamente rotineira e fazer parte da paisagem do nosso irreflexivo cotidiano.
A viagem da rotina para o extraordinário, porém, depende de uma série de fatores. Ela pode variar de sociedade para sociedade e pode ser realizada tanto coletiva quanto individualmente. Nossa biografia se faz precisamente pela alternância de situações que foram esquecidas com situações que “guardamos” como tesouros ou cicatrizes em nossa cabeça e que formam o que denominamos “memória”. De fato, tal idéia traduz, de maneira muito precisa, essa verdadeira dialética entre o que é lembrado com saudade como maravilhoso, formidável ou poético, ao lado de tudo que foi vivido como doloroso, trágico e ruim (aquilo que na nossa existência entra como extraordinário, positiva ou negativamente valorizado), e os outros eventos que simplesmente não são lembrados, perdendo-se nas sombras do passado e do tempo vivido e jamais recuperado. Há, pois, um tempo lembrado, que vira memória e saudade; e um tempo simplesmente vivido, que se vai e morre na distância do passado.
As sociedades e os grupos fazem coisas parecidas. E a memória social (isso que vulgarmente se chama “tradição” ou “cultura”), que é sempre feita de uma história com H maiúsculo, é também marcada por meio desses momentos que permitem alternâncias certas entre o que foi concebido e vivido como rotineiro e habitual e tudo aquilo que foi vivenciado como crise, acidente, festa ou milagre. Pois o homem é o único animal que se constrói pela lembrança, pela recordação e pela “saudade”, e se “desconstrói” pelo esquecimento e pelo modo ativo com que consegue deixar de lembrar.

DaMatta, Roberto - O que faz o brasil, Brasil?, RJ: Rocco, 1996. p.67

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Quatro exposições de artes visuais estreiam nesta quarta

 
Adicionar legendFormas geométricas são tema da exposição de Cassio Raabe | Foto: Cassio Raabe / Divulgação / CPa

 A partir das 19h desta quarta-feira, quatro novas exposições integram a programação cultural de Porto Alegre. Dedicadas às artes visuais, as mostras ficam em cartaz na sede rio-grandense do Instituto de Arquitetos do Brasil (General Canabarro, 363) até o dia 13 de junho, e podem ser conferidas de segunda a sexta-feira, das 14h às 20h. A visitação tem entrada gratuita. Responsável por um das exposições, o artista plástico Fábio Rheinheimer apresenta o projeto “Naves Poéticas”, que reúne objetos tridimensionais que integram harmonicamente as artes visuais, o design e a tecnologia. Já Cassio Raabe traz cores vibrantes e contrastes à mostra “Tear”, composta por pinturas que exploram as formas geométricas por meio da sobreposição de camadas, texturas e borrões criados com a utilização de vários materiais, como carvão e tinta acrílica. Enquanto isso, as outras duas exposições em estreia focam na fotografia. “Vai prá Cuba”, de Lídia Fabrício e Rogério Amaral Ribeiro, reflete sobre a experiência cubana, com imagens que retratam o país através de faces e lugares marcados pela simplicidade. Por sua vez, “Artes em Gotas”, de José Adilson Rosa, é o resultado de um trabalho baseado em técnicas como a alta velocidade e a macrofotografia, ambas usadas para captar momentos que o olho humano não consegue, como a colisão de duas gotas. 
Fonte: Correio do Povo

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Mostra retrata mulheres portadoras de HIV na África

 
Imagens ajudaram e recuperar a autoestima dessas mulheres | Foto: Laryssa Machado / Divulgação / CP


Inspirada em um poema do francês Aimé Césaire, estreia nesta quinta-feira, às 20h30min, a exposição fotográfica “Elas mergulham na carne vermelha do solo”, da porto-alegrense Laryssa Machado. A mostra fica em cartaz até o dia 15 de junho, na Galeria dos Arcos, na Usina do Gasômetro (Presidente João Goulart, 551), em Porto Alegre. O horário de visitação é das 10h às 21h, e a entrada é gratuita.

A mostra apresenta o resultado de um projeto fotográfico realizado com mulheres portadoras de HIV no Maláui, na África. A ideia surgiu em 2013, quando Laryssa realizou um trabalho voluntário com elas e pode perceber a realidade de força e de lutas na qual estão inseridas.

As fotos, assim, buscaram ajudar essas mulheres a resgatar sua autoestima, que elas revelaram ser comprometida pelo afastamento de pessoas com medo de contrair o vírus através de um simples toque. Para isso, a intenção inicial do projeto foi dar ênfase às mãos e aos rostos, ambos tão carregados de histórias. Porém, na etapa final, os registros passaram a incluir também imagens com a família, conforme pedido das próprias personagens.

Fonte: Correio do Povo

terça-feira, 12 de maio de 2015

Aberta a Consulta Pública para construção do Edital Pontos de Mídia Livre

Estão abertas até 25 de maio as inscrições para a consulta pública que visa a incentivar a participação da sociedade na elaboração do III Edital Pontos de Mídia Livre. Os selecionados serão reconhecidos como Pontos de Cultura e receberão prêmios para serem investidos em iniciativas de mídia livre, cultura e comunicação.
 
Em 2009 e 2010, o MinC destinou cerca de R$ 9 milhões a 154 pontos de cultura e instituições privadas sem fins lucrativos, contemplando um amplo espectro de suportes de comunicação (audiovisual, impresso, multimídia, rádio e web) em todo o país.
 
A consulta pública para a construção do III Edição do Edital Pontos de Mídia Livre é realizada segundo critérios da Política Nacional de Participação Social. Está disponibilizado no site cultura digital (veja abaixo o endereço) documento contendo definições, categorias, valores e critérios de avaliação e seleção para apreciação e coleta de sugestões.  As contribuições serão sistematizadas e o resultado, após análise da Consultoria Jurídica do MinC, será publicado até 1º de junho. 
 
O Edital "Prêmio Pontos de Mídia Livre" será executado em parceria pelas secretarias de Cidadania e Diversidade Cultural (SCDC) e do Audiovisual (SAV). Para Ivana Bentes, titular da SCDC, a possibilidade de cogestão das políticas públicas é o caminho a ser seguido. Ela enfatizou que o Ministério está empenhado em construir instrumentos de estímulo à participação social. "A consulta pública é um desses instrumentos e deve ser a mais ampla possível, para possibilitar que quem recebe essas políticas na ponta também participe do seu processo de criação e implementação", explicou. 
 
Além da consulta virtual, a SCDC realizará debate aberto sobre o edital durante a programação do Encontro de Midialivrismo e Juventude, em 16 de maio, no Rio de Janeiro (RJ). 
 Pontos de Mídia Livre
 
A proposta do edital integra a ação estruturante cultura, comunicação e mídia livre, prevista pela Lei Cultura Viva (Lei 13.018/2014), e visa reconhecer iniciativas nacionais, regionais, estaduais e locais realizadas por entidades, grupos e coletivos que tenham ou não personalidade jurídica (CNPJ), promovendo a revitalização de uma Rede Nacional de Pontos de Mídia Livre pelo país.
 Interessados em participar da consulta pública podem se inscrever e buscar informações por meio do portal: http://culturadigital.br/cidadaniaediversidade/.
 
Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural
Ministério da Cultura

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Seis bens brasileiros são indicados a Patrimônio Mundial

Divulgação/EBCTeatros da Amazônia são expressivos monumentos implantados nos dois maiores centros urbanos da região
Teatros da Amazônia são expressivos monumentos implantados nos dois maiores centros urbanos da região
Mais seis bens culturais foram incluídos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) na Lista Indicativa brasileira do Patrimônio Mundial, em 2015.
Poderão ser futuramente apresentados ao Comitê do Patrimônio Mundial, os Geoglifos do Acre (AC), Teatros da Amazônia (AM, PA), Itacoatiaras do Rio Ingá (PB), Barragem do Cedro nos Monólitos de Quixadá (CE), Sítio Roberto Burle Marx (RJ) e o Conjunto de Fortificações do Brasil (AP, AM, RO, MS, SP, SC, RJ, BA, PE, RN) para serem avaliados e receberem o título de Patrimônio Mundial.
Na última atualização da Unesco, em 2014, três bens culturais brasileiros haviam sido incluídos na Lista, juntamente com outros 18 bens naturais e culturais: Cais do Valongo (Rio de Janeiro/RJ), a Vila Ferroviária de Paranapiacaba (Santo André/SP) e o Ver-o-Peso (Belém/PA). Agora a lista Indicativa brasileira conta com 24 bens no total.
A lista é composta pela indicação de bens culturais, naturais e mistos, apresentados pelos países que ratificaram a Convenção do Patrimônio Mundial da Unesco. Essa iniciativa pode ensejar a participação de gestores de sítios, autoridades locais e regionais, comunidades locais, ONGs e outros interessados na preservação do patrimônio cultural e natural do País.
Geoglifos do Acre (Acre)
Foto: Sérgio Vale/Governo do AcreGeoglifos Acre
Vista aérea dos Geoglifos do Acre
Trata-se de estruturas de terra escavadas no solo e formadas por valetas e muretas que representam figuras geométricas de diferentes formas.
Elas foram encontradas na região sudoeste da Amazônia ocidental, mais predominantemente na porção leste do estado do Acre. As pesquisas arqueológicas nestas áreas, ainda que esparsas, dão conta de informações importantes sobre o manejo da paisagem amazônica por grupos indígenas que habitaram a região e sugerem um novo paradigma sobre o modelo de ocupação da Amazônia por densas sociedades pré-coloniais.
Teatros da Amazônia (Amazonas e Pará)
Divulgação/Ministério do Turismoteatro-amazonas
Construídos em finais do século XIX, os Teatros Amazonas e da Paz, localizados na região amazônica brasileira, respectivamente nas cidades de Manaus e Belém, são expressivos monumentos implantados nos dois maiores centros urbanos da região, como símbolos do apogeu econômico alcançado e representado por um modelo de civilidade europeizada, então reproduzido nos trópicos em função do auge do Ciclo da Borracha na América do Sul.
Itacoatiaras do Rio Ingá (Paraíba)
Foto: Roberto Guedes/Governo da ParaíbaItacoatiras
Localiza-se na zona rural do Município de Ingá, cerca de 105 km de distância da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba. As primeiras manifestações de arte rupestre na região Nordeste do Brasil surgiram antes de 10.000 A.C. e, apesar dos escassos estudos sobre estas populações pré-históricas, constata-se a produção de uma arte expressiva de gravura rupestre com elevada capacidade técnica.
O sítio das Itacoatiaras do Rio Ingá congrega o mais representativo conjunto conhecido desse tipo de gravura no Brasil, que se notabiliza pelo uso quase exclusivo de representações não figurativas na composição de grandes painéis de arte rupestre, exprimindo o gênio criativo de um grupo humano que se apropriou de padrões estéticos abstratos como forma de expressão, e possivelmente, de conceitos simbólico-religiosos, diferentemente de outras culturas que, em sua maioria, utilizaram-se de representações antropomórficas e zoomórficas. 
Barragem do Cedro nos Monólitos de Quixadá (Ceará)
Divulgação/DnocsBarragem Cedro
A barragem do Cedro, com sua parede em arco de alvenaria de pedra, foi a primeira grande obra hidráulica moderna do continente sul-americano e uma das pioneiras obras do seu tipo e do seu porte no mundo.
Para além de sua funcionalidade de represamento d’água para irrigação, sua implantação, seu desenho e seu esmero de execução resultaram numa paisagem de beleza ímpar, combinando arrojo e elegância, monumentalidade e singeleza, numa simbiose entre o engenho humano e a obra da natureza existente no local, formado por monólitos que dão uma característica singular ao local.
Sítio Roberto Burle Marx – SRBM (Rio de Janeiro)
Divulgação/Governo do Rio de JaneiroSítio Burle  Marx
O Sítio trata-se de um referencial de paisagem construída, um testemunho vivo da mudança do conceito europeu de jardim com rigor formal da composição geometrizada para o conceito de modernidade do jardim tropical, como uma forma de manifestação artística.
Ele é compreendido como obra de arte e espelha de forma notável a cultura, a energia criadora e a preocupação científica de Roberto Burle Marx, cuja obra, ao produzir o conceito moderno de jardim tropical, constituiu um paradigma especial no âmbito do movimento modernista brasileiro. 
Conjunto de Fortificações (AP, AM, RO, MS, SP, SC, RJ, BA, PE, RN)
Divulgação/Fortaleza.orgForte das Cinco Pontas
O conjunto de fortificações do Brasil apresenta-se como um testemunho material único de um contato produzido entre diferentes culturas do Velho e do Novo Mundo.
As fortificações, edificadas em resposta a esses contatos, marcam o sucesso de uma fórmula singular de ocupação do território, onde os moradores do Brasil tiveram um papel mais fundamental do que a ação dos governos das metrópoles do Velho Mundo, ao contrário do que ocorreu em outras colônias europeias no resto do mundo.
As construções feitas com o objetivo de garantir a posse e a segurança dos novos territórios formam um conjunto sem semelhança a outros sistemas fortificados edificados no mesmo período em outros lugares do mundo, tendo um importante papel na ocupação territorial da América do Sul.
Patrimônio Mundial
A lista de patrimônios mundiais é um esforço internacional de valorização de bens que, por sua importância como referência e identidade das nações, possam ser considerados patrimônio de todos os povos.
O objetivo é incentivar a preservação de bens culturais e naturais considerados significativos para a toda a humanidade
Fonte:
Portal Brasil, com informações do 
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Fonte: PORTAL BRASIL
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quarta-feira, 15 de abril de 2015

Magna Carta em Exposição

The British Library is now showing the original manuscript of the Magna Carta, issued by King John in 1215 - more than 500 years before the US Declaration of Independence and the Bill of Rights. This exhibit, "Magna Carta: Law, Liberty, Legacy," is all part of an effort to show how the English document shaped today's world. The British Library is displaying two original copies of the Magna Carta. The text- translated into modern English from the original Latin reads: "No free man shall be arrested or imprisoned save by the lawful judgment of their equals or by the law of the land. To no one will we sell, to no one will we deny or delay right or justice. In 1215, it was revolutionary for a king to say that not even he was above the law. Of course, King John did not actually want to issue this document. He was at war with English barons; they gave him no choice. Then the king went behind their backs and secretly wrote a letter to Pope Innocent III, saying, "I have been forced to sign this awful thing! What people often don't realize is that Magna Carta itself was only valid for 10 weeks. The pope responded with a letter known as a "papal bull," which is also on display. The pope says, 'I declare the charter to be null and void of all validity forever. And yet the document became the foundation of the modern judicial system.
Fonte: Migalhas International, Abril 15, 2015 nº 1616 - Vol. 11


A Biblioteca Britânica exibe agora o manuscrito original da Carta Magna promulgada por D. João em 1215, mais de 500 anos antes da Declaração de Independência os EUA e o Bill of Rights. Ela exibe o título de "Magna Carta: Law, Liberty, Legacy", tudo é parte de um esforço para mostrar como o documento Inglês conforma o mundo de hoje. A Biblioteca Britânica está exibindo dois exemplares originais da Magna Carta. No texto-traduzido para o Inglês moderno do latim original lê-se: "Nenhum homem livre será detido ou preso, salvo pelo julgamento legal de seus pares ou pela lei da terra. A ninguém venderemos, a ninguém negaremos ou retardaremos o direito ou a justiça. Em 1215 era algo revolucionário para um rei afirmar que nem mesmo ele estava acima da lei. É claro, o Rei John realmente não desejava promulgar tal documento. Ele estava em guerra com os barões ingleses, e não teve escolha. Secretamente, porém, escreveu uma carta ao Papa Inocêncio III, dizendo: “Eu fui forçado a assinar essa coisa horrível!” ― O que muitas vezes as pessoas não percebem é que a própria Carta Magna foi válida apenas durante 10 semanas. O papa respondeu com uma carta conhecida como a "bula papal", que também está em exibição.  Diz o Papa: "Eu declaro a Carta deve ser nula e sem efeito de toda validade para sempre”. ― O documento, mesmo assim, tornou-se a base do sistema judicial moderno.

sábado, 11 de abril de 2015

Notas do IPMS

Ontem, dia 10, na sede do Zequinha, presença do IPMS para tratar de assuntos referentes ao lançamento do livro de memórias da entidade. Na foto, da esquerda para direita, Arlete Maria Tapia Teixeira e o Prof. Hirã Justo, respectivamente, vice e presidente do IPMS, Milton Luiz dos Santos Vaz, presidente do Esporte Clube São José, e Lilian Kerber, membro do IPMS e responsável pelo acervo de memória do clube.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Exposição destaca Iberê Camargo como um operário da arte


Com inauguração nesta sexta-feira (3/4), na Fundação Iberê Camargo, mostra reúne mais de cem obras
por Francisco Dalcol


Iberê Camargo (1914 – 1994) era um obstinado, um artista que se dedicou a uma busca obsessiva pela perfeição da forma, pelo gesto máximo da expressão. O fazer artístico, para ele, envolvia dedicação exaustiva, entrega total.

Com tal postura, encarava a arte não como o momento iluminado de um gênio, mas como um desvelamento resultante de um custoso labor. Mais do que um criador inspirado, o Iberê que se consagrou entre os mestres da arte moderna no país era um trabalhador incansável.

"A pintura é uma colocação existencial. Eu sempre pintei com minhas vísceras e sempre com muita paixão", disse nos anos 1980 em entrevista ao pintor Jorge Guinle (1947 – 1987).

Essa dimensão do artista como um operário é o mote da exposição Iberê e seu Ateliê: as Coisas, as Pessoas e os Lugares, que será aberta nesta sexta-feira (3/4), na Fundação Iberê Camargo (FIC). Com mais de cem obras reunidas em um dos andares do prédio, a mostra destaca a busca permanente do artista.

– A ideia é apresentar este artista que batalhou pela mais perfeita forma, pela mais precisa adequação entre seus desejos e os meios disponíveis em busca dos resultados almejados. A mostra destaca o aspecto do operário das artes, o artista trabalhador, que, antes de ter certezas, tem problemas, daí a rotina de exercícios, estudos, tentativas, buscas e da prática exaustiva – diz o curador Paulo Gomes.


Professor do Instituto de Artes (IA) da UFRGS, Gomes busca evidenciar o percurso trilhado por Iberê ao longo dos seus 50 anos de produção. Para isso, organizou a exposição em torno de três temáticas: as figuras, as paisagens e as naturezas-mortas:

– Considero serem os três temas centrais da sua poética. É uma exposição simples na sua proposta curatorial, visando a uma fruição direta e objetiva da obra de Iberê Camargo.


Se na mostra anterior, Iberê Camargo: Século 21, o centenário do artista foi celebrado com suas obras em diálogos com as de artistas contemporâneos, agora será a oportunidade de se vislumbrar uma panorâmica que situa o modo como Iberê encaminhou as diferentes fases e momentos de sua obra.

– A proposta é uma visão cronológica do desenvolvimento dos temas em desenhos, pinturas e gravuras, possibilitando um olhar abrangente da sua trajetória em temas e formas e de como ela se desenvolveu ao longo de sua carreira. A ideia de desenvolvimento deve ser compreendida não somente como evolução, mas como uma busca, com avanços e recuos, na procura das melhores soluções formais para os problemas que foram se apresentando na sua trajetória. Daí o retorno e/ou a permanência de temas que percebo em sua obra – comenta Gomes.


Na seleção da mostra, constam desde preciosidades como os primeiros trabalhos de Iberê produzidos na adolescência, até obras fundamentais que o tornaram nome referencial da pintura brasileira.

– Há obras pouco conhecidas, mas todas muito importantes para o que pretendo mostrar. Indicaria principalmente aquelas que são da ordem dos exercícios, dos ensaios, da prática sem o fim deliberado de serem "obras" – comenta o curador.

Iberê e seu Ateliê: as Coisas, as Pessoas e os Lugares
- Abertura sexta-feira (3/4), a partir das 12h. Visitação de terça a domingo (inclusive feriados), das 12h às 19h (último acesso às 18h30min), exceto às quintas, quando o museu fica aberto das 12h às 21h (último acesso às 20h30min). Até 27 de março de 2016. Entrada grátis.
- Fundação Iberê Camargo (Av. Padre Cacique, 2.000), em Porto Alegre, fone (51) 3247-8000. Estacionamento pago: pago, no subsolo da Fundação, com entrada pela Av. Padre Cacique, no sentido Zona Sul, pelo lado direito da pista.

PROGRAMAÇÃO

Marino Marini
No próximo dia 11, a Fundação Iberê Camargo (FIC) apresenta a exposição internacional Marino Marini: do Arcaísmo ao Fim da Forma, considerada a primeira individual no Brasil do artista italiano morto em 1980 e reconhecido mundialmente por suas esculturas em bronze.

Iberê na Itália
Anunciadas como parte da programação em homenagem ao centenário de nascimento de Iberê Camargo, as três mostras do artista que seriam apresentadas neste ano na Itália foram canceladas. O motivo, segundo a Fundação Iberê Camargo, é a situação do cenário econômico.
Fonte: ZH

domingo, 22 de março de 2015

Porto Alegre em exposição na Galeria de Arte do TJ

Está em exposição, no 14º andar do TJRS, a mostra Porto Alegre, um grande amor. O trabalho dos fotógrafos Diego Leite, Denis Pesenti e Cristian Mariani, traz fotografias de pontos tradicionais da Capital. Juntos, os três formam a Photo ao Cubo.

Exposição tem entrada franca e homenageia
os 243 anos da Capital gaúcha 
(Fotos: Cássio Ayres Bodnar)
Quem quiser conferir as belas imagens captadas pelas lentes do trio tem até o dia 27/3. A exposição, que homenageia os 243 anos da Capital gaúcha, já passou também pelo Espaço Cultural da PUCRS.
A mostra pode ser conferida de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, no 14º andar do Tribunal de Justiça (Av. Borges de Medeiros, 1.565, em Porto Alegre).

Galeria
A Galeria de Arte do Tribunal de Justiça é um espaço aberto ao público disponível gratuitamente para exposições em geral. Informações podem ser obtidas pelo e-mail rp@tj.rs.gov.br.

EXPEDIENTETexto: Sergio Trentini
Assessora-Coordenadora de Imprensa: Adriana Arend
imprensa@tj.rs.gov.br
 
Fonte: TJRS

Publicação em 19/03/2015 17:29

domingo, 15 de março de 2015

11 museus imperdíveis em Paris

Por Juliana Bianchi
 Falar em visitar Paris e não incluir no roteiro alguns museus é quase como ir a Roma e pular o Vaticano. Diz a lenda que a cidade conta com praticamente um museu para cada dia do ano, indo do grandioso Louvre (com mais de 35 mil obras) aos pequeninos e não menos curiosos museus da Boneca, da Mágica e das Artes Lúdicas (com foco em animações e videogame). Daí ser praticamente um sacrilégio limitar as opções ao mais cheio deles.
Para ajudar na seleção, pedimos ajuda à brasileira Mariana Berutto, filha da criadora dosite Conexão Paris, Lina Hauteville, que desde 1984 mora na Cidade Luz ao lado de um autêntico francês. “Nossa proposta é desmistificar a cidade para os brasileiros, que muitas vezes chegam com uma visão deslumbrada”, afirma ela, que listou abaixo seus museus preferidos.
1 - Museu d’Orsay
Localizado na margem esquerda do rio Sena, o d’Orsay está instalado em uma antiga estação ferroviária de Paris, datada de 1900 (o relógio original ainda está lá).
Seu principal cartão-postal é a galeria principal, com abóboda decorada e grande entrada de luz natural, de onde se pode começar o passeio entre pinturas, esculturas e fotografias assinadas por grandes mestres como Van Gogh, Rodin, Cezanne, Courbet, Degas, Manet, Monet, Renoir, Klint, Munch. Além de oferecer uma bela vista do canal, o museu ainda abriga um simpático café projetado pelos irmãos Campana.
2 - Museu Picasso
Após ficar três anos fechado para reforma do prédio datado de 1659, o museu reabriu no segundo semestre de 2014 inteiramente dedicado a recontar a história de Pablo Picasso de forma cronológica. Aproveite para conhecê-lo durante um passeio pelo Marais. Por ser pequeno, não comprometerá-muito tempo do seu dia.
3 - Museu Rodin
Com esculturas posicionadas pelo jardim, no prédio principal e no espaço antes ocupado pelo ateliê do artista, o Museu Rodin, inaugurado em 1919, é um dos mais charmosos de Paris.
Principalmente em dias ensolarados. Ao todo são mais de 300 obras, incluindo peças de Camille Claudel. Vá sem pressa para aproveitar cada ângulo.
4 - Centre Georges Pompidou 
Mais conhecido pelos parisienses apenas como Beaubourg (referência à área onde se encontra), o espaço já valeria uma visita pela arquitetura industrial com grandes tubulações aparentes  projetada por Renzo Piano.
Mas ainda abriga teatros, restaurante, biblioteca e o Museu Nacional de Arte Moderna, com mais de 60 mil obras, entre pinturas, fotografias, instalações e vídeo-arte.
Como se não bastasse, as exposições temporárias apresentadas ali estão sempre na lista das mais interessantes em qualquer época do ano. 
5 - Grand Palais 
Construído em 1900 para abrigar a Exposição Universal, o Grand Palais chama atenção na paisagem próxima à avenida Champs Elysées por sua grandiosidade e cúpula envidraçada.
Mas é o grande acervo e a variedade de exposições que abriga – indo de festivais de dança a feiras de joias e carros antigos – que o torna passagem obrigatória em Paris.
6 - Palais de Tokyo
Localizado ao lado do rio Sena e com vista privilegiada para a Torre Eiffel, o Palais de Tokyo é endereço certo para quem gosta arte moderna e contemporânea.
Assim como o Grand Palais, mantêm boa agenda de exposições temporárias que serve de ponto de encontro para jovens e parisienses descolados. O espaço abriga também livraria especializada em arte e design, e restaurantes.
7 - Fundação Louis Vuitton
Inaugurado em Paris em 2014 este museu-escultura, projetado no Bois de Boulogne pelo arquiteto Frank Gehry (que também assina o Guggenheim de Bilbao), já é uma atração em si pela novidade.
Construído para abrigar parte da coleção particular Bernard Arnault, dono do conglomerado de luxo LVMH, recebe ainda mostras de artistas contemporâneos. Aproveite o restaurante interno para fazer uma pausa e observar um pouco mais a arquitetura.
8 - Palais Galliera:  Museu da Moda
Capital da moda, Paris não poderia ficar sem um museu totalmente dedicado ao tema. Com um rico acervo de roupas e acessórios que contam a história do mundo fashion desde o século 18, é parada obrigatória para quem gosta do assunto.
Como as coleções permanentes não ficam expostas o tempo todo dada a fragilidade do material, é preciso aproveitar as mostras temporárias para deslumbrar-se.  Cheque a programação no site.
9 - Carnavalet
Dedicado a história de Paris, o museu permite voltar no tempo por meio de quadros, objetos, fotos, móveis e reproduções de ambientes inteiros que marcaram a vida na Cidade Luz ao longo dos séculos.
Pouco explorado pelos visitantes, é gratuito e uma agradabilíssima surpresa no centro do Marais. Se for no verão ou primavera, não deixe de reparar na beleza do jardim interno.
10 - Musée des Arts et des Métiers 
Outra grata surpresa na região é este museu, que conta a história das profissões ao longo do desenvolvimento tecnológico. A influência das técnicas de construção, da mecânica, da produção de energia, dos transporte e da própria ciência na vida das pessoas é retratada a partir de um grande acervo de objetos, ferramentas e materiais. Há ainda uma significativa coleção de autômatos (robôs no melhor estilo “Hugo Cabret”).  
11 - Belleville
Pouco explorado pelos brasileiros, o bairro de Belleville, em Paris, é um museu a céu aberto para quem gosta de street art. Nos muros da região onde viveu a cantora Edith Piaf (incluindo os do bar Aux Folies, onde ela cantava) pode-se ver o trabalho efêmero de diferentes artistas, que valem-se de diferentes técnicas e dos mais mínimos espaços disponíveis para se expressar.  
A visita ao bairro fica ainda mais interessante ao lado da brasileira Fernanda Hinke, que faz tour guiado promovido pelo Conexão Paris, para contar cada detalhe do que está exposto nos muros (muitos deles cedidos pela prefeitura para esse fim).

Alguns museus da Europa já proibiram os selfie sticks



Os selfie sticks passaram das mãos dos turistas para as bocas do mundo. A moda, vinda do oriente, foi muito bem recebida pelos viajantes, mas parece que os museus não gostaram da ideia. Depois deste utensílio ter sido proibido em espaços dos Estados Unidos da América (EUA), foi a vez de alguns museus na Europa começarem a fazê-lo também. Esta semana foi a vez do Palácio de Versailles, em França, e da National Gallery, em Londres, proibirem a extensão para o smartphone ou para a máquina fotográfica. Os críticos afirmam que tal "aparelho" é "desagradável e potencialmente perigoso". 
No Palácio de Versailles, os selfie sticks estão proibidos desde quarta-feira, 11 de março. Mas apenas no interior. Os visitantes vão poder continuar a tirar as suasselfies, com esta extensão, nos jardins e parques do palácio. Este foi o primeiro espaço cultural francês a proibi-los mas, segundo a Agence France-Presse (AFP), oMuseu do Louvre e o Centro Pompidou já estão a ponderar seguir o mesmo caminho. No mesmo dia, e continuando na Europa, foi a vez da The Nacional Gallery, em Londres, proibir os selfie sticks. Um porta-voz do museu revelou à AFP que "devido à recente popularização dos selfie sticks, a The Nacional Gallery preferiu tomar medidas de precaução". A administração justificou esta medida ao dizer que a extensão é, praticamente, um tripé, o que vai contra uma das suas regras: "flashes e tripés não são permitidos". Ao que a AFP conseguiu apurar, as medidas não vão ficar apenas por este espaço. O British Museum deverá ser o próximo museu a adotar esta regra. Estas não foram as primeiras administrações a proibir o selfie stick na Europa. Há poucas semanas, foi o Coliseu de Roma a proibi-los. Na altura, a administração afirmou que "o rodopiar de centenas de sticks tornou-se involuntariamente perigoso".
Nos últimos meses, um sem número de museus adotou esta nova medida, que começou a ganhar força nos EUA. O Smithsonian e a National Gallery, em Washington, capital dos EUA, o Museum of Modern Art, em Nova Iorque, o Getty Center, em Los Angeles, ou o Museum of Contemporary Art, em Chicago, fazem parte desta lista que tende a aumentar nos próximos tempos.
Fonte: Sociedade