quinta-feira, 23 de abril de 2015

Seis bens brasileiros são indicados a Patrimônio Mundial

Divulgação/EBCTeatros da Amazônia são expressivos monumentos implantados nos dois maiores centros urbanos da região
Teatros da Amazônia são expressivos monumentos implantados nos dois maiores centros urbanos da região
Mais seis bens culturais foram incluídos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) na Lista Indicativa brasileira do Patrimônio Mundial, em 2015.
Poderão ser futuramente apresentados ao Comitê do Patrimônio Mundial, os Geoglifos do Acre (AC), Teatros da Amazônia (AM, PA), Itacoatiaras do Rio Ingá (PB), Barragem do Cedro nos Monólitos de Quixadá (CE), Sítio Roberto Burle Marx (RJ) e o Conjunto de Fortificações do Brasil (AP, AM, RO, MS, SP, SC, RJ, BA, PE, RN) para serem avaliados e receberem o título de Patrimônio Mundial.
Na última atualização da Unesco, em 2014, três bens culturais brasileiros haviam sido incluídos na Lista, juntamente com outros 18 bens naturais e culturais: Cais do Valongo (Rio de Janeiro/RJ), a Vila Ferroviária de Paranapiacaba (Santo André/SP) e o Ver-o-Peso (Belém/PA). Agora a lista Indicativa brasileira conta com 24 bens no total.
A lista é composta pela indicação de bens culturais, naturais e mistos, apresentados pelos países que ratificaram a Convenção do Patrimônio Mundial da Unesco. Essa iniciativa pode ensejar a participação de gestores de sítios, autoridades locais e regionais, comunidades locais, ONGs e outros interessados na preservação do patrimônio cultural e natural do País.
Geoglifos do Acre (Acre)
Foto: Sérgio Vale/Governo do AcreGeoglifos Acre
Vista aérea dos Geoglifos do Acre
Trata-se de estruturas de terra escavadas no solo e formadas por valetas e muretas que representam figuras geométricas de diferentes formas.
Elas foram encontradas na região sudoeste da Amazônia ocidental, mais predominantemente na porção leste do estado do Acre. As pesquisas arqueológicas nestas áreas, ainda que esparsas, dão conta de informações importantes sobre o manejo da paisagem amazônica por grupos indígenas que habitaram a região e sugerem um novo paradigma sobre o modelo de ocupação da Amazônia por densas sociedades pré-coloniais.
Teatros da Amazônia (Amazonas e Pará)
Divulgação/Ministério do Turismoteatro-amazonas
Construídos em finais do século XIX, os Teatros Amazonas e da Paz, localizados na região amazônica brasileira, respectivamente nas cidades de Manaus e Belém, são expressivos monumentos implantados nos dois maiores centros urbanos da região, como símbolos do apogeu econômico alcançado e representado por um modelo de civilidade europeizada, então reproduzido nos trópicos em função do auge do Ciclo da Borracha na América do Sul.
Itacoatiaras do Rio Ingá (Paraíba)
Foto: Roberto Guedes/Governo da ParaíbaItacoatiras
Localiza-se na zona rural do Município de Ingá, cerca de 105 km de distância da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba. As primeiras manifestações de arte rupestre na região Nordeste do Brasil surgiram antes de 10.000 A.C. e, apesar dos escassos estudos sobre estas populações pré-históricas, constata-se a produção de uma arte expressiva de gravura rupestre com elevada capacidade técnica.
O sítio das Itacoatiaras do Rio Ingá congrega o mais representativo conjunto conhecido desse tipo de gravura no Brasil, que se notabiliza pelo uso quase exclusivo de representações não figurativas na composição de grandes painéis de arte rupestre, exprimindo o gênio criativo de um grupo humano que se apropriou de padrões estéticos abstratos como forma de expressão, e possivelmente, de conceitos simbólico-religiosos, diferentemente de outras culturas que, em sua maioria, utilizaram-se de representações antropomórficas e zoomórficas. 
Barragem do Cedro nos Monólitos de Quixadá (Ceará)
Divulgação/DnocsBarragem Cedro
A barragem do Cedro, com sua parede em arco de alvenaria de pedra, foi a primeira grande obra hidráulica moderna do continente sul-americano e uma das pioneiras obras do seu tipo e do seu porte no mundo.
Para além de sua funcionalidade de represamento d’água para irrigação, sua implantação, seu desenho e seu esmero de execução resultaram numa paisagem de beleza ímpar, combinando arrojo e elegância, monumentalidade e singeleza, numa simbiose entre o engenho humano e a obra da natureza existente no local, formado por monólitos que dão uma característica singular ao local.
Sítio Roberto Burle Marx – SRBM (Rio de Janeiro)
Divulgação/Governo do Rio de JaneiroSítio Burle  Marx
O Sítio trata-se de um referencial de paisagem construída, um testemunho vivo da mudança do conceito europeu de jardim com rigor formal da composição geometrizada para o conceito de modernidade do jardim tropical, como uma forma de manifestação artística.
Ele é compreendido como obra de arte e espelha de forma notável a cultura, a energia criadora e a preocupação científica de Roberto Burle Marx, cuja obra, ao produzir o conceito moderno de jardim tropical, constituiu um paradigma especial no âmbito do movimento modernista brasileiro. 
Conjunto de Fortificações (AP, AM, RO, MS, SP, SC, RJ, BA, PE, RN)
Divulgação/Fortaleza.orgForte das Cinco Pontas
O conjunto de fortificações do Brasil apresenta-se como um testemunho material único de um contato produzido entre diferentes culturas do Velho e do Novo Mundo.
As fortificações, edificadas em resposta a esses contatos, marcam o sucesso de uma fórmula singular de ocupação do território, onde os moradores do Brasil tiveram um papel mais fundamental do que a ação dos governos das metrópoles do Velho Mundo, ao contrário do que ocorreu em outras colônias europeias no resto do mundo.
As construções feitas com o objetivo de garantir a posse e a segurança dos novos territórios formam um conjunto sem semelhança a outros sistemas fortificados edificados no mesmo período em outros lugares do mundo, tendo um importante papel na ocupação territorial da América do Sul.
Patrimônio Mundial
A lista de patrimônios mundiais é um esforço internacional de valorização de bens que, por sua importância como referência e identidade das nações, possam ser considerados patrimônio de todos os povos.
O objetivo é incentivar a preservação de bens culturais e naturais considerados significativos para a toda a humanidade
Fonte:
Portal Brasil, com informações do 
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Fonte: PORTAL BRASIL
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quarta-feira, 15 de abril de 2015

Magna Carta em Exposição

The British Library is now showing the original manuscript of the Magna Carta, issued by King John in 1215 - more than 500 years before the US Declaration of Independence and the Bill of Rights. This exhibit, "Magna Carta: Law, Liberty, Legacy," is all part of an effort to show how the English document shaped today's world. The British Library is displaying two original copies of the Magna Carta. The text- translated into modern English from the original Latin reads: "No free man shall be arrested or imprisoned save by the lawful judgment of their equals or by the law of the land. To no one will we sell, to no one will we deny or delay right or justice. In 1215, it was revolutionary for a king to say that not even he was above the law. Of course, King John did not actually want to issue this document. He was at war with English barons; they gave him no choice. Then the king went behind their backs and secretly wrote a letter to Pope Innocent III, saying, "I have been forced to sign this awful thing! What people often don't realize is that Magna Carta itself was only valid for 10 weeks. The pope responded with a letter known as a "papal bull," which is also on display. The pope says, 'I declare the charter to be null and void of all validity forever. And yet the document became the foundation of the modern judicial system.
Fonte: Migalhas International, Abril 15, 2015 nº 1616 - Vol. 11


A Biblioteca Britânica exibe agora o manuscrito original da Carta Magna promulgada por D. João em 1215, mais de 500 anos antes da Declaração de Independência os EUA e o Bill of Rights. Ela exibe o título de "Magna Carta: Law, Liberty, Legacy", tudo é parte de um esforço para mostrar como o documento Inglês conforma o mundo de hoje. A Biblioteca Britânica está exibindo dois exemplares originais da Magna Carta. No texto-traduzido para o Inglês moderno do latim original lê-se: "Nenhum homem livre será detido ou preso, salvo pelo julgamento legal de seus pares ou pela lei da terra. A ninguém venderemos, a ninguém negaremos ou retardaremos o direito ou a justiça. Em 1215 era algo revolucionário para um rei afirmar que nem mesmo ele estava acima da lei. É claro, o Rei John realmente não desejava promulgar tal documento. Ele estava em guerra com os barões ingleses, e não teve escolha. Secretamente, porém, escreveu uma carta ao Papa Inocêncio III, dizendo: “Eu fui forçado a assinar essa coisa horrível!” ― O que muitas vezes as pessoas não percebem é que a própria Carta Magna foi válida apenas durante 10 semanas. O papa respondeu com uma carta conhecida como a "bula papal", que também está em exibição.  Diz o Papa: "Eu declaro a Carta deve ser nula e sem efeito de toda validade para sempre”. ― O documento, mesmo assim, tornou-se a base do sistema judicial moderno.

sábado, 11 de abril de 2015

Notas do IPMS

Ontem, dia 10, na sede do Zequinha, presença do IPMS para tratar de assuntos referentes ao lançamento do livro de memórias da entidade. Na foto, da esquerda para direita, Arlete Maria Tapia Teixeira e o Prof. Hirã Justo, respectivamente, vice e presidente do IPMS, Milton Luiz dos Santos Vaz, presidente do Esporte Clube São José, e Lilian Kerber, membro do IPMS e responsável pelo acervo de memória do clube.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Exposição destaca Iberê Camargo como um operário da arte


Com inauguração nesta sexta-feira (3/4), na Fundação Iberê Camargo, mostra reúne mais de cem obras
por Francisco Dalcol


Iberê Camargo (1914 – 1994) era um obstinado, um artista que se dedicou a uma busca obsessiva pela perfeição da forma, pelo gesto máximo da expressão. O fazer artístico, para ele, envolvia dedicação exaustiva, entrega total.

Com tal postura, encarava a arte não como o momento iluminado de um gênio, mas como um desvelamento resultante de um custoso labor. Mais do que um criador inspirado, o Iberê que se consagrou entre os mestres da arte moderna no país era um trabalhador incansável.

"A pintura é uma colocação existencial. Eu sempre pintei com minhas vísceras e sempre com muita paixão", disse nos anos 1980 em entrevista ao pintor Jorge Guinle (1947 – 1987).

Essa dimensão do artista como um operário é o mote da exposição Iberê e seu Ateliê: as Coisas, as Pessoas e os Lugares, que será aberta nesta sexta-feira (3/4), na Fundação Iberê Camargo (FIC). Com mais de cem obras reunidas em um dos andares do prédio, a mostra destaca a busca permanente do artista.

– A ideia é apresentar este artista que batalhou pela mais perfeita forma, pela mais precisa adequação entre seus desejos e os meios disponíveis em busca dos resultados almejados. A mostra destaca o aspecto do operário das artes, o artista trabalhador, que, antes de ter certezas, tem problemas, daí a rotina de exercícios, estudos, tentativas, buscas e da prática exaustiva – diz o curador Paulo Gomes.


Professor do Instituto de Artes (IA) da UFRGS, Gomes busca evidenciar o percurso trilhado por Iberê ao longo dos seus 50 anos de produção. Para isso, organizou a exposição em torno de três temáticas: as figuras, as paisagens e as naturezas-mortas:

– Considero serem os três temas centrais da sua poética. É uma exposição simples na sua proposta curatorial, visando a uma fruição direta e objetiva da obra de Iberê Camargo.


Se na mostra anterior, Iberê Camargo: Século 21, o centenário do artista foi celebrado com suas obras em diálogos com as de artistas contemporâneos, agora será a oportunidade de se vislumbrar uma panorâmica que situa o modo como Iberê encaminhou as diferentes fases e momentos de sua obra.

– A proposta é uma visão cronológica do desenvolvimento dos temas em desenhos, pinturas e gravuras, possibilitando um olhar abrangente da sua trajetória em temas e formas e de como ela se desenvolveu ao longo de sua carreira. A ideia de desenvolvimento deve ser compreendida não somente como evolução, mas como uma busca, com avanços e recuos, na procura das melhores soluções formais para os problemas que foram se apresentando na sua trajetória. Daí o retorno e/ou a permanência de temas que percebo em sua obra – comenta Gomes.


Na seleção da mostra, constam desde preciosidades como os primeiros trabalhos de Iberê produzidos na adolescência, até obras fundamentais que o tornaram nome referencial da pintura brasileira.

– Há obras pouco conhecidas, mas todas muito importantes para o que pretendo mostrar. Indicaria principalmente aquelas que são da ordem dos exercícios, dos ensaios, da prática sem o fim deliberado de serem "obras" – comenta o curador.

Iberê e seu Ateliê: as Coisas, as Pessoas e os Lugares
- Abertura sexta-feira (3/4), a partir das 12h. Visitação de terça a domingo (inclusive feriados), das 12h às 19h (último acesso às 18h30min), exceto às quintas, quando o museu fica aberto das 12h às 21h (último acesso às 20h30min). Até 27 de março de 2016. Entrada grátis.
- Fundação Iberê Camargo (Av. Padre Cacique, 2.000), em Porto Alegre, fone (51) 3247-8000. Estacionamento pago: pago, no subsolo da Fundação, com entrada pela Av. Padre Cacique, no sentido Zona Sul, pelo lado direito da pista.

PROGRAMAÇÃO

Marino Marini
No próximo dia 11, a Fundação Iberê Camargo (FIC) apresenta a exposição internacional Marino Marini: do Arcaísmo ao Fim da Forma, considerada a primeira individual no Brasil do artista italiano morto em 1980 e reconhecido mundialmente por suas esculturas em bronze.

Iberê na Itália
Anunciadas como parte da programação em homenagem ao centenário de nascimento de Iberê Camargo, as três mostras do artista que seriam apresentadas neste ano na Itália foram canceladas. O motivo, segundo a Fundação Iberê Camargo, é a situação do cenário econômico.
Fonte: ZH