quinta-feira, 17 de julho de 2014

Exposição fotográfica revela novas facetas da fotografia paulistana

 Por Patricia Visconti

Mostra fotográfica em parceria com projeto de incentivo apresenta uma nova forma de olhar para São Paulo.

Em sua quarta edição, a exposição que revela as novas faces da fotografia paulistana estreia com única exibição da “Fotoart – os olhos de quem vê“, no dia 26 de julho, no Hostel Alice, na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo.
Divulgação
Divulgação
Parte do grupo que integra o “Orfanato da Fotografia” em uma saída fotográfica no parque Vila Lobos em SP
Nesta da montagem assim como nas anteriores visa propagar e promover as novas facetas da arte de clicar na cidade de São Paulo, com seus jeitos e trejeitos, foco e estilo, mas com um Q a mais, pois desta vez a Infinity Eventos – produtora que organiza a exposição – conta com a colaboração do Orfanato da Fotografia, idealizado e coordenado pela fotógrafa Marina Quezada.
A ideia do Orfanato de Fotografia foi pensando naqueles que estão em inicio de carreira, quando os fotógrafos novatos mais precisam de auxílio.
Como nas três anteriores, o propósito da exposição de ser uma vitrine dos novos talentos desta arte visual, mostrando quão rico há neste trabalho, um pouco tenso em algumas horas, mas bastante prazeroso quando realizado com amor.
E por falar em amor, haverá um bate papo com o fotógrafo Rubens Vieira, que falará com os integrantes do Orfanato sobre o Specialkids, projeto do qual ele é representante na América Latina.
O SpecialKids é um projeto que representar as famílias e crianças com necessidades especiais junto à comunidade fotográfica com o objetivo de expandir as oportunidades de acesso dessas crianças à Fotografia Profissional em nível nacional.
Fonte: Catraca Livre

terça-feira, 15 de julho de 2014

Notas do IPMS



Integra-se à equipe técnica do IPMS o professor, diretor teatral, pesquisador e artífice cultural Leonardo Bizarro. Formado pelo departamento de artes dramáticas da UFRGS, em 2006, vem desde 1993 sendo protagonista de ações culturais ligadas ao teatro e à cultura no RS. Seu ingresso é uma importante contribuição ao IPMS para realização de pesquisas e práticas ligadas a esse campo da cultura e do conhecimento.
BEM VINDO LEONARDO BIZARRO.
Hirã S Justo
Presidente do IPMS.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

UM TEXTO PARA REFLETIR... QUER MESMO SER CIENTISTA?



Vamos fazer as devidas ressalvas primeiro, antes que a polícia de plantão venha me dizer que estou fazendo um desserviço à ciência brasileira. É claro que gostaria de ver mais jovens se tornarem cientistas, e quero contribuir para isso. Mas decidi que faz parte do meu trabalho de divulgação científica tornar público e notório como é se tornar cientista no Brasil.


Meus objetivos aqui são promover a conscientização das pessoas sobre a realidade da carreira de um cientista e, quem sabe, gerar com isso um certo espanto e revolta; e contribuir para que a escolha dos jovens por uma carreira em pesquisa seja consciente, apesar de tudo o que vem a seguir. Mas, sobretudo, o que eu gostaria é de gerar indignação suficiente para fazer a carreira de cientista (1) passar a existir de fato, e (2) ser valorizada.


Feitas as ressalvas, vamos então à minha campanha de anti-propaganda sobre a ciência no Brasil!


Você que é jovem e está considerando se tornar pesquisador: você sabia que…


- durante a faculdade, seus estágios de iniciação científica serão remunerados em apenas 400 reais – isso mesmo, menos do que um salário mínimo? Este é o valor atual definido pelo CNPq. E isso é SE você conseguir bolsa de iniciação científica, porque a Faperj, por exemplo, atualmente limita a sua concessão a UMA bolsa por pesquisador, e o CNPq-PIBIC a duas bolsas. Em um laboratório de tamanho médio, isso já não será suficiente para garantir bolsas a todos os estagiários – o que significa que é vexaminosamente comum termos estagiários trabalhando de graça;


- quando terminar a faculdade, a não ser que consiga emprego na indústria ou em empresas privadas, para fazer pesquisa você precisará concorrer a bolsas de R$ 1.350 para fazer mestrado? Enquanto isso, seus colegas formados em administração, engenharia, advocacia já estarão entrando para o mercado de trabalho, ganhando salários iniciais (com todos os direitos trabalhistas) de 3 a 7 mil reais reais ou mais. Ah, eu mencionei que, embora se espere que você trabalhe 40 horas por semana em dedicação exclusiva durante o mestrado, você não terá qualquer direito trabalhista? Isto porque o seu trabalho ainda não é considerado, ahn, trabalho…


- …é mais fácil conseguir bolsa do Ciência Sem Fronteiras para fazer GRADUAÇÃO no estrangeiro do que conseguir uma bolsa de pós-graduação no país? É isso mesmo: exportamos nossos alunos de graduação, mas não temos bolsas suficientes para mantê-los na pós-graduação no país.


- quando você terminar o mestrado, a não ser que consiga emprego como pesquisador em empresas privadas (que são pouquíssimos), você terá necessariamente que fazer um doutorado? A razão é que o cargo de “pesquisador” em nosso país é quase inexistente; somente institutos de pesquisa como o INCA ou a Fiocruz oferecem emprego (através de concurso público) para pesquisadores (e muitas vezes exigem doutorado). Todas as demais possibilidades de emprego para um pesquisador são como “professor universitário” – e este cargo, também somente acessível por concurso público, é hoje essencialmente restrito a quem já tem título de Doutor.


- então, com 3 anos de formado, você terá que concorrer a bolsas de R$ 2.000 mensais para fazer doutorado? Isso, vou repetir: seus colegas já estarão no mercado de trabalho, ganhando salários reais, tendo seu trabalho chamado de “trabalho”, com direito a férias e 13o salário – e, com sorte, você terá assinado um papel aceitando receber DOIS mil reais por mês pelos próximos 4 anos. E fique muito contente de ter uma bolsa: como dizem nossos detratores, você deveria ficar “muito feliz de estar sendo pago para estudar”. Exceto que você não estará “estudando”; você estará trabalhando, gerando conhecimento, e contribuindo para as universidades publicarem os artigos científicos que lhes servem como base de avaliação no cenário mundial.


- que, durante todos esses anos de pós-graduação, para receber uma bolsa você NÃO poderá ter qualquer outra fonte de renda? Sim, você pode ter outro emprego e fazer pós-graduação sem receber bolsa – mas é pouco provável que consiga terminar a pós-graduação assim. Para receber uma bolsa, você será obrigado a assinar uma declaração humilhante de que não tem qualquer outra fonte de renda. Bom, mais ou menos; a Capes há um ano decidiu aceitar acúmulo de bolsa com “emprego de verdade” SE for na mesma área da sua pós-graduação. Adivinha qual é a chance de você ter esse “emprego de verdade”? Pois é.


- agora, com o diploma de Doutor em mãos, você terá ganhado o direito de competir por vagas para… Professor. Isso mesmo: não de “pesquisador”, mas de “professor”. Isso porque as universidades públicas, onde a boa ciência é feita no país, somente contratam “professores”. Ou seja: com MUITA sorte, você será contratado, no mínimo SETE anos após a graduação, para fazer algo que você NUNCA fez: dar aulas. Seu salário inicial líquido (seu primeiro salário de verdade!) será algo em torno de 5 mil reais – mas não se engane, seu “vencimento básico”, aquele que o governo usará para talvez um dia pagar sua aposentadoria, será de não muito mais do que 2 mil reais…


- é mais provável, no entanto, que você NÃO consiga emprego imediatamente, uma vez doutor, e tenha que ingressar no limbo dos pós-doutorandos? Um “pós-doutor” é exatamente isso que o nome indica: alguém que já é doutor, mas ainda não tem emprego. É um limbo criado pelo sistema para manter interessados os cada vez mais numerosos recém-doutores que não encontram emprego nem como pesquisadores, nem como professores. Pela mesma tabela do CNPq, um recém-doutor recebe uma bolsa de R$ 3.700 mensais, livres de impostos. Ou seja: lembra daquele salário inicial dos seus colegas recém-formados? Um aspirante a cientista finalmente conquista o direito a um valor semelhante… SETE anos após a graduação. Ah, claro: ainda sem qualquer direito trabalhista, pois você “não trabalha”. Permita-me fazer as contas para você: a esta altura, você esta perto de completar 30 anos de idade, e oficialmente… “nunca trabalhou”;


- A esta altura, você já será para todos os fins práticos um Cientista – mas ainda não terá direito de pedir auxílio às agências de fomento para fazer pesquisa? Para gerenciar um auxílio-pesquisa é preciso ter vínculo empregatício com uma instituição de pesquisa – e isso, tirando os pouquíssimos cargos de Pesquisador de fato na Fiocruz, INCA, IMPA etc, você só consegue se virar… professor universitário;


- SE você conseguir ser aprovado em concurso para professor universitário E for fazer pesquisa de fato, você não inicialmente ganhará NEM UM CENTAVO A MAIS por isso? Você terá a mesma carga horária de aulas a cumprir, aulas por preparar e atualizar todos os semestres, mas o trabalho de pesquisa, com o qual você tanto sonhou, é… por sua conta. Se você resolver não fazer pesquisa e apenas der aulas, como você foi oficialmente contratado para fazer, está tudo bem. Talvez seus colegas torçam o nariz para você, porque esqueceram que também o emprego deles é apenas como professores, e não pesquisadores, mas você estará rigorosamente correto se só fizer seu trabalho de professor.


- Apesar disso tudo, sua progressão na carreira universitária será dependente do seu trabalho de pesquisa? Você leu corretamente: você foi contratado como PROFESSOR, mas sua avaliação funcional será feita de acordo com as suas atividades como PESQUISADOR…


- SE você tiver produtividade suficiente, em alguns anos você poderá concorrer a uma bolsa de Pesquisador do CNPq, que complementa seu salário em R$ 1.000 por mês. E isso é todo o incentivo financeiro que você receberá para fazer pesquisa.


Já desistiu? Pelo bem da ciência brasileira, espero que… sim. Esta é minha campanha de anti-propaganda em prol da melhoria da ciência no meu querido país: torço para que você tenha ficado indignado a ponto de considerar fazer outra coisa da sua vida. Precisamos de uma crise, e um desinteresse súbito da parte de nossos jovens seria muito, muito, muito eloquente.


FONTE:


Suzana Herculano-Houzel


http://posgraduando.com/blog/voce-quer-mesmo-ser-cientista

sábado, 12 de julho de 2014

Notas do IPMS


Lançado o primeiro livro da editora do IPMS, em formato ibook, diretamente na App Store - a loja da APPLE. Acesse a loja virtual da ibook e baixe gratuitamente o livro " A camponeza" com uma interessante pesquisa sobre colecionismo no Brasil, com o fac-símile completo, do álbum de figurinhas esportivas das balas "A camponesa" de 1946, com a escalação e fotos dos 7 times portalegrenses da época.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Museus de Florença, na Itália, ficarão abertos até a noite no verão

02/07/2014 | 08h01
Museus de Florença, na Itália, ficarão abertos até a noite no verão  Chris Wee/Wikimedia
Galeria degli Uffizi é um dos museus que ficarão abertos até tardeFoto: Chris Wee / Wikimedia
A Galeria degli Uffizi e a Galeria da Academia, dois museus na cidade italiana de Florença, ficarão abertos todas as terças-feiras durante a noite até 30 de setembro.
As duas galerias de arte, que abrigam muitas obras famosas e são considerados dois dos mais importantes museus do mundo, terão seu horário prorrogado todas as terças-feiras de julho a setembro e ficarão abertas aos visitantes das 19h às 22h.
A prorrogação do horário já é rotina desde 2006, e se baseia em um acordo entre a entidade responsável pelos museus de Florença e a prefeitura da cidade italiana.
Nas edições anteriores a iniciativa obteve um grande sucesso de público, explica um comunicado.
Durante os três meses das aberturas extraordinárias, a Galeria degli Uffizi oferece a mostra Puro, Simples e Natural até 2 de novembro, e na Galeria da Academia é possível ver a exposição A Sorte dos Primitivos.
O ministério italiano dos Bens Culturais e das atividades Culturais e do Turismo decidiu que, a partir de 4 de julho, toda a sexta-feira o horário de abertura dos museus italianos será prorrogado por duas horas – ficarão abertos até as 21h.
A Galeria degli Uffizi é dividida em cerca de 50 salas com obras dos artistas renascentistas mais importantes da história da arte Leonardo da Vinci, salas com obras da Roma Antiga, os quadros Primavera e O Nascimento de Vênus, de Botticelli, além de obras de Michelangelo, Rubens, Tiziano e muitos outros.
Já a Galeria da Academia mantém um acervo de obras de arte do período gótico até o final do século 19, uma de suas obras expostas mais importantes é a escultura David de Michelangelo.
A iniciativa se deve ao início do verão europeu na qual os dias ficam mais longos e demora mais para escurecer, nesta época do ano vários eventos culturais são promovidos em diversos países da Europa.
Fonte: Zero Hora