sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Música é tema de espetáculo mineiro que chega a Porto Alegre

"PAR" fica em cartaz no Theatro São Pedro durante final de semana

´PAR´, do grupo Ponto de Partida: espetáculo sem palavras, com composições de ícones da MPB e autorais<br /><b>Crédito: </b> Guto Muniz / Divulgação / CP
´PAR´, do grupo Ponto de Partida: espetáculo sem palavras, com composições de ícones da MPB e autorais 
Crédito: Guto Muniz / Divulgação / CP
A música é o fio que costura, com delicadeza e humor, o espetáculo do grupo mineiro Ponto de Partida, sobre a relação e seus inúmeros tons, em cartaz neste sábado, às 21h e domingo, às 18h, no Theatro São Pedro (Praça da Matriz, s/n)  em Porto Alegre. Com 12 atores e três músicos, “PAR” tem direção-geral e dramaturgia de Regina Bertola e preparação vocal e coreografias de Wagner Moreira, professor convidado em 2013 da Universidade de Dança de Dresden, que veio da Alemanha para o projeto.

Enamoramento, paixão, ciúme, dor, encontros e desencontros são temas cantados em letras de Chico Buarque, Dorival Caymmi, Tom Jobim, Ary Barroso, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Vander Lee, Cartola, Rita Lee e dos integrantes do grupo, Pablo Bertola e Lido Loschi. “Propus que a gente fizesse um espetáculo sem palavras, para que as pessoas acompanhem a história só pela música”, diz Regina Bertola. Para fazer algo totalmente dançante, chamou o coreógrafo Wagner do exterior. O elenco possui uma preparação boa, explica, não podendo se desconcentrar, sob o risco de perder o tempo da próxima nota.

O cenário funciona como se fossem várias instalações, feito de caixas de engraxate e de sapato, em que a cena se constrói e desconstrói. A peça estreou no final de 2012, tendo passado por Vitória, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Belém e Manaus. O grupo surgiu há 33 anos, com dois propósitos: de não sair de sua cidade de origem, Barbacena, e sim, circular sua obra e também de trabalhar com a cultura brasileira. “Viajamos o Brasil inteiro, temos a ousadia, talvez a petulância, de fazer teatro que fale do Brasil, com seus sotaques, sabendo o quanto é difícil”, completa Regina.

Fonte: Correio do Povo

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Memória fotográfica

A partir de hoje, a mostra Encontros de Agosto promove reflexão sobre questões contemporâneas da fotografia e o diálogo entre artistas do Brasil e de Portugal
Elisa Parente

Elisa Parenteelisa@opovo.com.br
FOTOS IANA SOARES


De posse de um celular com câmera, todo mundo é fotógrafo? Os álbuns de imagens virtuais substituíram de vez os acervos físicos de fotografias das famílias? Essas questões que envolvem o pensamento contemporâneo sobre a imagem serão discutidas no Encontros de Agosto 2013. A terceira edição do evento tem abertura hoje, com o lançamento de mostras coletivas, às 20 horas, no Museu da Cultura Cearense do Centro Dragão do Mar. A exposição fica em cartaz até 30 de janeiro de 2014.
Pela primeira vez, o Encontros de Agosto ganha enfoque internacional e vai promover intercâmbio entre artistas do Ceará e da cidade portuguesa de Braga. Lá, o evento Encontros da Imagem é realizado há 26 anos e uma parte desta produção poderá ser conferida por aqui. Norteado pelo tema “Memória e Produção de Conhecimento”, a curadoria do Encontros de Agosto foi formada pela diretora do Encontros da Imagem, a portuguesa Ângela Ferreira; Fernando Jorge, diretor presidente do Instituto da Fotografia (IFoto); e Silas de Paula, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFC.
Segundo Patrícia Veloso, coordenadora geral da mostra local, a fotografia cearense vem amadurecendo e um dos destaques do festival será a reflexão sobre novas formas de expressão de uma pesquisa autoral. Um destes momentos será a “leitura de portfólios”, onde Ângela Ferreira e os fotógrafos convidados Rui Prata e Martim Ramos ficarão à disposição dos artistas locais para análise dos trabalhos com perspectiva da construção de obra fotográfica. Serão ofertadas 20 vagas e as inscrições podem ser feitas no site do festival.
Efervescência
“Este é um momento muito nobre onde o autor se coloca para a análise com o objetivo de construção de um corpo coerente de trabalho. Muitas vezes o artista é um excelente fotógrafo, mas tem dificuldade de encontrar narrativa”, avalia Ângela. O cearense Igor Graziano compartilha do pensamento e reconhece que foi na mostra que percebeu a possibilidade de sua transformação como fotógrafo autoral. 
Igor ressalta, ainda, que o Encontros de Agosto não é uma iniciativa isolada, mas resultado de “uma efervescência cultural na área”. “Hoje você tem a Feira da Fotografia, a Travessa da Imagem como a primeira escola de fotografia do Ceará, o Fórum da Fotografia, o iFoto”, defende Graziano, que percebe um crescimento da rede e do corporativismo fotográfico em Fortaleza. “As pessoas estão percebendo que é muito melhor fazer junto do que separado”.
SERVIÇO
Encontros de Agosto 2013 - Memória e Produção do Conhecimento
Quando: Hoje, a partir de 18h30, com palestras de Rui Prata e Martim Ramos
Onde: Museu da Cultura Cearense do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (Rua Dragão do Mar, 81 - Praia de Iracema).
Entrada franca.
Outras info.: 3261 0525 e www.encontrosdeagosto.net

Fotógrafos participantes
- Foram 36 autores cearenses selecionados. Entre eles, Bruno Macedo, Celso Oliveira, Chico Gomes, Deivyson Teixeira, Iana Soares, Igor de Melo, Igor Grazianno, Tatiana Fortes, Thiago Gaspar, Tiago Lopes, Titus Riedl.
- Seis fotógrafos portugueses e um coletivo apresentam reflexão sobre a memória na exposição Contra o esquecimento. A mostra é composta por trabalhos de Nelson D'Aires, Tito Mouraz, Carla Cabanas, Ana Janeiro, Jordi Burch, Martim Ramos e o coletivo KameraPhoto.
Fonte: O Povo Online

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Projeto mapeia imagem do índio na história da fotografia brasileira

Trabalho resultou em site com fotos de indígenas desde o século XIX. Na primeira etapa da pesquisa foram entrevistados 11 fotógrafos.


Um trabalho desenvolvido ao longo de 2013 se propôs a traçar um panorama visual sobre a construção da imagem do índio ao longo da história da fotografia brasileira. Segundo a apresentação do projeto do fotógrafo Leonardo Wen, "o ponto de partida deste estudo remonta a 1844, quando o francês E.Thiesson produziu as primeiras fotografias de índios brasileiros que se tem notícia, e engloba até os fotodocumentaristas mais contemporâneos".
Os nomes escolhidos para compor a lista de fotógrafos do site O Índio na fotografia brasileira foram definidos após pesquisa bibliográfica em arquivos públicos e privados, tanto do Brasil como do exterior, especialmente no que se refere às fotografias produzidas nos séculos XIX e começo do XX. Já as imagens feitas nos anos 1970 em diante foram, em quase todos os casos, cedidas pelos próprios fotógrafos que, salvo raras exceções, guardam consigo seu acervo de originais.
Apesar de estarem listados nomes importantes da fotografia o autor deixa claro que nem todos os fotógrafos que já trabalharam com a questão indígena foram incluídos nesta etapa do trabalho. "A intenção deste projeto é apresentar para o público em geral esta história visual – suas principais vertentes, obras e autores. Por outro lado, espera-se que o conteúdo disponibilizado também sirva como fonte de informação para o público mais especializado", esclarece o texto de apresentação do site.
NÃO REUTILIZAR ESTA IMAGEM Types d’Indiens Botocudos, c.1875 Bahia (Foto: Marc Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles )
Types d’Indiens Botocudos, c.1875 Bahia (Foto: Marc Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles )
NÃO REUTILIZAR ESTA IMAGEM Cenas do dia-a-dia, c.1975 Parque Indígena do Xingu, MT (Foto: Maureen Bisilliat/Acervo Instituto Moreira Salles)
Cenas do dia-a-dia, c.1975 Parque Indígena do Xingu, MT (Foto: Maureen Bisilliat/Acervo Instituto Moreira Salles)Fonte: G1 Natureza

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Violinista Rachel Barton encerra temporada de concertos da Ospa

Apresentação ocorre às 20h30min no Salão de Atos da Ufrgs

Rachel Barton Pine e o maestro uruguaio Nicolás Pasquet encerram temporada da Ospa, às 20h30min<br /><b>Crédito: </b> Andre Weccles / Divulgação / CP
Rachel Barton Pine e o maestro uruguaio Nicolás Pasquet encerram temporada da Ospa, às 20h30min 
Crédito: Andre Weccles / Divulgação / CP
A violinista norte-americana Rachel Barton Pine e o maestro uruguaio Nicolás Pasquet são os convidados para a última exibição do ano da Série de Concertos Oficiais da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, nesta terça-feira, às 20h30min, no Salão de Atos da Ufrgs (Paulo Gama, 110), em Porto Alegre. Na programação estão a virtuosística “Fantasia Carmen”, do espanhol Pablo de Sarasate (1844-1908), e “Morte e Transfiguração”, de Richard Strauss (1864-1949), um poema sinfônico, gênero que o compositor aperfeiçoou e através do qual buscou ilustrar musicalmente temas, ideias ou relatos. O espetáculo presta homenagem aos 79 anos da Ufrgs e os ingressos estão à venda no local.

Rachel Barton, que estuda violino desde os três anos de idade, tem tocado com orquestras importantes, colaborado com alguns dos artistas mais destacados do mundo e construído prolífica discografia. Trabalha também para transformar a arte musical na Fundação Rachel Elizabeth Barton. Fã de rock, participa de uma banda de trash metal, na qual combina as tradições de concerto com rock.

O maestro Pasquet é professor de regência orquestral na Escola Superior de Música Franz Liszt, em Weimar, e diretor musical da Orquestra Sinfônica Juvenil de Hesse, na Alemanha, além de dirigir a recentemente fundada Orquestra de Câmara Jovem do Sudeste Asiático, na Tailândia.

Fonte: Correio do Povo

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Sexo e prazer, no Museu Britânico

Liberdade. Arte mostra como sexo era visto sem hipocrisia.
Maria Ignez Barbosa - especial para o Estado
No tradicional e sisudo British Museum, com acompanhamento paterno sugerido para menores de 16 anos, o que provocou um artigo na imprensa intitulado Shunga Bunga, a exposição Shunga, Sexo e Prazer na Arte Japonesa encanta e surpreende. Apesar de ousada - nada sobra para a imaginação -, não sugere pornografia, mas apenas deleite, ternura e fantasia. E mostra arte de extremo requinte e qualidade.
As 170 obras expostas, entre pinturas, desenhos, gravuras, scrolls, objetos e livros belamente ilustrados, produzidas no Japão entre 1600 e 1900, durante o período Edo, quando o país esteve fechado para o mundo exterior, são conhecidas como Shunga, arte primaveril ou de travesseiro e, muitas delas, apesar do cunho popular que tinham à época, são assinadas por mestres da arte japonesa hoje consagrados como Kitagawa Utamaro e Katsushika Hokusai.
Shunga, uma forma de arte bem humorada e sem culpa que expressa e também ensina sobre o sexo e o prazer através de um desenho erótico e sensual produzido em grande quantidade (os livros faziam parte do enxoval das noivas), é um fenômeno raro na cultura pré-moderna do mundo. Sua popularidade no Japão era tanta que atravessou incólume o período confucionista que pregava a contenção e o dever e que promulgou duras leis sobre o adultério.
Teria sido de certo modo uma arte underground do Japão dos samurais, apesar de muitas pinturas luxuosas terem sido encomendadas por membros da classe dominante aos artistas da escola Kano. Havia nas obras, além da fantasia (os órgãos genitais aparecem sempre superdimensionados), também humor e zombaria. Nelas, nenhum vestígio de violência ou crueldade.
Em um dos livros para mulheres, zomba-se das regras convencionais de obediência aos sogros e se advoga o sexo como fundamental para um casamento feliz. A sexualidade da mulher era naturalmente reconhecida e, mesmo o sexo entre mulheres ou homens, era aceito em muitos grupos sociais. Numa gravura de Hokusai, O Sonho da Mulher do Pescador, dois polvos com gigantescos tentáculos fazem amor com a personagem que mantém o rosto estático. Na série Ilustrações Eróticas para os Doze Meses, de 1788, criadas por Katsukawa Shuncho, marido e mulher se deleitam na janela em pleno verão sob os uivos de um cuco.
O declínio da produção Shunga só aconteceu no final do século 19 quando o Japão foi confrontado com a moral puritana que impunha a total separação entre arte e pornografia e com as inibições sexuais do cristianismo e do islamismo. Um tempo em que o sexo passou a ser visto pelas religiões como vergonhoso e confinado à cama conjugal. Pois nada disso, como se pode ver nas obras expostas e que tudo expõe apesar das profusas vestimentas dos personagens, acontecia no Japão pré-moderno onde, sem hipocrisia, o sexo era praticado sem censura e discutido entre amigos.
Embora guardada em prateleiras, no século 19, a arte Shunga já fascinava europeus e americanos por seus traços e elementos de fantasia. Rodin se tornou dela um grande admirador, assim como os artistas Toulouse-Lautrec, Picasso, Aubrey Birdsley e John Singer Sargent, que deixaram não apenas que sua própria arte fosse influenciada por esse tipo de traçado fantasioso e desinibido, como se tornaram colecionadores dessas gravuras e pinturas japonesas.
No século 20, a Shunga desapareceu totalmente da memória popular em seu país de origem. Censurada, virou tabu.
O Museu Britânico, que abriga a exposição até 5 de janeiro de 2014 com exemplares Shunga de coleções japonesas, europeias e americanas, pode se gabar de ter comprado as suas primeiras e preciosas gravuras Shunga bem antes de qualquer outro museu, em 1865, do colecionador inglês George Witt, e por ter hoje a maior coleção de Shunga fora do Japão. E também por ter conseguido, apesar dos cuidados em evitar qualquer tipo de escândalo em torno da atual mostra que naturalmente atrai milhares de visitantes, ao ponto de ter convidado uma velha senhora de 80 anos para inaugurá-la, que essa arte japonesa na qual homens e mulheres são vistos como sexualmente livres, iguais e sem preconceitos, ganhasse respeitabilidade no ocidente.
Foto: Divulgação
Fonte: O Estadão


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Museu de História e Arte Sacra Retrata Círio da Conceição


Acervo tem peças religiosas em exposição.
Fluxo de visitantes aumenta durante festividade.

Do G1 Santarém
Berlinda com imagem de Nossa Senhora, rodeada pela corda. (Foto: Kedma Araújo/G1)Berlinda com imagem de Nossa Senhora, rodeada pela corda. (Foto: Kedma Araújo/G1)
Os católicos vivem um momento de festa, em Santarém, oeste do Pará. Com a chegada do Círio de Nossa Senhora da Conceição, a cidade recebe muitos turistas. Dentre as diversas opções para passeio, o Museu de História e Arte Sacra é um atrativo para quem se interessa em conhecer um pouco da festividade em homenagem a padroeira dos santarenos.
O museu funciona ao lado da catedral e tem um acervo com importantes relíquias históricas e religiosas em exposição. De acordo com o gerente do museu, Werner Amazonas, atualmente, o acervo possui aproximadamente 1000 peças. Imagens, móveis, terços, mantos, quadros, ex-votos são algumas das peças em exposição. As peças relacionadas ao Círio são as que chamam mais atenção dos visitantes.
No setor dedicado ao Círio de Nossa Senhora da Conceição, se encontra uma berlinda original, acompanhada da imagem da santa que também já foi utilizada no Círio. Ao redor da berlinda, está parte da corda original de 2009, com o objetivo de retratar a manifestação de fé. “Essa berlinda saía na década de 1970 e parou de sair no início da década de 1980. Ela foi doada para o Círio, pelos funcionários da Sudam, ela é em madeira. A imagem foi utilizada na década 1940 e muitos visitantes não acreditam que ela é de madeira”, conta o gerente.
O acervo dedicado ao Círio também conta com os ex-votos, que são promessas que já foram feitas, retratando a manifestação de fé dos devotos no Círio, através de objetos que representam um pedido de cura ou uma graça alcançada. “São mãos e pés que foram sarados, por exemplo. Os ex-votos que vem para o museu, são os que já receberam a benção do padre. Os devotos não trazem para o museu. Eles deixam no altar da Matriz, próximo a imagem de Nossa Senhora. Depois da benção do padre, é recolhido e eu vou lá e escolho alguns para fazer parte do acervo. Eu não descarto nada. É fé, é uma coisa tão importante para a pessoa que eu não posso descartar”, ressalta Amazonas.
Maquete em gesso com cimento, que reproduz a Igreja Matriz. O ex-voto foi carregado na cabeça, por uma senhora, durante todo o percurso do Círio (Foto: Kedma Araújo/G1)Maquete em gesso com cimento, que reproduz a Igreja Matriz. O ex-voto foi carregado na cabeça, por uma senhora, durante todo o percurso do Círio (Foto: Kedma Araújo/G1)
Para o gerente do museu, a exposição dos objetos é uma forma de homenagear as pessoas que participam da romaria. “O museu traz um retorno social e cultural, traz informação, pesquisa, educação”.
Os mantos de Nossa Senhora da Conceição utilizados em 2006 e 2008, estão expostos no local. Uma coleção de 13 quadros do artista plástico Egon Pacheco, que retrata o percurso do Círio, também estão em exposição permanente. Eles foram feitos para uma exposição em comemoração ao Dia Internacional dos Museus de 2006, que é dia 18 de maio.
De acordo com Amazonas, o fluxo maior de visitantes sempre foi de estudantes, que vem visitar através das escolas. Mas no período do Círio tem um aumento no movimento, devido o número de turistas na cidade.
O museu foi inaugurado em 22 de junho de 2003 e está aberto à visitação pública. O horário de funcionamento é de 8h até 11h30, de terça a sábado. “Mas esse horário pode ser negociado, por exemplo, às vezes uma turma grande que quer vir, ai agenda o horário. A entrada é uma taxa de colaboração de R$3 por pessoa. A visita é guiada, mas tem pessoas que querem só observar, que entram com tempo curto e querem só olhar rapidinho, tem outras que entram para pagar promessa, tem grupo que entra para fazer relatório, pesquisa”, explica o gerente.
Fonte G1

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Mostra de cinema alemão chega a Porto Alegre

Dez longas e seis curtas serão exibidos até dia 28 de novembro

Filme ´A Garota das Nove Perucas´integra a programção do Panorama Alemão<br /><b>Crédito: </b> Jürgen Olzcyk / Divulgação / CP
Filme ´A Garota das Nove Perucas´integra a programação do Panorama Alemão 
Crédito: Jürgen Olzcyk / Divulgação / CP
Amostra Panorama Alemão 2013 será realizada em quatro capitais brasileiras, entre elas Porto Alegre. A exibição de filmes começa nesta quinta-feira e vai até o dia 28 de novembro, no Espaço Itaú de Cinema (no shopping Bourbon Country). O evento, produzido pela German Films, centro de promoção de filmes alemães em todo o mundo, contará com a presença de cineastas e atores cujas películas compõem a programação. A mostra Panorama Alemão faz parte do cronograma de atividades oficial do Ano Alemanha/Brasil. Serão dez longas e seis curtas, premiados em diversos festivais ao redor do mundo. “Duas Vidas”, de Georg Maas; “Saída Marrakech”, de Caroline Link; “Houston”, de Bastian Günther; e “A Garota das Nove Perucas”, de Marc Rothemund, vão abrir o festival, respectivamente, em Salvador, Brasília, Fortaleza e Porto Alegre. 

“Duas Vidas”, que aborda os dilemas de uma mulher fruto de um relacionamento durante a II Guerra Mundial, é o indicado oficial da Alemanha para concorrer ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2014. O documentário “Não Me Esqueça”, de David Sieveking, retrata os cuidados domésticos prestados a uma pessoa acometida pelo Mal de Alzheimer.  O filme “A Garota das Nove Perucas” traz a história de Sophie, que logo após entrar na faculdade é diagnosticada com um câncer. Nove perucas torna-se, então, o seu elixir de vida.  Completam a seleção de longas “Mar Silencioso”, “Finsterworld”, “Verão Lá Fora”, “Nada de Mau Pode Acontecer” e “Queda Livre”.


Fonte: Correio do Povo

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Notas do IPMS




Integrante do IPMS, Maristela Bleggi Tomasini, esteve domingo em evento da 59ª Feira do Livro de Porto Alegre, participando do lançamento de MEMÓRIA SOCIAL: QUESTÕES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS como autora de um dos capítulos da obra.

Ospa recebe Alexandre Dossin em concerto em Porto Alegre

Pianista se apresnta a partir das 20h30min no Salão de Atos da Ufrgs

Alexandre Dossin é o convidado do concerto da Ospa, nesta terça-feira<br /><b>Crédito: </b> Jack Liu / Divulgação / CP
Alexandre Dossin é o convidado do concerto da Ospa, nesta terça-feira 
Crédito: Jack Liu / Divulgação / CP
A Ospa recebe para seu concerto desta terça-feira, às 20h30min, o pianista Alexandre Dossin, no Salão de Atos da Ufrgs (Paulo Gama, 110), desta vez sob regência do paulista Roberto Tibiriçá. O concertista de brilhante carreira internacional e professor titular de piano na Universidade de Oregon, nos EUA, executará o “Concerto para Piano nº 3”, de Sergei Prokofiev. 

Antes da sua participação, será promovida a estreia mundial de “Samba nº 2 para Orquestra”, do brasiliense Ricardo Castro, um dos vencedores do Concurso Ospa para Jovens Compositores, em uma homenagem aos choros de Villa-Lobos. A noite será encerrada com “Sinfonia nº 36”, de Wolfgang Amadeus Mozart, a obra foi escrita em 1783, poucos anos depois do compositor romper seu vínculo com a corte.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Estatuto dos Museus será discutido com Marta Suplicy

A Ministra da Cultura, Marta Suplicy, deverá receber ainda esse mês uma comissão de colecionadores, galeristas, museólogos e leiloeiros para discutir decreto que regulamentou, no último dia 18, o Estatuto dos Museus. A audiência com a ministra foi solicitada pela Associação Brasileira de Arte Contemporânea (Abact), que representa mais de 40 galerias de arte em seis Estados, congregando mais de mil artistas.
Pelo decreto do Estatuto dos Museus, qualquer obra de arte, privada ou pública, pode hoje ser declarada de interesse público pelo Estado, passando a ser monitorada. Não pode, a partir daí, ser vendida, leiloada, emprestada ou sair do País sem prévia autorização do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).
Proprietários de obras de arte teriam uma reunião ontem, 6, em São Paulo, organizada pela galerista Luisa Strina, mas a marchand cancelou o encontro, dizendo-se incomodada com o assédio da imprensa. A reunião será em nova data, não divulgada pelos organizadores.
Os colecionadores de arte querem que o Estado brasileiro reveja o decreto, mas há pouca receptividade do lado do governo. O Ibram salienta que o decreto é um instrumento fundamental de salvaguardar peças icônicas da arte brasileira, para que a história da arte nacional não se perca. Na ocasião da regulamentação, o Ministério da Cultura ressaltou a importância da declaração de interesse público.
"Trata-se de um novo instrumento de acautelamento e proteção, que concomitantemente aos já elencados pela Constituição Federal, em seu artigo 216, terá a função de preservar, valorizar e tornar acessíveis à sociedade bens culturais musealizados e passíveis de musealização que representam um valor cultural de destacada importância para o país, respeitada a diversidade cultural, regional, étnica e linguística."
Dentre os principais pontos, está também o registro de museus. O registro será obrigatório e tem por objetivo, segundo o MinC, "estimular a formalização das dinâmicas de criação, fusão incorporação, cisão ou extinção das instituições museológicas dos mais de 3,3 mil museus brasileiros", criando condições para a reavaliação de políticas públicas para a área dos museus.
O decreto desagradou também grandes colecionadores que atuam em fundações privadas. Alguns discutem com juristas e especialistas o assunto. Eles se dizem surpreendidos com o texto, que o governo diz ter debatido durante os últimos 4 anos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Museus apostam na nudez para atrair público

Nas últimas semanas, o programa cultural mais popular da capital francesa tem sido uma exposição no Museu d'Orsay que confronta os espectadores com imagens de um homem nu sobre uma laje fria numa morgue e do rapper Eminem nu a segurar um foguete diante do sexo.

Museus apostam na nudez para atrair públicoAs multidões estão a acudir, mais de 4.500 pessoas por dia em média, o triplo de uma exposição na mesma época no ano passado, segundo números do museu.
A exposição - que inclui obras de Picasso e Edvard Munch, assim como nus mais contemporâneos de David Hockney, Andy Warhol e Robert Mapplethorpe -, provocou um amplo leque de reacções dentro e fora da França.
«Uma exposição confusa», avaliou o jornal francês Le Monde, «despida de qualquer reflexão histórica». A revista de beleza feminina Marie Claire declarou-a o «evento mais quente» do Outono.
O Museu Jacquemart-André também está a provocar os viajantes de comboio em Paris com cartazes de um nu feminino nebuloso, rotulado «desejo». Ele apresenta uma exposição de pinturas inglesas intitulada «Desejo e Prazer na Era Vitoriana».
Do outro lado do canal, o Museu Britânico organizou uma exposição inédita de shunga japonesas do século XVII, antes proibidas: xilografias eróticas de homens e mulheres a copular.
A exposição, «Shunga: Sexo e Prazer na Arte Japonesa», adverte os visitantes: «Aconselha-se orientação parental».
Durante anos, os objectos ficaram escondidos num armário secreto de artigos provocantes, mas hoje o Museu Britânico considera-os tão rentáveis que criou uma linha de mercadorias «shunga»: creme para as mãos Kabuki, velas de soja e brilho para lábios de chá verde. As exposições tiveram ingressos esgotados no primeiro fim-de-semana de Outubro.
O Museu d'Orsay, como outras instituições culturais com subsídios estatais cada vez menores, quis expandir a sua base para pessoas mais jovens e visitantes além de Paris com exposições mais arriscadas. Além dos cartazes no metro, o museu contratou um director para criar vídeos.
A direcção do museu ficou surpresa quando soube que o seu vídeo promocional da exposição tinha-se tornado tabu para alguns espectadores a milhares de quilómetros de distância. O YouTube colocou o equivalente a uma proibição para 18 anos, e os espectadores menores que tentaram vê-lo através das suas contas no Google não tiveram acesso.
Gareth Evans, porta-voz do YouTube, escreveu num e-mail: «Temos de obter um equilíbrio delicado com os espectadores mais jovens para que eles não consigam aceder a vídeos que possam ser inadequados».
Mais tarde, o YouTube abrandou a sua posição e tornou o vídeo, que atraiu mais de 110 mil visitas, acessível a todos. (Ele inclui uma mensagem sobre imagens potencialmente ofensivas.)
Quanto à exposição em si, «o nosso objectivo não é provocar, ser militante ou gerar um escândalo», disse Amélie Hardivillier, porta-voz do Museu d'Orsay. «Temos de procurar pessoas de maneiras diferentes e começamos com 'Masculin/Masculin'. É uma exposição arriscada.»

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Coleção de arte nazista contém obras-primas até então desconhecidas

Obras descobertas do artista Otto Dix (Reuters)
Autoridades alemãs foram criticadas pela demora em revelar a descoberta


Obras até então desconhecidas de grandes pintores estão entre as cerca de 1,4 mil peças encontradas em uma valiosa coleção de arte que havia sido confiscada pelos nazistas, anunciaram autoridades alemãs.
A coleção foi encontrada em Munique, em 2012, durante uma investigação de evasão fiscal por parte de autoridades alemãs. Mas o caso só veio a público agora em uma reportagem na revista alemã Focus.
Um curador que está analisando a coleção - com quadros que se supõe terem sido confiscada de instituições e colecionadores judeus durante o nazismo - disse à BBC que o catálogo inclui obras que se pensava que estavam destruídas e outras cuja existência era desconhecida.
Entre elas estão quadros não registrados de artistas como Marc Chagall, Otto Dix, Max Liebermann e Henri Matisse.
Há também obras de Pablo Picasso, Henri de Toulouse-Lautrec e Gustave Courbet.
Com base nisso, historiadores da arte de todo o mundo estão preparando adendos a biografias de diversos artistas modernistas.
Por sua vez, promotores afirmam que ainda estão tentando identificar a quem as obras pertenciam originalmente.

Segredos

O editor de artes da BBC, Will Gompertz, ressalta, porém, que há frustração no meio artístico com a falta de informações fornecidas pelas autoridades alemãs a respeito da coleção - dos cerca de 1,4 mil quadros encontrados, só foram dados detalhes de dois deles.
O caso todo está envolto em sigilo. O catálogo inteiro não será postado online, e pessoas que achem que suas famílias podem ser as donas originais das obras devem tomar a iniciativa de buscar as autoridades.
Questionada em entrevista coletiva o porquê da demora em trazer o assunto a público, a Promotoria alemã afirmou que teria sido "contraproducente" divulgar o caso e que mantém informações em segredo por motivos "práticos e legais".
Investigadores dizem ter "provas concretas" de que ao menos parte da coleção fora tomada pelos nazistas de seus donos originais ou foram consideradas "degeneradas" pelo regime.
Reinhard Nemetz, chefe da Promotoria de Augsburg, disse que a coleção - com 121 quadros emoldurados e outros 1.258 sem moldura - foi encontrada no apartamento de um homem chamado Cornelius Gurlitt, investigado por evasão fiscal.
Segundo a Focus, Gurlitt é filho de um colecionador de arte que teria sido recrutado pelos nazistas para vender obras confiscadas no exterior. Depois da Segunda Guerra Mundial, o colecionador alegou que sua coleção fora destruída durante um bombardeio.
Um conhecido dele disse que Gurlitt herdou a coleção após a morte de sua mãe, ainda que aparentemente não a tenha declarado. Ele teria se tornado um recluso mercador de arte em Munique, que vendia os quadros quando precisava de dinheiro. Seu paradeiro é desconhecido e não se sabe ainda se ele sequer cometeu algum crime.
O que se sabe é que estava em posse de uma coleção estimada em 1 bilhão de euros (mais de R$ 3 bilhões).

'Qualidade excepcional'

Representantes de associações judaicas questionaram a demora da Alemanha em revelar a coleção e fizeram um apelo para que ela seja devolvida a seus donos originais - alegando que coleções privadas de arte do Terceiro Reich eram em sua maioria de posse de judeus.
Mas alguns leiloeiros argumentaram que pelo menos parte da coleção recém-descoberta foi comprada pelo pai de Gurlitt por preços irrisórios, em 1938, de uma outra coleção, de obras em posse do governo.
O especialista em arte Meike Hoffmann disse que algumas das obras da coleção estão sujas, mas não danificadas.
"Os quadros são de qualidade excepcional e têm valor muito especial para especialistas", diz ele. "Muitos sequer eram conhecidos até agora."
Fonte: BBC Brasil