quarta-feira, 11 de junho de 2014

Exposição rotativa no Banco Central mostra Coleção de Arte do Museu de Valores



Da Agência Brasil 
Edição: Denise Griesinger

A exposição A Persistência da Memória na Galeria de Arte do Museu de Valores do Banco Central está aberta para o público. A mostra fará uma alternância a cada quatro meses da Coleção de Arte do Museu de Valores para que a totalidade das obras seja exposta ao público ao longo de dois anos.

A galeria fica aberta para o público de terça a sexta-feira, das 10h às 18h. A galeria também abrirá dois sábados do mês de junho, nos dias 14 e 21, das 14h às 18h. A partir de agosto, a galeria abrirá no primeiro sábado do mês, das 14h às 18h.

Além das salas Cenas Brasileiras e Bandeira do Brasil, simbolizando os dois principais períodos de aquisição do acervo, grande parte das obras será exibida em um ambiente de reserva técnica, o espaço físico destinado ao armazenamento seguro do acervo quando as peças não estão em exibição.

A mostra será dividida em seis módulos curatoriais – O Brasil Brasileiro, Entre a Figuração e a Abstração, O Poder da Arte, Anos Rebeldes, Da Multiplicidade de Formas e Conceitos e A Persistência da Memória. Os módulos abordarão diferentes pontos da coleção, narrando as influências do cenário político, econômico e cultural do século 20 nas obras de arte.

O Brasil Brasileiro - módulo que abre a exposição, apresenta um panorama das artes no Brasil entre a Semana de Arte Moderna de 1922 e a crise econômica de 1929 e trata da missão dos artistas da época de criar uma arte essencialmente brasileira e estabelecer uma identidade nacional. Entre as principais obras do módulo estão Composição, Bandeira do Brasil, de Alfredo Volpi; Samba, de Candido Portinari; Cena de rua com mulher, de Emiliano Di Cavalcanti; Galo, de Aldemir Martins; Nordeste, de Antônio Bandeira; Festa Caipira, de Fulvio Pennacchi; Trabalhadores, de Tarsila do Amaral, a escultura Cavalo Ferido, de Vasco Prado, e O Macaco, de Vicente do Rêgo Monteiro.

Entre a Figuração e a Abstração, o segundo módulo da mostra, apresentará as variantes da abstração no Brasil e sua tensa relação com o figurativismo, acirrada a partir dos anos 1950. Para ilustrar essa etapa estarão obras dos artistas Vicente do Rêgo Monteiro, Milton Dacosta, Aldo Bonadei, Alfredo Volpi, Babinski, entre outros.

O terceiro módulo, O Poder da Arte, tratará do panorama das artes no Brasil entre os anos 1950 e o período do milagre econômico, apresentado sob a ótica das instituições de arte que se estabeleceram nesse período. O foco será na história da Galeria Collectio, cuja coleção viria a compor a maioria do acervo de arte do Banco Central. Os artistas que participam desse módulo são Tarsila do Amaral, Guilherme de Faria, Babinski, Tuneu, Alfredo Volpi, Candido Portinari, entre outros.

O quarto módulo, Anos Rebeldes, apresentará o panorama politico, econômico e cultural dos anos 1970, englobando a crise do petróleo, os movimentos de contracultura, a guerra do Vietnã, o final do milagre econômico, o tropicalismo, a crise bancária e a relação com a recepção de obras de arte pelo Banco Central. Entre os artistas, estarão Aldemir Martins, Guilherme de Faria, Ivan Freitas, Babinski e Grassmann.

Da Multiplicidade de Formas e Conceitos apresentará a nova configuração global a partir dos anos 1980, com a queda do muro de Berlim, a redemocratização nos países da América Latina, o Fundo Monetário Internacional e o neoliberalismo. O foco das obras estará nas 25 serigrafias da coleção Ecoarte, lançada por ocasião da Rio 92, em diálogo com obras modernistas do acervo.

O módulo A Persistência da Memória fecha a exposição trazendo os fundamentos do movimento surrealista, identificando o surreal e o onírico na coleção e fazendo uma comparação entre o surrealismo no mundo e no Brasil. Obras dos artistas Salvador Dalí, Ismael Nery, Emiliano Di Cavalcanti, Cicero Dias e Vasco Prado farão parte do módulo.

Fonte: EBC

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