sábado, 2 de agosto de 2014

Exposição "A Paisagem como Vestígio" chega a Porto Alegre

Mostra começa neste sábado, a partir das 20h, com curadoria de Ana Zavadil, na Arte&Fato

Um dos acrílicos sobre tela de Bianca Santini<br /><b>Crédito: </b> Letícia Lau / Divulgação / CP
Um dos acrílicos sobre tela de Bianca Santini 
Crédito: Letícia Lau / Divulgação / CP
Pinturas em grandes dimensões é o que Bianca Santini mostra, a partir deste sábado, na Arte&Fato galeria, com a exposição “A Paisagem como Vestígio” (avenida Protásio Alves, 1893, bairro Petrópolis). O conjunto da produção poética de Bianca Santini é formado por uma série de trabalhos que envolvem a relação entre percepção e imaginação a partir da representação fragmentada da paisagem. O processo criativo acontece por dois caminhos: o primeiro por meio de fotografias de árvores que compõem a paisagem; o segundo é o registro das árvores sobre a tela a partir da sua memória.

O começo do trabalho é feito com a tela no chão, em que os gestos são soltos e fluem por meio da tinta. Em sua obra estão mescladas experiências reais e fictícias como marco inicial do trabalho, porque o pretexto para a sua criação parte de um objeto real. Segundo Ana Zavadil, “o equilíbrio se dá entre a pintura como vestígio do gesto e a imagem representada, em que as duas passam a ter a mesma potência estética”. 

E a curadora aponta ainda que, nesta série de trabalhos, as diferenças e multiplicidades do espaço e do tempo se tornam substância de sua pintura, “onde o tempo se fragmenta em outros tempos: o da imaginação, o do conhecimento técnico, o da verdade da obra e o da percepção. As camadas de tinta acrílica se acumulam criando um corpo consistente gerado do ato de fazer e refazer e onde a imagem principal pode até desaparecer para reaparecer em outro tempo pictórico”. Existe, também, um contraste por meio do preto e do branco que “transborda e verte nos espaços pictóricos trazendo uma sensação de busca inquietante”. Para Bianca Santini as suas pinturas são como janelas “por onde se pode ver através”.

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