quarta-feira, 5 de março de 2014

Porto Alegre recebe ciclo de cinema em homenagem a "Truffaut"

Sessões gratuitas vão até abril na Sala Redenção da Ufrgs

Atalante será um dos filmes da mostra dedicada a François Truffaut <br /><b>Crédito: </b> CP Memória
Atalante será um dos filmes da mostra dedicada a François Truffaut 
Crédito: CP Memória
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) dá início à celebração de seus 80 anos com o ciclo de cinema “François Truffaut: os Filmes de uma Vida”, exibindo 39 títulos dos diretores fundamentais na formação do cineasta que revolucionou o cinema francês na década de 1960, com o movimento Nouvelle Vague. Nesta quinta-feira a Sala Redenção começará as exibições gratuitas, em duas sessões (16h e 19h), no Campus Central (Paulo Gama, 110), que seguirão até o final de abril.

A escolha foi a partir do livro “Os Filmes de Minha Vida”, em que Truffaut tece considerações a respeito destes nomes que o influenciaram, dividindo-os em quatro categorias: os que iniciaram a carreira no cinema mudo e continuaram no falado; os americanos e os franceses; alguns outsiders e seus companheiros da Nouvelle Vague. A programação contempla parte do primeiro capítulo, dedicado aos diretores que sobreviveram ao cinema mudo. No programa, “O Atalante”, de Jean Vigo; “Napoleão”, de Abel Gance; “A Regra do Jogo”, de Jean Renoir; 'O Martírio de Joana D'arc”, de Carl Dreyer; e “Ladrão de Alcova”, de Ernst Lubitsch. Em outubro, quando se completam 30 anos da morte do diretor, a Sala Redenção promoverá uma mostra com sua filmografia completa.

Já o Cinebancários (General Câmara, 424) elaborou uma agenda especial para o Dia da Mulher, totalmente gratuita, neste sábado. Serão exibidos três longas franceses inéditos que destacam a figura feminina de forma impactante. Às 15h, o documentário “A Morte do Jovem Aviador” (1993), de Benoit Jacquot, conta a história de um aviador britânico do qual Marguerite Duras descobriu a sepultura, nas proximidades de Deauville. Do mesmo diretor, “Escrever” (1993), às 17h, é a continuação da experiência iniciada com o trabalho anterior, em que a escritora debate com o cineasta sobre a relação com o processo de escrita, a solidão e a casa onde ela escreveu “O Vice-cônsul” e “O Arrebatamento de Lol V. Stein”. Finalmente às 19h terá vez o drama “Sobre a Tábua” (2011), de Leila Kilani, sobre quatro mulheres de 20 anos que trabalham de dia para sobreviver e vivem a noite de Tanger (Marrocos). Elas se repartem em duas castas: as textiles e as crevettes, tendo em comum o enfrentamento à carência e a vontade de sair deste lugar, onde tempo, espaço e sono são raros.

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