terça-feira, 13 de agosto de 2013

Betse de Paula revela Sebastião Salgado em Gramado

Documentário apresenta a trajetória de um dos maiores fotógrafos do mundo

Betse de Paula e equipe conversam com imprensa sobre o filme Revelando Sebastião Salgado<br /><b>Crédito: </b> Edison Vara / PressPhoto / CP
Betse de Paula e equipe conversam com imprensa sobre o filme Revelando Sebastião Salgado 
Crédito: Edison Vara / PressPhoto / CP
No início da tarde desta terça, a diretora Betse de Paula e sua equipe participaram de uma coletiva de imprensa sobre o filme “Revelando Sebastião Salgado”, documentário apresentado na noite de segunda no Festival de Cinema de Gramado e que compete entre os longas metragens brasileiros. Inspirada pela proximidade de sua família com um dos maiores fotógrafos do mundo, Betse contou com a parceria do filho do fotógrafo, Juliano Salgado, na elaboração do roteiro do filme.

Durante a conversa com os jornalistas, Betse contou sobre os três dias em que gravou na casa de Sebastião Salgado, em Paris. “O Tião conta muita bem as histórias e por isso temos muito material gravado apesar do pouco tempo. Foi difícil o trabalho decidir o que ficaria de fora”, confessa a diretora. Nos 75 minutos de filme, são revelados aspectos até então desconhecidos da trajetória do mineiro que decidiu se dedicar à fotografia quando foi estudar na Europa acompanhado da esposa – e parceira de trabalho até hoje – Lélia Wanick, na década de 1970.

Entre as revelações, Sebastião Salgado conta de experiências como o atentado ao então presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, em 1981, e do seu processo de transição entre a fotografia analógica e as ferramentas digitais. Em pouco tempo de filme, já é possível perceber características pessoais de Salgado que refletem diretamente no seu trabalho. Uma delas é a mania pela organização. Desde os quadros da parede do apartamento onde vive, que são alinhados com o auxílio de um nivelador, até as gavetas onde guarda os antigos negativos dos filmes devidamente datados e catalogados, Sebastião Salgado dá mostras de que a formação como mestre em Economia influencia no seu dia a dia até hoje.

Entre fotografias em preto e branco, marca do trabalho de Salgado, em diferentes locais do mundo, o documentário apresenta, ainda, a relação do fotógrafo com o filho Rodrigo, que tem Síndrome de Down e do papel social que ele percebe nos registrados que faz por trás das lentes. 

Fonte: Marcos Santuario / Correio do Povo

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