Ópera fica em cartaz até 4 de agosto em Porto Alegre
A ópera “Orfeu”, escrita por Cláudio Monteverdi e Alessandro Striggio em 1607, será encenada por alunos e professores do Instituto de Artes da Ufrgs, a partir desta quinta-feira até o dia 4 de agosto, no Auditorium Tasso Correa (Senhor dos Passos, 248), em Porto Alegre, com entrada franca. As apresentações são de quintas a sábados, às 20h, e domingos, às 17h. Haverá projeção de legendas para que o público acompanhe o texto da peça. A direção-geral é de Alfredo Nicolaiewsky, diretor do IA da Ufrgs.
A montagem realizada por pessoas ligadas aos cursos de Arte Dramática, Artes Visuais e Música tem como desafio trazer o clássico do barroco italiano para o público de hoje, respeitando a composição original, mas injetando novos elementos cênicos a partir da desconstrução da própria noção de ópera e terá textos falados em cena. Eles são de autoria de poetas e dramaturgos de épocas e estéticas diversas, como Vinicius de Moraes, Pablo Neruda, Rumi, Shakespeare e Sarah Ruhl. Segundo a diretora cênica, Camila Bauer, a inserção dos textos e dos depoimentos na montagem é “um procedimento épico que nos afasta da ação, fazendo-nos questioná-la, e nos aproxima do universo dos jovens que estão em cena. Assim, para nós, Orfeu não é apenas uma divindade grega, mas um ser humano apaixonado”, diz. O objetivo é fazer com que a ópera do século XVII ganhe nova vida e cores. Envolvendo cerca de cem profissionais, é a segunda peça do Ópera na Ufrgs, que no ano passado apresentou “Dido e Enéias”, ganhadora do Prêmio Açorianos de Música, como Melhor Espetáculo. “Orfeu” é considerada a primeira grande ópera da história, quando pela primeira vez os atores cantam todas as falas do espetáculo. O libreto é baseado no mito grego de Orfeu, que narra a descida do personagem principal ao Hades para trazer de volta ao mundo dos vivos sua amada Eurídice. Lúcia Carpena, responsável pela direção musical desta versão, diz que a ópera foi criada para ser apresentada uma única vez (provavelmente) para a família Gonzaga, que a encomendou, em Mântua, mas, por conta do sucesso, teve mais apresentações, chegando a Roma e Salzburgo. Fonte: Correio do Povo |
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