Mais de 600 mil franceses foram recrutados e deportados para trabalhar de forma compulsória na Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. O francês Marcel Heuzé foi um dos enviados para o país e, entre 1942 e 1944, trabalhou na fábrica de tanques, motores para aviões e veículos blindados, chamada Daimler-Benz.
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Nesses dois anos em que Heuzé permaneceu no país nazista, ficou isolado em um campo de trabalho de Marienfelde, em Berlim, longe de toda sua família. Para se comunicar com a mulher e as três filhas, ele enviou dezenas de cartas, mas nunca obteve uma resposta.
Muitas correspondências foram censuradas pelos alemães e algumas até chegaram ao destino correto. Mas, cerca de 70 anos depois, as cartas de Marcel finalmente tiveram um final positivo. A desenhista Carolyn Porter encontrou alguns desses recados em francês dentro de uma tenda de antiguidades alemã e resolveu comprar todo o material.
Então, ela contratou um tradutor e encontrou nas mensagens declarações de amor do trabalhador à mulher e às filhas. Depois de um ano de investigações, com a ajuda de uma genealogista, Porter soube que Heuzé felizmente havia conseguido reencontrar a família.
No entanto, o trabalhador morreu em 1992 e sua esposa, René, em 2005. Finalmente, Carolyn entregou as correspondências aos filhos do casal e, em outubro de 2012, ela as encontrou e as cartas foram lidas pela primeira vez.
Fonte: Catraca Livre
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