sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Cartas de amor escritas em campo nazista são entregues após 70 anos

Mais de 600 mil franceses foram recrutados e deportados para trabalhar de forma compulsória na Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. O francês Marcel Heuzé foi um dos enviados para o país e, entre 1942 e 1944, trabalhou na fábrica de tanques, motores para aviões e veículos blindados, chamada Daimler-Benz.
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Foto: Reprodução
Nesses dois anos em que Heuzé permaneceu no país nazista, ficou isolado em um campo de trabalho de Marienfelde, em Berlim, longe de toda sua família. Para se comunicar com a mulher e as três filhas, ele enviou dezenas de cartas, mas nunca obteve uma resposta.

Foto: Reprodução
Marcel Heuzé ao lado da mulher René, em 1932
Muitas correspondências foram censuradas pelos alemães e algumas até chegaram ao destino correto. Mas, cerca de 70 anos depois, as cartas de Marcel finalmente tiveram um final positivo. A desenhista Carolyn Porter encontrou alguns desses recados em francês dentro de uma tenda de antiguidades alemã e resolveu comprar todo o material.
Então, ela contratou um tradutor e encontrou nas mensagens declarações de amor do trabalhador à mulher e às filhas. Depois de um ano de investigações, com a ajuda de uma genealogista, Porter soube que Heuzé felizmente havia conseguido reencontrar a família.
Foto: The Telegraph
Foto: The Telegraph
Marcel Heuzé, filho do casal, nascido depois da guerra
No entanto, o trabalhador morreu em 1992 e sua esposa, René, em 2005. Finalmente, Carolyn entregou as correspondências aos filhos do casal e, em outubro de 2012, ela as encontrou e as cartas foram lidas pela primeira vez.
Fonte: Catraca Livre

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