Júri considerou escritora "mestra da narrativa breve contemporânea"
A canadense Alice Munro é a vencedora do Prêmio Nobel de Literatura por seus contos centrados nas fraquezas da condição humana. A premiação, no valor de 8 milhões de coroas suecas (925 mil euros), foi anunciada nesta quinta-feira pela Academia de Ciências Sueca. A cerimônia de entrega acontecerá em Estocolmo em 10 de dezembro, aniversário da morte do fundador do prêmio, Alfred Nobel.
Correio do Povo/Fonte: O júri considerou Munro uma "mestra da narrativa breve contemporânea" e elogiou "sua sutil narrativa, que se caracteriza pela clareza e o realismo psicológico". Alice Munro, que estava na lista de favoritos, é a primeira pessoa de nacionalidade canadense e a 13ª mulher a receber o Prêmio Nobel de Literatura desde 1901. Esta é primeira vez, em 112 anos, que a academia sueca premia um autor que escreve apenas contos. Alguns críticos chamam Alice Munro de "Chekhov canadense", em referência ao escritor russo Anton Chekhov. "Suas histórias se desenvolvem geralmente em cidades pequenas, onde a luta por uma existência decente gera muitas vezes relações tensas e conflitos morais, ancorados nas diferenças geracionais ou de projetos de vida contraditórios", destacou a Academia. Vencer Nobel era "sonho impossível", conta Alice A escritora canadense disse estar "incrivelmente surpresa", mas também muito feliz, por ter vencido o Prêmio Nobel de Literatura. "Eu sabia que estava na disputa, sim, mas nunca pensei que venceria", disse Munro à agência The Canadian Press em Victoria. Ela chamou o prêmio de "maravilhoso", segundo o jornal Toronto Star. Alice Munbro foi acordada pela filha, que deu a notícia sobre o prêmio concedido pelo Comitê do Nobel na Suécia, contou a escritora ao canal CBC. A escritora disse que sempre considerou a possibilidade de vencer o Nobel como "um sonho impossível, algo que poderia acontecer, mas que provavelmente não ocorreria". "Estamos no meio da noite aqui e havia esquecido totalmente," contou. Últimos 15 vencedores: 2013: Alice Munro (Canadá) 2012: Mo Yan (China) 2011: Tomas Transtr¶mer (Suécia) 2010: Mario Vargas Llosa (Peru) 2009: Herta Mueller (Alemanha) 2008: Jean-Marie Gustave Le Clezio (França) 2007: Doris Lessing (Grã-Bretanha) 2006: Orhan Pamuk (Turquia) 2005: Harold Pinter (Grã-Bretanha) 2004: Elfriede Jelinek (Áustria) 2003: J.M. Coetzee (África do Sul) 2002: Imre Kertesz (Hungria) 2001: V.S. Naipaul (Grã-Bretanha) 2000: Gao Xingjian (França) 1999: Gunter Grass (Alemanha) |
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