Créditos: Felipe Biasus
Este é o Blog em memória do IPMS. Aqui você encontra artigos, definições e conceitos relacionados à Memória Social, e ainda notícias do Brasil e do mundo sobre arte, cultura, museus, exposições, memoriais, fotografia e muito mais, além do relato de nossas atividades em Porto Alegre.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Museu britânico recebe 'tesouro' em antiguidades de prata
Ashmolean ganha acervo de 480 peças doadas por comerciante de obras de arte.
Da BBC
O Museu Ashmolean, de Oxford, na Inglaterra, recebeu a maior doação de objetos antigos de prata já feita a uma instituição do tipo na Grã-Bretanha em mais de cem anos.
São 480 peças colecionadas pelo comerciante de antiguidades Michael Welby.
A reportagem da BBC visitou a sala do tesouro na companhia do curador da coleção, Tim Wilson, que mostrou parte do acervo.
Quase 500 peças faziam parte de coleção privada do comerciante de antiguidades Michael Welby (Foto: BBC)
Entre os objetos, todos da época da Renascença, estão taças feitas em prata, com conchas e patas de águia, painéis encomendados pelos Médici, na Itália, e peças com o brasão real de Portugal.
Apesar de parecerem feitas de ouro, peças são de prata e chegam a somar milhões de libras (Foto: BBC)
Com tantas obras antigas e raras, é difícil calcular um valor para a coleção, mas, segundo o curador, a soma pode chegar a milhões de libras.
Fonte: G1
Companhia aérea vende obras de arte durante voos
SÃO PAULO – Os passageiros da primeira classe da companhia Virgin Atlantic terão a disposição uma galeria de arte nas alturas. A empresa venderá uma série de pinturas do artista de rua Ben Eine; os preços chegam a US$ 24 mil.
As vendas estarão disponíveis nos voos entre Londres e Nova Iorque, durante o mês de fevereiro e as exposições serão nas salas vip dos aeroportos JFK, Newark (ambos em Nova Iorque) e Healthrow (Londres). Além disso, os passageiros poderão assistir vídeos do making of das obras.
De acordo com o fundador da Virgin Atlantic, Richard Branson, a empresa sempre procura novas maneiras de surpreender e entreter os clientes. “Eu sou um grande fã do trabalho de Eine e, como nós, ele faz as coisas de forma diferente e não segue a multidão”, afirmou.
O artista Antes de se envolver com grafite, Ben Eine era escritor e passou a frequentar um workshop. A partir daí, passou a fazer arte de rua. Seu trabalho consiste em criar diversos estilos de letras. O artista afirmou que sua filosofia de trabalho é expandir fronteiras. “Eu respeito a atitude corajosa e desafiadora da Virgin Atlantic de ir contra a corrente, então eu agarrei a chance de fazer parte da da primeira Galeria no ar”, explicou.
Fonte: Yahoo Notícias
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Mostra reúne artes plásticas, fotografia e música
Foto: Divulgação
Obras retratam personalidades femininas em seus espaços de
convivência
Um programa cultural para quem está de férias e, claro, para
todos os que gostam de arte. Será aberta neste sábado (2), às 10h, no Museu de
Arte de Londrina a exposição “Marias”, do grupo artístico Lupa.
O grupo é formado pela artista plástica Nani Nogara, a
fotógrafa Malu Rebelato e pelo músico Cassiano Nogara. A exposição segue até o
dia 28 de fevereiro, com entrada grátis.
Segundo os organizadores, o objetivo da mostra retratar as personalidades femininas, seus
espaços de convivência, questionando símbolos e convenções sociais.
O visitante irá encontrar instalações em arame representando
roupas femininas, fotografias de fragmentos arquitetônicos, frases dispostas
nas paredes do museu. A trilha sonora para as obras, idealizada por Cassiano
Nogara, é composta por vozes diferentes pronunciando o nome “Maria”, que ecoará
por todo o museu.
Linguagens
A gerente do Museu de arte, Lucinéia Chamorro, afirma que a
interação entre as diversas artes enriquece ainda mais a exposição. “São três
linguagens que conversam entre si. Na proposta dos artistas, elas se
complementam e dão vida ao ambiente. A exposição também faz pensar o papel da
mulher na sociedade”, comenta.
A artista plástica Nani Nogara, explica que a exposição
mostra as diversas “Marias” que podemos encontrar no cotidiano. “Por meio da
moda e da arquitetura, o nosso grupo busca fazer uma avaliação do papel
feminino através dos tempos, sem pretensão de esgotar o assunto. Temos a noiva,
a executiva, entre outros arquétipos”.
Fonte: Planeta Sercomtel
Dois museus portugueses são finalistas do Prémio Museu Europeu do Ano
O recém-reinaugurado Museu Nacional Machado de Castro e o Museu da Batalha estão entre os nomeados para a distinção, que será anunciada em Maio, na Bélgica
O presidente da Associação Portuguesa de Museologia (Apom), João Neto, representante em Portugal do Fórum Europeu dos Museus (European Museum Forum - EMF), entidade organizadora do prémio, indicou que os directores dos dois museus portugueses foram esta semana notificados da selecção.
O Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e o Museu Machado de Castro, que reabriu recentemente, depois de ambiciosas obras de restauro, tinham sido ambos premiados em 2012 pela Apom: o primeiro, com o Prémio Melhor Museu do Ano e o segundo, na área do restauro.
O Fórum Europeu dos Museus, criado em 1977 pelo Conselho da Europa, recebeu este ano 40 candidaturas provenientes de 20 países. O Prémio Museu Europeu do Ano (European Museum of the Year Award - EMYA, na sigla original) foi entregue em 2012 ao Museu Madinat al-Zahra, da cidade espanhola de Córdova, numa cerimónia que decorreu em Penafiel.
O Fórum Europeu dos Museus é uma organização transnacional sem fins lucrativos, que se dedica há 35 anos a melhorar a qualidade dos museus europeus. Na área da museologia, o Prémio Museu Europeu do Ano é o principal e o mais antigo dos galardões atribuídos pelo EMF e também o mais prestigiado na Europa. Foi criado com o objectivo de reconhecer a excelência na cena museológica europeia e promover processos inovadores no sector.
O anúncio dos premiados será feito numa cerimónia que vai decorrer na Bélgica, entre 15 e 18 de Maio.
FONTE: CULTURA P
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Na net não se fia
28 de Janeiro, 2013por Ricardo Nabais
A morte de Aaron Swartz, um dos mais enérgicos defensores da partilha livre de ficheiros de conhecimento na internet, chocou cibernautas de todo o mundo. Teorias da conspiração desenham-se, critica-se as leis e a falta delas. Quando e como se pode fazer um download? Quem sai lesado da partilha de músicas, filmes ou artigos científicos à borla? O debate já tem anos, mas ainda mal começou.
O guião é impressionante em qualquer parte do mundo: um rapaz entra em diversos sistemas informáticos, consegue ‘sacar-lhes’ a informação e as respectivas senhas de acesso. Ao perceberem o esquema, as autoridades montam-lhe uma rede judicial da qual ele não pode sair. Pressionado, a acusar a sobrecarga de um poder tão grande quanto o do Ministério Público norte-americano, o rapaz enforca-se.O problema é que isto não é um filme. É uma das versões da razão que levou à morte Aaron Swartz, um jovem de 26 anos que dedicou praticamente metade da curta vida à causa da partilha livre de ficheiros na internet. Encontrado morto a 11 de Janeiro, Swartz era acusado, entre outras coisas, de ‘fraude electrónica e obtenção ilegal de informações’, depois de ter programado um dos computadores públicos do Massachusetts Institute of Technology (MIT) para ter acesso e fazer o download de artigos científicos de várias áreas de conhecimento. Quem os compila e armazena – e, já agora, cobra ao MIT pela sua ‘descarga’ electrónica – é a JSTOR, uma empresa associada, uma das maiores na área.
A empresa moveu a acusação em Julho de 2011. E o caso começou, a partir de então, a ganhar os contornos de um verdadeiro policial cyberpunk. Esta semana, ainda mal feitas as comovidas exéquias a Swartz – o activista era venerado por uma larga comunidade de cibernautas nos EUA e um pouco por todo o mundo –, vários denunciaram uma teia de conspirações, que oscila entre a procuradora que moveu a acção e o próprio MIT.
Numa das cerimónias que recordaram Swartz, a namorada, Taren Stinebrickner-Kauffman, denunciava um poder judicial que queria pôr atrás das grades por 30 anos – era esta a pena inicial – uma pessoa que mais não queria do que «partilhar informação científica com o mundo», conforme cita o diário britânico Guardian.
A provar o carisma de Swartz, houve diversas homenagens em sua memória, que culminaram com esta cerimónia, num local não menos simbólico: a Cooper Union, em Nova Iorque, que no passado albergou várias manifestações libertárias e anti-esclavagistas.
A visada pelos presentes era a procuradora Carmen Ortiz, que se isentou de qualquer culpa, dizendo ter seguido escrupulosamente a lei.
Ainda o caso estava quente quando os holofotes se viraram para o próprio MIT. De acordo com o New York Times, o instituto, que se gaba de ser pró-liberdade de circulação de dados na net, terá verificado, a pedido da JSTOR, quem era o intruso que estava a fazer downloads a partir de um dos seus computadores. Os responsáveis do MIT teriam, por isso, vigiado durante meses a pista de Swartz – que foi, desde miúdo, um convidado de honra da instituição, pelos seus dotes informáticos que dele fizeram um menino-prodígio – reunindo provas até através de câmaras de segurança.
Dar sopa à SOPA
O jovem já era muito experimentado nestas lides – fundou vários sites para facilitar a partilha de informação em blogues, uma ciberbiblioteca livre e uma rede de petições, entre muitas outras coisas – e há muito chamava a atenção do poder empresarial online e das autoridades. A famosa proposta de lei Stop Online Piracy Act (conhecida pelo prosaico acrónimo SOPA) da administração Obama foi combatida muito graças ao esforço de Swartz.
A morte do ciber-activista não passou despercebida em Portugal. Rui Cruz, editor do site Tugaleaks (a tradução, para a realidade portuguesa, do famoso Wikileaks) acrescenta outras versões para o caso. «A causa ‘provável’ da morte é o suicídio por força do problema inerente com o seu julgamento e as pressões que isso acarreta. No entanto, outros sites menos conhecidos notavam alguns posts no seu blogue com um tom um pouco depressivo demais para ficar online», explica Cruz. «Pergunto-me se não haverá algo que seja apenas conhecido dos seus amigos e pode ser a depressão um dos sintomas. Seja qual for o motivo, perdeu-se um grande homem».
O que pode estar em causa no activismo de Swartz? Depois do tempo em que a internet mal permitia pesquisas em motores de busca que o perigo das partilhas online é factor de acesas discussões. No caso de Aaron Swartz, o pretexto é pôr conhecimento à disposição de todos. As autoridades acusam estes cibernautas de pôr em risco conceitos há muito defendidos pela lei, como a propriedade intelectual, por exemplo.
A discussão não acabou, antes pelo contrário. A sua face mais visível oscila entre a revelação de dados de interesse público – que motivavam Swartz ou, numa perspectiva mais política, outro activista conhecido, Julian Assange e os seus ‘leaks’ do site Wikileaks – e a partilha de ficheiros de bens culturais (os famosos downloads de música e de filmes).
No caso de Assange, a realidade é mais complexa – a revelação de segredos diplomáticos pode ser considerada crime de traição ao Estado. Por isso, o australiano refugiou-se, desde o ano passado, na embaixada do Equador em Londres para evitar a extradição para os EUA – na sequência de uma pouco clara acusação de violação na Suécia – que o incriminam de ter divulgado segredos de Estado a propósito dos documentos sobre a guerra do Iraque que distribuiu a vários media ocidentais.
Ciberlutas culturais
A novela Assange ainda não acabou e tem provocado actos feéricos de apoio e de repúdio pelo mundo. E o Wikileaks, apesar do silêncio dos media, «continua a publicar coisas diariamente. Se a imprensa não fala é porque não é relevante para chegar a notícia», atesta Rui Cruz.
Mas, no outro pólo judicial, o da partilha de bens culturais ou de conhecimento, a ideia de uma circulação livre de ficheiros chegou até ao Parlamento Europeu. O primeiro Partido Pirata foi fundado na Suécia em 2006 e advoga, também, a livre circulação de informação, vulgo bens não materializáveis e conhecimento em geral, incluindo a reforma das leis de patentes científicas. E conseguiu sentar um deputado em Estrasburgo.
Seguiram-se a Áustria, a Alemanha, a República Checa e até a Grécia e Espanha. Todos têm o seu partido político registado no mesmo sentido, embora só os suecos tenham chegado a cargos representativos.
Fora dos assentos parlamentares e eleições, o mundo virtual avança sem rodeios nesta matéria. Sem a aura de Robin dos Bosques de Swartz ou de lutador político e defensor dos direitos humanos de Assange, Kim Dotcom – nome de guerra do alemão Kim Schmitz – exibe o peso (literal, em calorias) do empresário de sucesso da web 2.0. Fundou o célebre site Megaupload, de onde qualquer cibernauta poderia ir buscar ficheiros – de música ou outros – por tuta e meia ou até gratuitamente até determinada capacidade. O FBI fechou-lhe o site no ano passado, com o argumento da violação dos direitos de autor. E foi buscá-lo, num espectacular raid de helicóptero, à sua mansão na Nova Zelândia, onde se tinha radicado. Dotcom passou um mês na prisão, mas conseguiu sair e começar de novo. Fundou, esta semana, o Mega, sucessor do antigo site de partilhas.
Desta vez, o serviço é mais simples e baseado na encriptação dos ficheiros a ‘sacar’, o que permite aumentar a privacidade dos utilizadores. O alemão acrescentou-lhe algumas armadilhas para sair da alçada do FBI: o domínio já não é internacional (não tem a extensão ‘com’ ou ‘net’), mas da Nova Zelândia (escapa, assim, às leis americanas), permite que o utilizador possa ou não partilhar os seus próprios ficheiros (dispensa o site de perseguições judiciais) e obriga-o a deixar por lá os seus dados informáticos.
É a ideia da encriptação que, para Rui Cruz, «é a chave e o futuro da internet, porque além de estar garantida a privacidade pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, serviços com o recentemente lançado Mega ou utilitários para encriptar o disco como o TrueCrypt vão fazer com que o eventual fecho de sites polémicos que possam violar os direitos de autor seja um pouco irrelevante para o rumo que a internet está a tentar criar».
Para os representantes dos autores, a questão não é tão pacífica. Em Portugal, a discussão sobre uma proposta de lei sobre a cópia privada está novamente em cima da mesa. Taxar discos rígidos e outros suportes no acto da compra é a sugestão da Secretaria de Estado da Cultura para, pelo menos, compensar os autores.
Fica sempre o sabor de que a lei não acompanha a velocidade instantânea de um download. Mas, sobretudo, que as verdadeiras vítimas são sempre as mesmas: quem produz os bens culturais e deles pretende fazer vida. «As pessoas só falam de partilha de bens culturais, não materializáveis», diz Lucas Serra, da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA). «Qualquer escritor, músico ou cientista pode gostar, num primeiro momento, de ver a sua obra divulgada, mas se ele tiver de viver dela?».
A somar à crise deixada pelos downloads em áreas como a música ou o cinema, há a crise financeira, que afasta ainda mais as pessoas dos bens culturais pagos. Há a ilusão generalizada de que, num mundo onde tudo é acessível, o trabalho é gratuito. «Chegamos a ter alguns dos nossos autores a dirigirem-se à SPA para pedir adiantamentos para poderem ir ao supermercado», denuncia Serra.
ricardo.nabais@sol.pt
FONTE: SOL
A empresa moveu a acusação em Julho de 2011. E o caso começou, a partir de então, a ganhar os contornos de um verdadeiro policial cyberpunk. Esta semana, ainda mal feitas as comovidas exéquias a Swartz – o activista era venerado por uma larga comunidade de cibernautas nos EUA e um pouco por todo o mundo –, vários denunciaram uma teia de conspirações, que oscila entre a procuradora que moveu a acção e o próprio MIT.
Numa das cerimónias que recordaram Swartz, a namorada, Taren Stinebrickner-Kauffman, denunciava um poder judicial que queria pôr atrás das grades por 30 anos – era esta a pena inicial – uma pessoa que mais não queria do que «partilhar informação científica com o mundo», conforme cita o diário britânico Guardian.
A provar o carisma de Swartz, houve diversas homenagens em sua memória, que culminaram com esta cerimónia, num local não menos simbólico: a Cooper Union, em Nova Iorque, que no passado albergou várias manifestações libertárias e anti-esclavagistas.
A visada pelos presentes era a procuradora Carmen Ortiz, que se isentou de qualquer culpa, dizendo ter seguido escrupulosamente a lei.
Ainda o caso estava quente quando os holofotes se viraram para o próprio MIT. De acordo com o New York Times, o instituto, que se gaba de ser pró-liberdade de circulação de dados na net, terá verificado, a pedido da JSTOR, quem era o intruso que estava a fazer downloads a partir de um dos seus computadores. Os responsáveis do MIT teriam, por isso, vigiado durante meses a pista de Swartz – que foi, desde miúdo, um convidado de honra da instituição, pelos seus dotes informáticos que dele fizeram um menino-prodígio – reunindo provas até através de câmaras de segurança.
Dar sopa à SOPA
O jovem já era muito experimentado nestas lides – fundou vários sites para facilitar a partilha de informação em blogues, uma ciberbiblioteca livre e uma rede de petições, entre muitas outras coisas – e há muito chamava a atenção do poder empresarial online e das autoridades. A famosa proposta de lei Stop Online Piracy Act (conhecida pelo prosaico acrónimo SOPA) da administração Obama foi combatida muito graças ao esforço de Swartz.
A morte do ciber-activista não passou despercebida em Portugal. Rui Cruz, editor do site Tugaleaks (a tradução, para a realidade portuguesa, do famoso Wikileaks) acrescenta outras versões para o caso. «A causa ‘provável’ da morte é o suicídio por força do problema inerente com o seu julgamento e as pressões que isso acarreta. No entanto, outros sites menos conhecidos notavam alguns posts no seu blogue com um tom um pouco depressivo demais para ficar online», explica Cruz. «Pergunto-me se não haverá algo que seja apenas conhecido dos seus amigos e pode ser a depressão um dos sintomas. Seja qual for o motivo, perdeu-se um grande homem».
O que pode estar em causa no activismo de Swartz? Depois do tempo em que a internet mal permitia pesquisas em motores de busca que o perigo das partilhas online é factor de acesas discussões. No caso de Aaron Swartz, o pretexto é pôr conhecimento à disposição de todos. As autoridades acusam estes cibernautas de pôr em risco conceitos há muito defendidos pela lei, como a propriedade intelectual, por exemplo.
A discussão não acabou, antes pelo contrário. A sua face mais visível oscila entre a revelação de dados de interesse público – que motivavam Swartz ou, numa perspectiva mais política, outro activista conhecido, Julian Assange e os seus ‘leaks’ do site Wikileaks – e a partilha de ficheiros de bens culturais (os famosos downloads de música e de filmes).
No caso de Assange, a realidade é mais complexa – a revelação de segredos diplomáticos pode ser considerada crime de traição ao Estado. Por isso, o australiano refugiou-se, desde o ano passado, na embaixada do Equador em Londres para evitar a extradição para os EUA – na sequência de uma pouco clara acusação de violação na Suécia – que o incriminam de ter divulgado segredos de Estado a propósito dos documentos sobre a guerra do Iraque que distribuiu a vários media ocidentais.
Ciberlutas culturais
A novela Assange ainda não acabou e tem provocado actos feéricos de apoio e de repúdio pelo mundo. E o Wikileaks, apesar do silêncio dos media, «continua a publicar coisas diariamente. Se a imprensa não fala é porque não é relevante para chegar a notícia», atesta Rui Cruz.
Mas, no outro pólo judicial, o da partilha de bens culturais ou de conhecimento, a ideia de uma circulação livre de ficheiros chegou até ao Parlamento Europeu. O primeiro Partido Pirata foi fundado na Suécia em 2006 e advoga, também, a livre circulação de informação, vulgo bens não materializáveis e conhecimento em geral, incluindo a reforma das leis de patentes científicas. E conseguiu sentar um deputado em Estrasburgo.
Seguiram-se a Áustria, a Alemanha, a República Checa e até a Grécia e Espanha. Todos têm o seu partido político registado no mesmo sentido, embora só os suecos tenham chegado a cargos representativos.
Fora dos assentos parlamentares e eleições, o mundo virtual avança sem rodeios nesta matéria. Sem a aura de Robin dos Bosques de Swartz ou de lutador político e defensor dos direitos humanos de Assange, Kim Dotcom – nome de guerra do alemão Kim Schmitz – exibe o peso (literal, em calorias) do empresário de sucesso da web 2.0. Fundou o célebre site Megaupload, de onde qualquer cibernauta poderia ir buscar ficheiros – de música ou outros – por tuta e meia ou até gratuitamente até determinada capacidade. O FBI fechou-lhe o site no ano passado, com o argumento da violação dos direitos de autor. E foi buscá-lo, num espectacular raid de helicóptero, à sua mansão na Nova Zelândia, onde se tinha radicado. Dotcom passou um mês na prisão, mas conseguiu sair e começar de novo. Fundou, esta semana, o Mega, sucessor do antigo site de partilhas.
Desta vez, o serviço é mais simples e baseado na encriptação dos ficheiros a ‘sacar’, o que permite aumentar a privacidade dos utilizadores. O alemão acrescentou-lhe algumas armadilhas para sair da alçada do FBI: o domínio já não é internacional (não tem a extensão ‘com’ ou ‘net’), mas da Nova Zelândia (escapa, assim, às leis americanas), permite que o utilizador possa ou não partilhar os seus próprios ficheiros (dispensa o site de perseguições judiciais) e obriga-o a deixar por lá os seus dados informáticos.
É a ideia da encriptação que, para Rui Cruz, «é a chave e o futuro da internet, porque além de estar garantida a privacidade pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, serviços com o recentemente lançado Mega ou utilitários para encriptar o disco como o TrueCrypt vão fazer com que o eventual fecho de sites polémicos que possam violar os direitos de autor seja um pouco irrelevante para o rumo que a internet está a tentar criar».
Para os representantes dos autores, a questão não é tão pacífica. Em Portugal, a discussão sobre uma proposta de lei sobre a cópia privada está novamente em cima da mesa. Taxar discos rígidos e outros suportes no acto da compra é a sugestão da Secretaria de Estado da Cultura para, pelo menos, compensar os autores.
Fica sempre o sabor de que a lei não acompanha a velocidade instantânea de um download. Mas, sobretudo, que as verdadeiras vítimas são sempre as mesmas: quem produz os bens culturais e deles pretende fazer vida. «As pessoas só falam de partilha de bens culturais, não materializáveis», diz Lucas Serra, da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA). «Qualquer escritor, músico ou cientista pode gostar, num primeiro momento, de ver a sua obra divulgada, mas se ele tiver de viver dela?».
A somar à crise deixada pelos downloads em áreas como a música ou o cinema, há a crise financeira, que afasta ainda mais as pessoas dos bens culturais pagos. Há a ilusão generalizada de que, num mundo onde tudo é acessível, o trabalho é gratuito. «Chegamos a ter alguns dos nossos autores a dirigirem-se à SPA para pedir adiantamentos para poderem ir ao supermercado», denuncia Serra.
ricardo.nabais@sol.pt
FONTE: SOL
Cultura Negra: MinC realiza oficinas para produtores e criadores negros em cinco estados do Nordeste nesta semana
Fonte: ADMINISTRADORES/Notícias
A participação nas oficinas é gratuita e não há nenhum pré-requisito. As oficinas também vão mostrar aos interessados como acompanhar o trâmite do projeto durante as etapas do edital
As Representações Regionais do Ministério da Cultura (MinC) vai se aproximar dos interessados em realizar inscrições nos editais para produtores e criadores negros.
Serão realizadas oficinas para auxiliar o proponente a entender e a adequar sua proposta ao exigido no edital. A participação nas oficinas é gratuita e não há nenhum pré-requisito. As oficinas também vão mostrar aos interessados como acompanhar o trâmite do projeto durante as etapas do edital.
Na Bahia será realizada uma oficina nesta segunda-feira (28), no Auditório do Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador, a partir das 10h. Em Sergipe o encontro acontece às 9h da terça-feira (29), no Auditório do Museu da Gente Sergipana, em Aracaju.
Em Pernambuco será realizada oficina na terça-feira (29), às 9h, na Representação Regional do Ministério em Recife. Na quarta-feira (30) é a vez de a Paraíba receber uma oficina. O encontro acontece no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Estado do estado, em João Pessoa, às 9h.
Na sexta-feira (1º), uma oficina será realizada no Ceará, no Museu do Ceará, em Fortaleza, às 14h.
A intenção é mobilizar produtores e criadores negros e agentes culturais locais que atuem com o enfoque nas expressões afrodescentes, que possam servir de replicadores da informação.
R$ 9 milhões em premiação
Os editais para produtores negros foram lançados pela ministra Marta Suplicy no dia 20 de novembro - Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra - e distribuirão cerca de R$ 9 milhões. São ações da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e da Secretaria do Audiovisual (SAv).
O objetivo é formar novos escritores, elevar o número de pesquisadores negros e de publicações de autores negros, incentivar pontos de leitura de cultura negra em todo o país; também premiar curtas dirigidos ou produzidos por jovens negros, na faixa de 18 a 29 anos; investir em criação, produção e fazer com que artistas e produtores negros ocupem palcos, teatros, ruas, escolas e galerias de arte de todo o país.
Os editais para produtores e criadores negros são uma parceria entre o MinC, a Fundação Cultural Palmares e Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR/PR).
Saiba mais sobre os editais:
Serviço
Oficina para editais de Cultura Negra na Bahia
- Dia: segunda-feira (28)
- Horário: 10h
- Local: Auditório do Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador
- Praça Municipal S/N. Subsolo (Ao lado do Prédio da Prefeitura Municipal), no Centro Histórico.
- Salvador/BA
- Telefone: (71) 3417-6918
Oficina para editais de Cultura Negra em Sergipe
- Dia: terça-feira (29)
- Horário: 9h
- Local: Auditório do Museu da Gente Sergipana
- Avenida Ivo do Prado, 398 – Centro
- Aracaju/SE
- Telefone: (71) 3417-6918
Oficina para editais de Cultura Negra em Pernambuco
- Dia: terça-feira (29)
- Horário: 9h
- Local: Representação Regional do MinC no Nordeste
- Rua do Bom Jesus, 237 - Bairro do Recife
- Recife/PE
- Telefone: Teresa Huang – (81) 3117- 8451
Oficina para editais de Cultura Negra na Paraíba
- Dia: quarta-feira (30)
- Horário: 9h
- Local: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Estado da Paraíba
- Avenida João Machado, 320 – Centro
- João Pessoa/PB
- Telefone: Lúcio André – (81) 3117- 8434
Oficina para editais de Cultura Negra no Ceará
- Dia: sexta-feira (1º)
- Horário: 14h
- Local: Museu do Ceará
- Rua São Paulo, 51 – Centro
- Fortaleza/CE
- Telefone: Isabella Lucchesi – (81) 3117-8438
Mais informações
Representação Regional do Nordeste
- Telefone: (81) 3117-8430 / Fax: (81) 3117-8450
- E-mail: nordeste@cultura.gov.br
- Horário de atendimento: segunda a sexta-feira, das 9h às 18h
- Endereço: Rua do Bom Jesus, 237 - Bairro do Recife
- Recife/PE
Representação Regional da Bahia e Sergipe
- Telefone: (71) 3417-6918
- E-mail: representacaobahia@cultura.gov.br e representacaosergipe@cultura.gov.br
- Endereço: Rua Ignacio Acioly, nº6, (antiga Rua da Ordem Terceira)- Pelourinho
- Salvador/BA
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Santander publica livro de arte
Iniciativa faz parte do programa “Convivendo com Arte” realizada desde 2009 e traz o ensaio fotográfico de 80 obras expostas no ambiente coorporativo do banco
Divulgação
Santander: integrar arte ao ambiente de trabalho faz parte de uma iniciativa da companhia realizada desde 2009
Rio de Janeiro - O Santander Brasil publica o livro “Convivendo com Arte” que reúne 80 fotos das principais obras de arte expostas no ambiente coorporativo do banco. O ensaio fotográfico é acompanhado por textos informativos sobre as obras e seus autores.
Junto com a publicação, será lançado o fascículo “Exposições temporárias” sobre as mostras de arte contemporânea que acontecem na sede do banco em São Paulo.
Integrar arte ao ambiente de trabalho faz parte de uma iniciativa da companhia realizada desde 2009, com o objetivo de estimular a convivência e a criatividade entre os funcionários.
FONTE: EXAME
Steven Holl Architecs projeta museus temáticos para cidade ecológica da China
Edifícios de 20 mil m² serão interligados por passagem subterrâneaGustavo Jazra | |||||||||||
O escritório de arquitetura com sede em Nova York e Pequim, Steven Holl Architects, divulgou imagens dos projetos para os museus do Planejamento e da Ecologia, para uma cidade ecológica na China, próxima de Tianjin. Localizada numa região poluída no Golfo de Bohai, a cidade para 500 mil habitantes está sendo construída em parceria pelos governos da China e de Cingapura e tem data de conclusão prevista para 2020.
O design dos museus funciona como os conceitos do taoismo yin-yang, sendo o do planejamento o negativo e o da ecologia o positivo, um o espaço subtrativo do outro. Em seguida, exposições sobre transportes e indústrias. No terceiro andar, restaurante com vista para o mar, e no quinto, salas de exibições sobre arquitetura verde, paisagem natural e recursos aquáticos que dão acesso a um telhado verde. Confira mais imagens dos Museus: Museu da Ecologia |
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