quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Mostra retrata arte urbana e protestos em Porto Alegre

Exposição fica em cartaz até 24 de dezembro na Galeria Tina Zappoli

Trabalho de Lorena Hollander está no mostra que acontece na Galeria Tina Zappoli<br /><b>Crédito: </b> Lorena Hollander / Divulgação / CP
Trabalho de Lorena Hollander está no mostra que acontece na Galeria Tina Zappoli
Crédito: Lorena Hollander / Divulgação / CP
Promover uma reflexão sobre a vida urbana, o cotidiano caótico, o espaço e as sensações efêmeras é a proposta da coletiva “Um Novo Horizonte”, com abertura nesta quinta-feira, às 19h, na Galeria Tina Zappoli (Paulino Teixeira, 35), em Porto Alegre. A seleção dos 15 artistas, realizada pelos galeristas Tina Zapolli e Marinho Neto, foi feita não por tema ou linguagem, mas, sim, pelo olhar contemporâneo sobre o fazer artístico. Cada um dos convidados expressa em suas diversas técnicas - que passam pela pintura, desenho e sobreposição de imagens - seu talento e visão singular do mundo.

As obras apresentam elementos nostálgicos, contemporâneos, perpassando por temas que refletem sobre a vida urbana e suas relações. São fotografias, pinturas e esculturas assinadas pelos paulistas Felipe Cretella, Antonio Hélio Cabral, Bettina Vaz Guimarães, Lorena Hollander; o carioca Marcus André; os catarinenses Juliana Hoffmann, Dirce Körbes e Rodrigo Cunha; o mineiro Valdelice Neves; e os gaúchos Marinho Neto, Roger Monteiro, Fernanda Chemalle, Fernanda Valadares, Itelvino Jahn e Jorge Leite.

Em uma Sala Especial, Roger Monteiro exibe a individual “Junho: Fragmentos de uma Revolução”, com 11 imagens em uma investigação sobre as manifestações sociais do mês de junho sob o olhar da Internet. O artista busca mostrar uma investigação visual, errática e telegráfica acerca de como a Internet exerceu um papel fundamental para a existência do levante e mobilização que chegou às ruas de Porto Alegre. Não apenas a aglutinação de pessoas, mas como elementos capaz de “hackear” as estruturas mentais viciadas, normalmente vinculadas aos movimentos sociais.

“Em seu auge, as manifestações corriam paralelas a qualquer tentativa de entendimento dos analistas, mas me parecia que essa dificuldade em rotular, em compartimentar, em encaixotar ideologicamente, política e socialmente toda aquela comoção não era compartilhada pelas pessoas que a estavam registrando”, argumenta Monteiro. Em seus registros, ele destaca a aproximação mais humana dos acontecimentos, em vez das tradicionais coberturas midiáticas, seja na imprensa tradicional e mesmo de algumas denominadas alternativas. Monteiro estudou Literatura e Filosofia, além de investigar o potencial da imagem, primeiramente no mundo da propaganda, como diretor de arte e, depois, como designer gráfico. Ele também atual como roteirista, sendo seu último filme “Kassandra”, indicado e premiado na mostra gaúcha do 41º Festival de Cinema de Gramado. Visitação até 24 de dezembro, de segundas a sextas, das 10h30min às 12h, e das 14h às 19h.

Fonte: Correio do Povo

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