sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Confira três sugestões de passeio para as exposições da 9ª Bienal do Mercosul


  • CConfira três sugestões de passeio para as exposições da 9ª Bienal do Mercosul Fernando Gomes/Agencia RBS
Entrada da exposição do Santander CulturalFoto: Fernando Gomes / Agencia RBS
Quando a Bienal do Mercosul ocupava os armazéns do Cais do Porto, o local costumava atrair visitantes para um passeio de fim de semana. Mas, como o evento perdeu seu principal endereço turístico por causa das reformas previstas na região, a Bienal ocupou espaços que já receberam atividades e mostras em outras edições.
Neste ano, são quatro os locais das exposições, três deles pertinho um do outro na Praça da Alfândega: Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), Memorial do Rio Grande do Sul e Santander Cultural. A cerca de 20 minutos de caminhada dali, fica o quarto espaço, a Usina do Gasômetro.
Até 10 de novembro, a 9ª Bienal do Mercosul | Porto Alegre apresenta cem obras, de 59 artistas de 26 países, sendo 15 os brasileiros. Pensando nos diferentes níveis de interesse – ou melhor, no tempo que o visitante tem para dedicar à Bienal –, o Segundo Caderno sugere três roteiros de passeio. São apenas dicas, já que não há uma ordem de visitação a ser seguida para quem quiser apreciar a mostra de arte contemporânea da Capital
Para você dizer que...
Foi na Bienal > A ideia é fazer um passeio rápido e dar uma espiada na Bienal? A dica é ir direto àUsina do Gasômetro. Lá, estão algumas das obras emblemáticas desta edição. Uma delas é Circulação, o grande arranjo de mangueiras transparentes do alemão Hans Haacke. Originalmente criado nos anos 1960, o trabalho foi montado em uma ampla sala com um motor que movimenta água dentro do conjunto, lembrando o funcionamento de veias e artérias. No mesmo andar, o filipino David Medalla apresenta Portões de Nuvem (foto abaixo). É uma mistura de instalação e escultura móvel, já que sua forma nunca permanece a mesma, sendo alterada com a espuma que sai ininterruptamente da estrutura. Não se engane: o som do local é produzido pela instalação Quebreira, de Daniel Steegmann Mangrané. Na Usina, o que também tem atraído o olhar do público são os trabalhos da americana Hope Ginsburg, que apresenta instalações em duas "covas" abaixo do solo que eram usadas pela antiga usina de geração de energia.
> Se tiver mais um tempinho: confira a visão do terraço que dá para o Guaíba. O local foi ocupado pela Bienal e transformado em uma espécie de mirante com cadeiras, guarda-sóis e grama artificial.
Foto: Tarlis Schneider/Indicefoto 
Entende de Bienal
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 Para quem quer investir mais tempo e conferir a maior parte das exposições, a visita pode se concentrar na Praça da Alfândega. No Margs, mesmo que você não queira, será impactado pela gigante Caverna de Morcego. Originalmente concebida no fim dos anos 1960, a mistura de escultura e instalação de Tony Smith (1912 – 1980) foi remontada pela Bienal para ocupar todo o térreo do Margs. Já o térreo do Memorial do Rio Grande do Sul apresenta a instalação Viajante Engolido pelo Espaço, o grande "tapete" de ferrugem criado pela artista Cinthia Marcelle especialmente para a Bienal. E, no térreo do Santander Cultural, onde o visitante é recebido pelas esculturas de Erika Verzutti, está uma das obras que mais têm provocado o público. É Musa de Lama, de Robert Rauschenberg (1925 – 2008), uma espécie de piscina em que o conteúdo borbulha por efeito de válvulas de ar e também estimulado pela captação de som do local(foto abaixo).
> Se tiver mais um tempinho: no sábado, às 15h, a dupla Bik Van der Pol, da Holanda, apresenta a performance E Se a Lua Estivesse Apenas a um Salto de Distância?.
Foto: Fernando Gomes
Sabe tudo de Bienal
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 Se você quer saber tudo de Bienal, dedique-se a percorrer, sem pressa, cada cantinho das exposições. No Margs, não deixe de ver o filme Ano Branco, do gaúcho Luiz Roque. E, no Santander, vá ao segundo andar para ver obras inspiradas em fenômenos astronômicos e científicos. Não perca a história de um meteorito pela dupla Faivovich & Goldberg e a fábula de um animal nunca visto pelo gaúcho Fernando Duval. Os que mergulham na Bienal também participam dos encontros com artistas, o chamadoEkphrasis. No domingo, às 11h, o artista russo Yuri Zlotnikov comanda a conversa noMemorial. Já os interessados pelo diálogo entre cinema e artes visuais podem conferir no domingo, às 19h, na Usina, sessão do filme Island Race, de William Raban. Quem quer ver a Bienal por inteiro também deve estar disposto a sair da Usina e caminhar 1,5 quilômetro pela orla até achar a placa que informa o trabalho de Aleksandra Mir. Com objetos descartados, a polonesa fez, na areia à beira do Guaíba, uma instalação que simula a queda de um satélite (abaixo, foto aérea).
> Se tiver mais um tempinho: para quem pretende saber tudo sobre a Bienal, tempo não pode ser problema.
Foto: Félix Zucco
9ª Bienal do Mercosul | Porto Alegre
Até 10 de novembro
> Memorial do Rio Grande do Sul (Rua Sete de Setembro, 1.020). Terça a domingo, das 9h às 19h
> Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (Praça da Alfândega, s/nº). Terça a domingo, das 9h às 19h
> Santander Cultural (Rua Sete de Setembro, 1.028). Terça a domingo, das 9h às 19h; quinta, das 9h às 21h
> Usina do Gasômetro (Av. Presidente João Goulart, 551). Terça a domingo, das 9h às 21h
Programação completa no site: 9bienalmercosul.art.br
Agendamento de grupos: fone (51) 3212-7007 ou e-mail agendamento@bienalmercosul.art.br
Fonte: Zero Hora

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