*Carlos Assis Leal Aymone
CONTINUAÇÃO...
VI - O portugueses continuaram empurrando
açorianos (muitos deles descendentes de judeus-holandeses que se refugiaram nos
Açores, traziam em si a genética da perseguição e luta)... Mais tarde
Alemães... Dentro da política de colonização... Os senhores da terra, ligados a
coroa, foram contemplados com grandes porções, tinham por obrigação defender o
império.. e traziam a ideologia da Brasilidade, tentando impor aos habitantes
locais (miscigenação índios, espanhóis, portugas, que pátria é essa?)...
VII - VEJAM O CONTEXTO DE NOSSA IDENTIDADE - até a "revolução farroupilha" ... Havia indiscutivelmente condições objetivas, culturais, étnicas, geográficas, etc.; Pra tal!
VIII - A questão econômica: obviamente (para alegria dos marxistas limitados ao economicismo), que a questão econômica foi a causa organizacional mais acentuada para a deflagração do movimento, fácil de entender, pois era o bloco histórico da vez.
XI - Dentro deste amplo contexto a liderança foi, primeiro dos fazendeiros, e depois dos intelectuais, e idealistas que campeavam soltos pelo pampa sem fronteiras... não vamos esquecer de Artigas, entre outros... ou seja: o contexto é amplo, os grupos (de caudilhos ou não) também... etnias, classes sociais, marginais, soldados, categorias, bandoleiros, etc. Tudo se misturava... esse é o amalgama da herança farroupilha... com suas contradições inerentes.. E numa guerra ou revolução meus queridos vocês sabem que não sobra espaço para pequenos pudores...
X - Ao fim do movimento, as lideranças, que restavam se dividiram, não havia um centro de comando... e mesmo depois do fim oficial, muitos continuaram lutando pelas coxilhas... (portanto, não foram os farrapos que desarmaram os negros em Porongos,, e sim... bom, todos sabemos...) Há também a questão de que a sofisticada distribuição de trabalho nas charqueadas dispensava a mão-de-obra escrava, por isso a libertação entrou na pauta republicana...
XI - Hoje: são as elites econômicas, políticas, culturais e intelectuais, que lucram e sobrevivem dos recursos federais e consumidores do centro do país, que ridicularizam os movimentos tradicionalistas... são simples correias de transmissão da ideologia da discriminação das elites do centro do país.... Hoje, não é o tradicionalismo como um todo que é de "direita" (existe de fato) mas principalmente os criticistas imaturos e limitados que solapam nossa identidade!
- Sociólogo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
- Bacharelado e Licenciatura. DRT: 0944
- Especialista em Planejamento Estratégico Aplicado ao Manejo do Meio Ambiente pela OEA.
- Diretor de Projetos da Aldeia - Associação de Desenvolvimento Social e Meio Ambiente do Brasil.
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