|
Uma das obras mais aguardadas na Bienal é ´Caverna de Morcego´, de Tony Smith
Crédito: Mauro Schaefer |
A cerimônia de abertura da 9º Bienal do Mercosul Porto Alegre será realizada nesta quinta-feira, às 19h, no Memorial do Rio Grande do Sul, na Praça da Alfândega. Esta mostra de arte contemporânea, com obras de 59 artistas de diferentes países, se estende até 10 de novembro com o tema “Se o Clima for Favorável”. Com entrada franca, funcionará em quatro espaços no Centro histórico da Capital: Memorial do RS (Sete de Setembro, 1020), Museu de Artes do Rio Grande do Sul (Margs) (Praça da Alfândega, s/n), Santander Cultural (Sete de Setembro, 1028) e Usina do Gasômetro (João Goulart, 551). Os armazéns do Cais, que tradicionalmente serviam de espaços expositivos, desta vez não integram a mostra, devido ao anúncio de obras da orla. Ao invés do Cais, a Bienal volta a ocupar a Usina (não utilizada em algumas edições) e agora chega ao Memorial. “A Bienal Volta para Dentro dos Museus”, comentou um dos curadores, Bernardo de Souza. A parte de museografia procurou valorizar as características de cada prédio e está mais clean do que nas edições anteriores.
Esta Bienal propõe um encontro entre arte e natureza. Nesse sentido, há várias obras que abrangem aproximações entre arte e ciência, por ambas incentivarem a investigação. Dentro das reflexões da curadoria, estão perguntas sobre como perturbações atmosféricas impelem deslocamentos sociais e avanços tecnológicos. Entre as novidades desta bienal está a inclusão do nome da cidade ao do evento. “O nome da Bienal sempre foi muito questionado. E as bienais costumam ter o nome da sua cidade. Por isso estamos fazendo esta experiência de incluir Porto Alegre ao nome da Bienal', explica a presidente do evento, Patricia Fossati Druck. O fato de ser “do Mercosul” serviu como um ponto de partida para olhar para a arte da América do Sul, mas não se restringiu a ela, conforme explica a curadora-geral, Sofía Hernández Chong Cuy.
Uma das obras mais aguardadas pelo meio artístico é a escultura monumental de Tony Smith, “Caverna de Morcego” (EUA, 1971), formada por triângulos de papelão, que está no Margs. “Esta obra pode ser considerada histórica e ao mesmo tempo inédita, porque é a primeira vez que é montada como o artista a idealizou”, explica Mônica Hoff, da equipe curatorial.
Fonte: Adriana Androvandi / Correio do Povo |
Nenhum comentário:
Postar um comentário