Exposição e apresentações terminam nesta sexta-feira (5) em Cubatão.
Professores e alunos compartilham habilidades com o público.
Quadros de alunos com deficiência de escolas de educação especial e do ensino regular participaram da mostra (Foto: Divulgação/Prefeitura de Cubatão)
Diferentes formas de arte especiais foram expostas nesta semana em Cubatão, no interior de São Paulo. Alunos com vários tipos de deficiência puderam mostrar seu trabalho e compartilhar suas habilidades com o público. As professoras também puderam mostrar os equipamentos que são usados na comunicação entre essas pessoas especiais.
Os alunos que participaram da Mostra de Arte Especial Inclusiva frequentam as escolas municipais de Cubatão. Segundo a professora de educação especial Sandra dos Santos Bento Batista, que ajudou a organizar o evento, a mostra tem como objetivo principal divulgar os trabalhos artísticos realizados pelos alunos com deficiência da rede municipal de ensino, valorizando suas capacidades e potencialidades. “O fato das pessoas estarem vindo apreciar e ver de forma positiva esse trabalho”, diz ela. Além disso, a professora diz que é importante eliminar o preconceito por meio da arte. Segundo Sandra, Cubatão mais de mais de 370 alunos com deficiência estão incluídos em classes da rede regular de ensino.
A abertura da mostra ficou sob responsabilidade dos alunos Unidade Municipal de Ensino Princesa Isabel, que fizeram uma coreografia com o tema Olimpíadas. Também aconteceram jogos de capoeira inclusiva e uma performance em Libras (Língua Brasileira de Sinais) com orientação dos professores.
Na exposição há quadros, trabalhos manuais em tecido e madeira, esculturas e desenhos. Segundo Sandra, também há o incentivo nas escolas de produzir objetos para a geração de renda. No local também houve a venda de artesanato feito pelos alunos. O evento contou com a adesão dos pais e alunos da maioria das escolas municipais, tanto na produção das peças artísticas quanto na apreciação da exposição e das apresentações. “O fato das pessoas estarem vindo apreciar e ver de forma positiva é muito bom. Todas as pessoas têm limitações, e eles também tem”, diz ela.
Uma aluna com paralisia cerebral fez a contação de histórias durante a o evento. Outro aluno com baixa visão faz desenhos de moda e por meio disso, foi possível confeccionar peças de roupa. O aluno Luiz Felipe Adegar Gonçalves, de 9 anos, com síndrome de Asperger, uma variação do autismo, fez uma apresentação de teclado. Já os alunos do Centro Multidisciplinar encenaram encerramento das apresentações uma peça de teatro.
Durante a semana, as professoras demonstraram o uso de equipamentos pedagógicos de apoio aos alunos cegos e com baixa visão, ferramentas necessárias à escrita manual em Braille, máquina de escrever Braille e o um software livre brasileiro que permite a interação do computador com o usuário através da voz. Além disso, professoras especializadas em deficiência visual e auditiva deram apoio aos visitantes cegos ou que necessitassem de intérprete em Libras.
Sandra disse que esta é a primeira vez que acontece esse tipo de ação na cidade, voltada ao trabalho dos alunos deficientes. A ideia, segundo ela, é fazer uma mostra a cada ano para divulgar esse tipo de trabalho. “Nós já plantamos a semente. Não queremos que isso caia no esquecimento”, diz. A 1ª Mostra de Arte Especial Inclusiva das Escolas Municipais de Cubatão acontece até esta sexta-feira (5) no saguão do Paço Municipal.
Acesso em 06/10/12
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