quarta-feira, 5 de setembro de 2012

IFS promove resgate da memória arquitetônica de Sergipe



Manter a memória arquitetônica de um lugar permite que as gerações futuras possam conhecer um pouco da sua história, através de prédios, praças e museus. Pensando nisso, professores e estudantes do Instituto Federal de Sergipe (IFS) – Campus Aracaju desenvolveram um projeto de extensão intitulado ‘Resgate gráfico da Memória Arquitetônica de Sergipe’, que tem como objetivo facilitar a conservação e o manuseio das informações a partir da digitalização das pranchas de monumentos sergipanos tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Pablo Sousa, arquiteto e professor do IFS, responsável pelo projeto, explica como surgiu a iniciativa. “Eu e a professora Jânia Reis, também do instituto, tomamos conhecimento de que o Iphan dispunha de um vasto acervo documental constituído por projetos de arquitetura de edifícios tombados que não contavam com cópias eletrônicas que poderiam ser perdidos caso houvesse algum acidente. Como o IFS possui condições materiais e recursos humanos para realizar essa tarefa, entramos em contato com a superintendência do Iphan para saber se havia interesse que o acervo fosse digitalizado pelos alunos sob a supervisão dos professores”, explica.
Ele conta como funciona o trabalho realizado pelo IFS. “Os alunos e professores manipulam o acervo de projetos do Iphan, fotografando-o. Através dessas imagens, os projetos são redesenhados com o auxílio do computador, utilizando software em CAD”, diz.
De acordo com o professor, a digitalização do acervo teve início em 2011 e, desde então, vem obtendo resultados bastante positivos. “Começamos no ano passado, com um projeto de extensão. Sabendo da importância dessa atividade, este ano nós resolvemos submeter novamente o projeto à aprovação da Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão (Propex), que o aprovou mais uma vez. Nosso trabalho já possibilitou o redesenho de muitos projetos arquitetônicos do estado e a expectativa é dar continuidade a essa atividade”, conta ele.
Para Pablo, além de contribuir para a preservação da memória de Sergipe, a atividade estreita os laços entre o IFS e o Iphan. “O que estamos fazendo tem um valor social enorme, oferece aos estudantes a oportunidade de colocar em prática seus conhecimentos e ainda promove um diálogo maior entre as duas instituições”, ressalta.
Najara Lima

Nenhum comentário:

Postar um comentário